Gina, a mulher que tem um blogue

Gina, a mulher que tem um blogue

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Se todos

Se todos somos especiais não percebo onde marcamos a diferença. Ser pessoa é um bocado difícil por conta das miudezas, não é. É. Só por dizer que não somos todos assim, não é. É. Então é isso. Ah.

Dias de um Ginásio

Nem amigas com inveja dos meus risquinhos mais à esquerda no mostrador da balança nem... Coiso. Também são só uns quantos risquinhos, coisa pouca, só por dizer que meio risquinho saiu garantidamente das mamas. Que merda, pá.

Dias de um Ginásio

Ontem, na aula de Pilates, pus-me num cantinho – de notar que costumo sentar-me ao meio e à frente, o que contrasta com a minha retração habitual noutras particularidades da vida - frente a um espelho e ao lado de outro. Quer isto dizer que tinha duas perspetivas onde poderia mirar todas as imperfeições dos exercícios que iria fazer. Ora acontece que esse lugar é normalmente ocupado por um senhor montes de simpático e com o qual falo por vezes acerca de coisitas concernentes à aula. Depois disto o homem entrou e eu ofereci-lhe o lugar porque me senti em falta. Claro que a educação o mandou dizer 'ah, deixe estar, então que é isso, cada um senta-se onde quiser'. Mas eu saí dali na mesma dizendo 'ora, eu sei que o senhor gosta de estar aqui, vá, venha lá'. E ele foi. Resta saber se foi também por causa daquela coisa do social que ele concordou em que uma senhora lhe desse o seu lugar. Nesta cena até parece que a tal coisa do social e também o cavalheirismo está ao contrário.

Cliente

Passou na rua, ao largo do estaminé, a cliente do imbróglio. Se passou de largo, deixo as ditas chaves em Cáceres também. Pumba, e vão duas. Eu bem disse/escrevi que noticiava o caso.

Conta de email

A dita senhora, a técnica de contas do estaminé, vou passar a chamar-lhe dona Deolinda, acho que vai bem com a cara dela e com o resto, já respondeu ao meu email:

Bom dia
É isso mesmo. Obrigada
Bjs


Portanto percebeu-me perfeitamente. Que alívio.

Conclusão

Depois destes dias vou deixar de andar com o livrinho azul dentro da mala. Não o uso há mais de três meses – última vez: vinte e sete de janeiro - limito-me a rabiscar em papéis aproveitados que depois rasgo em pedacinhos e encho o meu pequeno e curioso caixote do lixo. Fica assente, então. Não deixo o livrinho azul fora da mala porque nestes dias vou querer registar pensamentos que fiquem para a posteridade.

Lembrete

A ventosa é para ficar em Cáceres.

Fazer as

Fazer as malas é complicado, é. Hum, ok, vá, vou de viagem. Não me apetece nada. Ó Gina, tu és parva, ou o quê. Então não gostas de passear. Ora essa, ó mulher, deixa-te mas é dessas merdas. E coiso. Pronto, já desabafei. Não desabafei nada. Fazer as malas é cá uma chatice. Duas camisolas muito finas, duas camisolas finas, duas camisolas não muito finas, duas camisolas grossas. Visto assim até parece que tenho algo contra as grossuras desta vida, mas não, que é lá isso. Mas a bagagem. Umas calças finas, umas calças não muito finas. Dois pares de meias grossas, dois pares de meias não muito grossas. Fosse verão e não era preciso estas merdas todas. Cuecas e pijama. Sandálias, não cheguem entretanto os dias quentes. Sutiã. Biquíni. Toalha de praia. Champô, pasta e escova de dentes, desodorizante, gel e creme de rosto. Escova de pentear. É realmente muito complicado fazer as malas, prefiro colher florzinhas e tirar-lhes dezenas de fotos. Lavar o frigorífico. Falo a sério.

Finalmente

Finalmente alguém leu a frase que escrevi no balcão do meu colega. Foi o Gualter, essa boa alma. O Gualter é daquelas pessoas raras que, não me entendendo – porque ninguém entende ninguém – não me deixa ver isso.

Boa tarde!

Almoço. Ah pois, já ocorreu. O proveito está a ser bom, obrigadinha. Ah, ora essa, então.
Às vezes dou as boas-tardes antes de ir almoçar. Às vezes dou as boas-tardes depois de vir do almoço e do intervalo grande. É conforme, portanto é sempre conforme mas nem sempre com fome. Ah ah.
Se ontem precisava de sair mais cedo, hoje também. Só que não. Que problema, que questões de última hora. Porra.
A Carminho não quis sentar-se na mesma mesa que eu. Não querendo pensar que ninguém quer nada comigo, penso antes que ela prefere engolir a sopa logo que se senta ao balcão, sendo que no balcão é atendida rapidamente.
Esqueci-me de tirar fotos às mãos e unhas para fazer aquela coisa giríssima do 'antes&depois'. Mas não. Lamento e coiso. Ia tirar fotos às unhas, aquelas que tinham tons diferentes, assim uma contra a outra, a fazer desenhos coloridos e coiso. Assim, não.
Sou mesmo boa nisto de escrever, interrompi as garfadas uma série de vezes para rabiscar. Empadão de vitela. Lá ao fundo um senhor dava alguma atenção aos meus movimentos mas não se levantou para perguntar coisas. Decerto o gráfico da curiosidade não se encontrava lá em cima. Outro dia, outro dia. Ouço dizer, pois.
Mais tarde contei à Carminho do frio de ontem. Passei a tarde de chinelos por conta de não estalar o verniz, à saída calcei as sandálias, no ginásio não me calcei porque era Pilates, depois calcei as sandálias e quando subi para a cama ia descalça. Ah ah. Passei um frio do caraças mas valeu a pena, ao menos tenho uns pés bonitos.

Cliente

Chupava os dentes enquanto se lhe aviava uma fechadura. Depois foi a minha vez, por assim dizer, chupava os dentes enquanto eu digitava números e letras.

De manhã

De manhã, logo ao acordar ouvi na Radio

my head speaks a language
I don't understand

O Robbie Williams é que a sabe toda - my head speaks a language I don't understand – é isso mesmo. Obrigadinha, 'migo.

Novidade

Novidade lá em cima, no cabeçalho. Grande foto, bem sei. Espectacular... Era para ser novidade, qual quê, é que agora blogo noutro pc e ainda não consegui copiar esta imagem para os documentos. Mas ó Gina, é só fazer copiar-colar. Ai é? Hum. Pois, não dá, um dia desses trato disso. 


8080

Eu disse que ia tirar fotos aos dedos a dançar. A ver se dá, então, é que primeiro tenho de arrumar as fechaduras porque preciso do espaço que elas ocupam ao momento.

Ponto de interrogação

Onde é que é a rua tal, pergunta um automobilista ao homem do café. Ele devolve a pergunta a quem sabe: ó sô Joaquim, onde é a rua tal?'

Amontoadamente

A minha máquina fotográfica montes de espectacular já tem uma bolsa espectacular. A bolsa não é montes de espectacular porquanto a máquina é tão mais e tão mais importante, uma vez que esta faz serviço sem aquela e o contrário não se verifica.
Então, vai daí, e sem que nada tenha que ver, ou tendo, quero lá saber, deixo fotos que tirei ontem à tardinha. Agora, por este tempo, à hora de saída, a minha, já se pode chamar de 'à tardinha', porquanto ainda há sol, assim as nuvens o deixem brilhar por sobre a gente. Eis as fotos. Giras, giras, giras.


Bom dia!

Lisboa, 30 de abril de 2015. Finda o quarto quinhão de doze. Que ocupada estive este mês, oh céus.


quarta-feira, 29 de abril de 2015

O retso... O resto

O reesto fica pa outro dia que me apetrtaçla... O resto fica psrta... O resto fica para outro dia qwue... O resto fica para outro dia que me apetaça... O resto fica para outro dia que me apeteça.

...

Agora só faltas tu. Ou já não faltas?

|Não aguentando a resposta, melhor não questionar, 'migo.|

Cliente

Queria lâminas daquelas que eu tenho num caixote. O leitor querendo tradução para caixote, estou ao dispor. De nada, ora essa.

Do dia

Na Radio referiram várias vezes ao longo do dia que hoje é Dia Mundial da Dança. Queria pôr os meus dedos a dançar a Salsa e registar o momento com imagens mas não tive tempo para tal. Talvez amanhã. Talvez outro dia. A ver se não esqueço.

Como sou

Como sou muito fofinha respondi a um inquérito. Como sou montes de fofinha prescindi do meu tempo para ajudar alguém a angariar respostas, isto por conta do seu ganha-pão. Como sou fofa que só visto... Apalpado, coiso.

Olha-me este

Olha o homem da transportadora ao depois de eu lhe rubricar a folha amarrotada:
'Bom trabalho pra si!'
Agradeci e retribui, que a vida não é nada complicada.

Almoço

Almocei na mesma mesa que a Carminho, então pude logo dizer-lhe que...

Afinal a vida não é nada complicada. Pés primeiro. Pois, estava a pensar mal a coisa. É que a secagem do verniz também se tem de fazer nos pés, não é. É. E eu também tenho de proteger os pés do frio quando ando na mota, não é. É. Eis o resumo: hoje vim de carro e de sandálias, logo: pinto as unhas dos pés e o verniz não se estraga. Amanhã venho de mota e de botas, o verniz estará completamente seco nessa altura, não vai sofrer risquinho nenhum. Amanhã: manicura, há uma grande, mesmo enorme possibilidade de riscos no verniz nas primeiras horas depois da pintura, e à tardinha, quando me montar na mota, não enfio luvas, qual quê, envolvo as mãos num cachecol ou numa toalha para me proteger do frio.

Hum

Hum, se eu fechei mais cedo para almoçar, a padeira também, que me cruzei com ela na rua.

Boa tarde!

Meio-dia e tal. Não tarda vou almoçar.

Cliente

Deixou-me um molho de chaves para copiar. Vou ali assim arranjar as mãos à Carminho, não sei se conhece, diz ela, e já cá venho buscá-las. Conheço muito bem, afianço. Podia até contar-lhe a minha história. Hum.
|Contei-lhe a minha história.|
Ah que giro, daqui a nada também lá vou! Ai sabe lá o que tem sido a minha vida, não sei que faça, se primeiro os pés e depois as mãos, se primeiro as mãos e depois os pés. Tudo por causa da secagem do verniz e da mota e do frio que faz. O verniz já eu escolhi, olhe, até pintei uma unha para testar, olhe aqui, não é tão lindo. É maravilhoso, hum-hum, pois é. Pintei uma só, que uma só chega. Coral, diz o frasco. Espere aí, vou buscar. Meet Me At Coral Island. Só o nome... Ahhh, tão bom. Adoro, adoro, adoro! Lembra férias e praia e ondas do mar, pequeninas, paixão e aventura. Claro que não foi por causa da paixão e da aventura... Pronto, mas a cor é tão gira, é tão gira. Quer levar e mostrar à Carminho? Diga que foi a 'menina Gina', é assim que ela me trata, 'menina Gina', diga que sou eu que mando. Ah não quer... Pois, o estacionamento aqui é só para residentes, é.

Botões



Ricos filhos, é assim: eu já devia ter feito este post, calha hoje, vá. Para pôr a máquina da louça a lavar não basta a ficha ligada à corrente, a pastilha no compartimento certo e que os tarecos sujos estejam lá dentro, bem posicionados e tal, é mesmo preciso clicar em botões.

Clicar uma vez (1 X) no botão à esquerda
Acendem-se umas luzinhas, creio até que piscam, não me lembro, se bem que isso não seja importante
Dar atenção agora ao retângulo à direita, o qual está dividido em três botões
Clicar duas vezes (2 X) no botão mais acima, ao lado da palavra 'programa'
À segunda vez que se clica acende-se a luzinha junto à panela da qual estão desenhados apenas os contornos
Clicar uma vez (1 X) no botão mais abaixo, ao lado da palavra 'start'

E pronto, a máquina emite um silvo e inicia a lavagem. Mas já sabem: alguma coisa correndo mal a mãe está aqui para ajudar.

Cliente

'Então o que é que se pode fazer?'

Contanto eu saiba o que fazer e sobretudo possa fazer o que sei, não me importo nada que me façam esta pergunta.

Conta de email

Relaciono-me via email com a técnica de contas do estaminé, o que para mim é novidade porque ela presta serviço há meses e o antigo técnico não dispunha de conta de email. Ora então, vai daí, claro está que de vez em quando tenho de escrever à senhora. Até aí tudo bem, que eu cá adoro escrever, só por dizer que tenho alguma dificuldade em manter o tom distante e profissional que se usa nesses casos. Tipo assim...


Boa noite
Junto envio documento emitido hoje.
Beijinhos


Em vez de...


Boa noite
Envio outro documento, emitido hoje. Presumo que doravante os queira todos.
Beijinhos


Enviei-lhe a segunda hipótese. Olha, que se lixe.

Aqui há tempos

Aqui há tempos pus-me para aqui a dedilhar descortinando os blogues que leio. Entretanto descobri (por acaso, que isso de descobrir ocorre sempre por acaso) que um desses blogues pertence a uma bloguer (acho que esta palavra já existe, mas depois pesquiso que agora não tenho tempo) que antes deste* teve um outro blogue** onde expunha pequenos episódios ocorridos durante o seu desempenho profissional. Reconheci o nome desse blogue e fui lá cuscar novamente, impelida pela curiosidade de saber se a 'pessoa' pareceria a mesma. Não parece, os temas são totalmente diferentes, claro, se bem que não sei se é por isso ou então não. Adiante. Entretanto, li (ou reli) alguns posts do antigo blogue e fui até ao primeiro de todos, gosto sempre de ler o primeiro post de um blogue***, talvez por achar que vou encontrar a crueza da ideia incipiente, porque na grande maioria das vezes, nesse momento o/a bloguer não sabe o que vai sair dali. E é então que dou com um comentário meu, do qual já não tinha (mesmo!) memória.

Gigi disse...
Olá, descobri o teu blogue hoje. Li alguns posts e achei-o divertido. Por outro lado, tenho certas afinidades com o assunto base do teu blogue porque sou também empregada de balcão mas numa velha drogaria em Lisboa, daquelas mesmo de bairro, à moda antiga.
Não escrevo sobretudo sobre o tema 'balcão' mas tenho muitas, muitas histórias de balcão... As pessoas são incríveis... Ando nisto há 16 anos e antes não fazia ideia de que o mundo era assim, as primeiras cenas estranhas que vivi achava sempre que estava a ver um filme qualquer e não a viver a minha realidade. Depois habituei-me, claro.
Quando visito um blogue pela primeira vez e me agrada o que leio, é meu costume procurar o primeiro post... Gosto de conhecer primórdios. Manias!
Beijinho, cara 'colega'!
7 de setembro de 2010 às 04:25

Bom dia!

Ó Luís, olha só o clique 69 da minha máquina fotográfica montes de espectacular... Foste tu. Ah ah. Ontem.


terça-feira, 28 de abril de 2015

Sem título (antes que chame a morte)

Dona Dê não tem acompanhado dona Á e senhor Agá à pastelaria. Obituário à vista. Pois quiçá.

Repelência

Se eu andasse à caça não comia. Comer é foder, lá diz a Maria Alice, uma espécie de heterónimo desta que escreve.

Assuntos

Os assuntos, os meus assuntos, os assuntos que apresento no blogue, são todos importantes. Para mim. Não procuro assuntos especiais ou, supostamente, interessantes. Não sei muito bem porque é que sou assim, talvez seja por ter de ser eu a valorizar as coisas. Será. Sei lá. Ou então é a minha ânsia de solidão, a repelência* de que falei no outro dia.

*...

Tenho duas

Tenho duas marcações na Carminho. E agora encontro-me em conselhos comigo mesma. Mãos na quarta-feira; pés na quinta-feira... Sei lá. Amanhã há Ginásio, logo: vir de mota está fora de questão, que enfiar um capacete numa mona molhada, mais concretamente a minha mona, ou mesmo húmida, é desconfortável que se farta, já para não falar da musculatura montes de quente devido ao treino e montes de arrefecida com a viagem. O verdadeiro horror. E o que é que tem a ver, não é. É. É que o verniz não seca até à hora de ter de enfiar as luvas. Não seca, não. E eu vindo de mota tenho de enfiar luvas, quando não morro de frio nas mãos, sendo portanto caso incontornável. Então muda-se para o outro dia. Mãos na quinta-feira, então. Não. Na quinta-feira é dia de vir de mota, que não há Ginásio, vai daí volta o mesmo problema: luvas; mãos; frio. Ó Luís, temos de vir de mota na quinta-feira? Temos, não é. É. Agora acontece que a Carminho lhe dá mais jeito os pés na quarta-feira e as mãos na quinta-feira, isto por causa de uma marcação que fez muito em cima de mim, por julgar que era assim que eu queria: pés primeiro, mãos depois. Estou lixada, não é. É. Na quinta-feira vou ter frio nas mãos. Já sei, aguento o frio, enrolo um trapo qualquer nas mãos durante a viagem. É isso.

Personagem

Sandokan encontrava-se na avenida distribuindo folhetos publicitários da perfumaria que hoje abriu por lá. Diz que tinha uma prenda, caso entrasse, eu que fosse, vá lá. Com sotaque e isso assim. Montes de giro, montes de fixe. Era o Sandokan mas podia ser o Johnny Depp quando ele se veste de pirata. Não, era mesmo o Sandokan, o Depp é bem mais andrajoso. Escolho o Sandokan, ora bem, que me lembra a infância e tudo. E se ademais os olhos eram azuis.

Praça

O relógio está 'mudo' desde a trovoada, há para aí uns quinze dias.
Lisboa, praça de Londres
quantos graus
quantas horas
quantos minutos

Zoom

É árvore amarela, mas lá por trás da flor desfocada, tipo assim em segundo plano. Esqueci-me de alterar o programa da minha máquina fotográfica montes de espectacular para o cenário (estava no programa especial para tirar fotos a comida), vai daí, talvez por isso, ficou a linda flor desfocada. Já a árvore amarela é rainha, olha que bem ficou. Quero dizer: bah. Mas cá fica, olarila, que o que me interessa é a intenção mas sobretudo registar o momento.


Lugar da musa

A menina que serve cafés anunciou num desabafo que precisava de um canalizador, por conta de a máquina de café estar a verter água para o chão, que daqui a nada tinha para ali um lago e mais não sei o quê. Por minha vez anunciei-lhe que infelizmente não sirvo para esse tipo de socorro. Aquele senhor que não se parece com nada nem com ninguém sorriu, ante a minha resposta. Eu também sorri, mas ligeiramente. Ó Gina, hoje é dia de fazer as pessoas sorrir. Ah ah. Depois disto pedi à menina um pauzinho de canela e o senhor que não se parece com nada nem com ninguém encolheu rapidamente os braços por modo a me deixar alcançá-lo (o pauzinho). Voltei a sorrir-lhe ligeiramente. Bolas, hoje estou uma máquina nisto dos sorrisos. Só por dizer que isto que estou a contar não aconteceu hoje, mas na sexta-feira, tinha a história rascunhada e foi um mimo descobrir que afinal tem mais que ver com o 'dia de (disseram na Radio)' de hoje.
Mas, e hoje que aconteceu no lugar da musa?
bolinha preta Procurei sem sucesso o livro 'Chocolate' de Joanne Harris porque quero tirar a limpo a receita de bolo de chocolate sem farinha, que o deixei pendente porque há tempo atrás não memorizei tudo.
bolinha preta Bebi o café.
bolinha preta Escrevi coisas nos papelinhos.


Aqui por cima são as bolinhas pretas vírgula é que daqui a seis meses não vou relembrar que raio seriam as bolinhas pretas ponto final Gosto tanto de escrever que às vezes escrevo por extenso inclusive os símbolos e a pontuação ponto final

Hater

A cigana quer ler-me a sina, que sou muito querida e há gente invejosa ao meu redor e a cantilena habitual. Sim, sim, há muita inveja ao meu redor, olarila, pra já tenho uma família saudabilíssima e bem-disposta pra caraças e depois sou bué da linda e podre da boa, como não ser maldosamente invejada, não é. É.

Fala

E eu preocupada com o arrastar da voz aquando dos meus discursos. Ah ah. Há pouco, na rua, um senhor tocava a uma campainha e respondendo de lá a pessoa da casa com um 'quem é?', diz ele assim: 'boa tarde... errr... é do supermercado...'

Eu agora

Eu agora vou ali digitalizar umas coisas, mas a trabalho, quem diria, bem sei, e já cá venho.

Boa tarde!

Por conta de hoje ser o dia de sorrir.


Vista

Ando muito aprumadinha: todas as manhãs, antes de assentar os óculos no nariz e nas orelhas, limpo-os com um líquido apropriado, usando um paninho que não larga pelinho nenhum, mas que já se encontra um tanto ou quanto sujinho, querendo isto dizer que os óculos estão sujinhos todos os dias e que quando eu era porquinha e não limpava os óculos mostrava todo aquele pó às pessoas que contracenavam comigo. Um bem-haja a quem conteve a língua.

Pregão

Como a malta de Arroios limpa os pés antes de entrar em casa, mandei vir tapetes. Malta: os tapetes já chegaram, em querendo, coiso.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia de sorrir. Não é dia do sorriso, é dia de sorrir para alguém, de fazer alguém sorrir.

Hoje é dia de lembrar quem trabalha num cubículo. Hum, ok, vá, olha eu aqui. Estaminé = Cubículo.

Gina, a mulher que tem outra mota

Vim de mota. Mordi a língua. Gostava de saber histórias de pessoas que mordem a língua devido aos buracos que há na estrada, que se a gente não tem a língua ao longo da boca, se a tem encolhida, com os ressaltos a cremalheira fecha sem querer e pumba. Mordi a língua lá atrás, mesmo no pegamento, ali onde é o esófago ou lá que é, laringe ou faringe, não sei, que de anatomia não percebo nada mais estendido que: cabeça, tronco e membros. E também não vejo a 'anatomia de grey'. Este grey terá alguma coisa que ver com o grey das sombras? É grey ou é gray? É grey. O da anatomia, o das sombras, todos os outros desconhecidos - greys. Muitas marias há no mundo, credo. Já agora: porque é que grey apresenta o ondulado a vermelho, indicando que é erro ortográfico, e gray não. Ora, esta…

Bom dia!

Logo de manhã tirei um montão de fotos. Usei outra vez o zoom da minha máquina fotográfica montes de espetacular. Dá-me um trabalho do caraças escrever 'a minha máquina fotográfica montes de espetacular' de cada vez que me refiro à minha máquina fotográfica montes de espetacular, mas como para mim escrever é orgástico, está tudo bem, assenta-se-me um sentimento bom e prolongado e isso assim. Tenho saudades de escrever, oh céus, tenho tantas saudades de escrever. Mas das fotos que tirei logo de manhã, vá. O zoom talvez não seja o melhor... Ou então a culpa é minha, quem manda comprar uma máquina fotográfica montes de espetacular se depois não vou saber mexer nela a preceito. Hum. As fotos são nêsperas, é a nespereira, já nasceram as nêsperas, ó pá tão bom, tão bom, são flores e mais flores, frescas e secas, o chão e a parede e uma verdura inominada, que eu cá da flora conheço pouquíssimos nomes. E as fotos são...




Tenho ainda outras fotos, estas são de sexta-feira passada e tinha-me esquecido completamente de as publicar no blogue, e também estou a usar o zoom da minha máquina fotográfica montes de espetacular.


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Ó Gina

Ó Gina, então agora não fazes mais nada senão falar?!
Faço. Tenho saudades de escrever. Tirei duas fotos com a minha máquina fotográfica nova e montes de espetacular. Tenho saudades de escrever. Para experimentar o zoom e isso assim. Tenho saudades de escrever. Na caixinha diz que se aproxima vinte vezes e eu quis testar. Tenho saudades de escrever. Nada melhor para isso que clicar direito às ovelhinhas que estavam lá em baixo. Tenho saudades de escrever. Bem lá em baixo, quero eu dizer. Tenho saudades de escrever. Muito, muito lá em baixo. Tenho saudades de escrever. Vinte vezes lá em baixo. Tenho tantas mas tantas saudades de escrever.


Loures, 27 de abril de 2015

Ainda pensei pôr cada um em seu post e tal, assim pra dar a importância - supostamente - devida, só por dizer que depois ia-se a ver e ficava a vida ao contrário. Assim, não.
Tenho saudades de escrever. A sério.










sábado, 25 de abril de 2015

Hoje

Hoje, não é. É. Hoje é feriado (vinte e cinco de abril), mas sem a surpresa do descanso, portanto hoje é um hoje igual ao sábado comum. Compras, casa, blogue. E descanso do trabalho, pois claro.
Fiz um vídeo, que agora ando nisto, falando sucintamente acerca das minhas letras publicadas. Nota-se-me a timidez, o pensamento fugidio, porque não me dou ao trabalho de alinhar as ideias previamente, depois discursar sem rede dá nisto, daí que o resultado não seja cativante de todo. Mas sou eu, eu sou assim, dificilmente parecerei  ou aparecerei de outra forma que não esta. Faço vídeos parecidos com este há algumas semanas, portanto já consigo ser assertiva na opinião que tenho acerca dos mesmos. Seja lá como for publico-o na mesma, se o fiz, publico-o. Em termos de imagem, espero que se atente sobretudo nas minhas sobrancelhas impecáveis e se não note nem por nada o resto do cenário, em termos de discurso, olhem... sei lá, coiso.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Ao terceiro café

Pumba, três cafés, é hoje que a minha cabeça rebenta. A dona Lurdes apareceu e ofereceu-me um café. É já seu costume. Não dispensei o café, que lhe sou – quase - irresistente. Gosto muito desta senhora, quiçá também lhe não resista, se bem que nem tanto no sentido da amizade, mas porque lhe noto uma solidão daquelas a que a vida obriga - viuvez, filhos afastados devido a circunstâncias familiares, vizinhança problemática. A dona Lurdes desabafa comigo, dizendo o que lhe vai na alma sobre questões íntimas. Ressalvo que são questões realmente íntimas. Não sou capaz de as expor no blogue e sei porquê - a sua solidão comove-me tanto que dou muita importância ao que me confidencia, portanto não consigo distanciar-me o suficiente.

Olha

Olha, porque não fazer um vídeo onde escrevo à mão. Grande trabalho de produção, nesse caso, posicionar a máquina de modo a captar o bico da caneta, desenhando frases e tal.

Tenho pensado

Tenho pensado um bocado na questão que deixei ontem no blogue. Eu, mesmo não procurando leitores, no fundo espero tê-los, espero que me leiam ou, neste caso dos vídeos, que me ouçam e, oh céus, espero que interajam comigo. Neste momento estou um tanto ou quanto arrependida de ter deixado lá a questão, pois se raramente obtenho comentários ao que escrevo, como vou eu esperar que tenham paciência para ver um vídeo estático com uma maria qualquer a perguntar uma coisa. Oh.

Ora bem

Ora bem, isto de andar a fazer vídeos em vez de escrever está a viciar-me. Já quase me apetece mais falar do que escrever. Mau maria, isso está a baralhar-me. Pronto, ok, vá, escrever num blogue é, ou pode ser, acariciar o ego de tal forma que apraz imensamente, ou pode aprazer, a alma. A gente desabafa e fica bem, como que se liberta e rejuvenesce, sei lá, até parece que se transforma, em algo bom, claro, olha só que bem me exprimo e mais não sei o quê. Há tempos encontrei a expressão ideal para este estado/ação: 'masturbação intelectual'. Falar para uma câmara proporciona-me, ou pode proporcionar-me, o mesmo prazer que sinto quando escrevo. Sinto tanto mas tanto prazer em escrever que o sinto fisicamente. Falo a sério. Vai daí, coiso. Ora acontece que os meus vídeos são captados quando estou completamente sozinha, ora acontece que me isolo para escrever, ora acontece que a masturbação é um ato solitário e intimista, ora acontece que... Que porra, a vida é mesmo estranha.

Boa tarde!

Plano(s)

O plano para o fim-de-semana é fazer as bolachinhas de avelã. Planeio também confecioná-las frente à câmara, usando pela primeira vez a máquina de fazer bolos montes de espectacular, pondo-a a fazer banzé e o caraças. Vamos lá a ver. Trata-se de uma receita que vem nos pacotes de açúcar mascavado da Sidul e que só de a ler a considero boa que se farta.
Tenho ainda outros planos, claro, limpar e lavar e arrumar a casinha, lavar e estender e apanhar e dobrar e engomar e arrumar a roupinha.
Às tantas faço também queques de cenoura, uma receita que também vem nos pacotes de açúcar da Sidul mas nos pequeninos, aqueles do café.
Tenho ainda outros planos, claro, ver tv e tirar fotos e blogar e ler e descansar e estar com a família.

Cliente

Da cliente do imbróglio. Sim, ainda conservo as chaves dela no meu porta-moedas. Quando a minha vida for diferente disto também noticio, julgo ser do conhecimento geral que gosto muito de escrever, pelo menos costumo apregoar isso.

Post do passado com uma imagem mais do passado ainda

Comprei um tecidozinho, ontem. De nada, ora essa. Comprei um tecidozinho, hoje. A sério: deixa lá isso.

Post do passado

Esqueci-me de registar o cenário fantástico que arranjei para o vídeo de ontem. Foi assim:
A minha máquina fotográfica velha e que já foi montes de espetacular ia ficar retida para ser vista pelo senhor doutor e ter que ficar no hospital. Isto: à noite. E eu, que por enquanto conheço apenas o básico da minha máquina fotográfica nova e que ainda é montes de espetacular, receei que o seu primeiro vídeo não ficasse au point. Então, toca de colocar a máquina velha a filmar um cenário repetido, e toca de colocar a máquina nova a filmar um pedaço da máquina velha e mais um pedaço do cenário repetido, clicando em dois botões para filmar a mesma cena, ou, neste caso, registar, o mesmo discurso. No fim, e uma vez que a máquina nova produziu um vídeo au point, decidi então publicar este.

Estabelecer ligação entre as redes socias, é melhor não

Bom dia!

Para o bom-dia de hoje deixo fotos da boa-tarde de ontem, as quais têm uma auréola escurecida porque eu tinha andado a mexer na máquina nova e montes de espetacular para ver as funcionalidades espetaculares e as coisas giras e fofas e isso assim e vai daí as fotos ficaram da maneira que ficaram, e ficaram bem. Ah, a última foto é a árvore amarela, que ontem me tinha esquecido de plantar no blogue.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Ponto de interrogação

...

Sô Gilberto, são doze frasquinhos de limpa pratas pra esta morada, faxavor, obrigadinha.



«O que (me) compra o ourives. O ourives compra (me) limpa pratas. O que (me) vende o ourives. O ourives vende (me) limpa pratas. Um produto muito bom, em qualquer dos casos, esse limpa pratas. O ourives é também uma joia de pessoa. Ou, para esquecer o chavão, se bem que esteja presente um quiproquó interessante, o ourives é o expoente máximo de um monte de predicados.»

...

Ódios são ódios, não é. É. Se das vísceras, é mau, não é. É. Se de estimação, do coração, não é. É. Peut-être se acenda a fogueira da paixão...

Lugar da musa

A menina que tira cafés, a mais simpática de todas, estava à porta, junto a duas bancas cheias de livros. Hoje é Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Quase me esquecia de registar. Disseram na Radio e disseram em todo o lugar e a todas as horas. E quase me esquecia de registar. Sinto-me em falta, há meses que não pego no livro que encetei. Hiato longo, este. Pará-lo está nas minhas mãos, mas sobretudo na cabeça.

Lugar da musa

Franzineide vagueia pelo espaço. Há algum tempo que não lhe dava atenção no blogue. Às vezes parece que tenho saudades de escrever. Ou das pessoas.

à esquina

alguém anda a pôr frases nos lancis
letras pretas
e todas maiúsculas
«em cada esquina te vejo»
«em cada esquina te vais»
avenida de paris
esquina com a praça de londres
num lancil uma frase
no outro lancil a outra
calhou-me na ordem em que expus
melhor assim

Almoço

Senhora não quer toda a espécie de peixe que vem na fritada. De peixe. Não. Senhora quer salada de tomate se os tomates forem verdes. Senhora dispensa madureza nos tomates. Hum. Comer é foder.

Boa tarde!

Outra vez, pois. Agora para mostrar as fotos que tirei hoje também às três árvores. Mostro apenas uma. De notar o pombo no canto inferior direito.

Boa tarde!

Fotos da minha árvore amarela. Ai de mim que não aguentava mais sem experimentar usar a máquina fotográfica nova e montes de espetacular com a lente direcionada para a minha árvore amarela.

Nada iguala uma primeira vez

Ultimamente ouço amiúde na Radio um reclame que usa a questão 'primeiras vezes' para publicitar o seu produto. Vou imitar.
 
Escola
Não chores, vais ver que a tua mãe regressa daqui a pouco. Põe o dedo no ar, não tenhas vergonha por saberes responder, tampouco te acanhes por te ser fácil a leitura, a ortografia, a gramática e a aritmética. Aprendes rapidamente porque és uma menina inteligente. Pronto. Ninguém vai ser melhor que tu. Não te envergonhes de tal coisa. Nunca.
Fábrica de costura
Não te escondas. Fala com as outras pessoas. Não sabes fazer nada, e depois? Elas também não. Não sabes o que hás-de dizer? Resigna-te, essa é a tua essência, jamais mudarás. Mas quando te perguntarem se foste tu que estragaste o ferro de engomar diz que não. Quando te acusarem, nega até ao fim, não foste tu, não foi por tua causa que o ferro se estragou. Bate o pé, miúda. Manda à merda aquela flausina que por ser da tua idade te vai espicaçar, ela quer que a atenção se centre em ti para não notarem o quanto é desenxabida. És um elo fraco mas por favor não as deixes perceber isso.
Ateliê de costura
A dona Maria Eugénia gosta tanto de ti que não consegue ralhar contigo. Vais fazer muitas coisas mal-feitas, vais chorar mas sobretudo vais rir. A dona Vitória adora-te, e ensina tão bem, tanta paciência que existe naquele ser. Vais poder confecionar o teu próprio guarda-roupa e sentir-te especial. No fundo és uma jovem como as outras mas com roupas que mais ninguém tem igual.
Estaminé
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
Não te enerves.
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Nunca vais ser uma boa balconista.
Mas.
Não.
Te.
Enerves.
E.
Sobretudo.
Não.
Fiques.
Triste.
Com.
Isso.
Agarra-te aos bons momentos que vais viver, às pessoas especiais que vais conhecer.
Jamais.
Esqueças.
Tais.
Coisas.
Não ponhas o pensamento sobre a insuportabilidade, que, nota bem, encontrarás inesperadamente. Não. Mas escreve. Hum-hum. Vais poder escrever até te doerem os dedos e a cabeça.

...

 
 
o sorriso condescendente do rico filho quando lhe acaricio a face escanhoada, depois de lhe entrar no quarto e anunciar num modo teatral e solene 'ó André, venho só lembrar-te a minha presença nesta casa'
a sua disponibilidade em ajudar-me a alcançar algo que está lá em cima, ou que seja muito pesado, quantas vezes sem prévia solicitação, bem como para todo e qualquer favor que lhe peça
responder-me sempre educadamente, friso: sempre
saber que gosta de mim, só não sabe como dizer e pronto, mas demonstra esse amor com as suas atitudes, o que não está errado, de todo, que é lá isso, e é francamente suficiente
dialogar comigo sobre coisas que me importam, mesmo que superficialmente, mesmo que não esteja para aí virado

a alegria da rica filha, as conversas que temos, já tão adultas, somos duas mulheres e portanto falamos do que geralmente falam as do nosso género
o prazer que tem em falar comigo sobre outros assuntos, os ditos sérios e adultos: questões do dia laboral, do coleguismo, bem como das suas amizades
o saber ser amiga, até conselheira da própria mãe, quem diria, sim, a rica filha sabe realmente ser amiga
repito: o saber ser amiga, repito porque ela sabe sê-lo

o amor do Luís
os bons intentos
a atenção
incessantes
incessantes

a loucura da cadela quando chego a casa, que não me larga, tal a dedicação
o modo como se enrosca no sofá, encostada a mim, mesmo que sejam raros esses momentos de me sentar no sofá
outrossim ao acordar, a doidice da bichinha, até parece que não me via há dias

Eu ontem

Eu ontem a dizer no blogue que fazia um ano que tirei a foto às três árvores e mais não sei o quê, e vai daí o vizinho do lado fazia um ano que abriu a sua primeira gelataria, portanto fê-lo no dia em que tirei a primeira foto. Não é o máximo?! Como este vizinho é estrangeiro pediu ao vizinho do lado, que neste caso não sou eu, para escrever uma pequena mensagem agradecendo aos clientes a presença no seu espaço comercial e esse tipo de coisas, e o interpelado, notando demora no discorrer da sua escrita, lembrou: 'eh pá, espera lá, a Gina é a pessoa indicada para isto!' vindo então ter comigo.
Ora bem, eu não sei escrever o esperável. Quando eu digo que não sei escrever o esperável, é isso mesmo o que quero dizer. Eu não sei escrever assim, pá, oh céus... Mas escrevi, 'no dia em que completamos um ano de abertura queremos agradecer aos nossos clientes e blás'... Mesmo considerando que o homem é estrangeiro e não acompanha a língua portuguesa plenamente não consegui deixar de apresentar uma letra mal-amanhada, que hei-de eu fazer, não é. É. Vai daí, pouco depois, veio-me perguntar o que não percebeu e tal... Ai a caligrafia desta que escreve, credo...

Bom dia!

Deixo foto de há dois dias atrás, 21 de abril de 2015. É a minha cadela. É também o primeiro clique da minha máquina fotográfica nova e montes de espetacular. Tinha de figurar no blogue o primeiro clique, não é. É.
Deixo também o primeiro zoom, ou um dos primeiros, vá. Aquele pico é a Penha de França, Lisboa.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Sou muito

Sou muito, mesmo muito boa a observar as pessoas. Eu, em querendo, passo despercebida facilmente, portanto, em alguns momentos cusco sem nenhum resquício de pudor. Há porém umas vezes em que observo 'mal', tirando conclusões erradas, o que não me apoquenta, que é lá isso, até gosto desses erros, ajudam-me a eliminar manias. Sou muito boa a observar as pessoas, sou, mas o melhor é baixar os cornos, senão dou nas vistas, o que não combina com o que disse/escrevi acima. E há, ainda, umas vezes em que descubro iguais, mas refundo a descoberta, tem de ser, nestes casos não há cumplicidade, as pessoas, quando são muito boas no mesmo, tendem a odiar-se.

Lugar da musa

O cafezinho hoje não estava bom. Reclamei.
Ah, desculpe, quando for assim, diga.
Homessa, eu não estava a dizer?!
Tungas, três cafés no bucho, na cabeça, acho que vai rebentar. Às vezes penso nisso, no rebentar da cabeça, pedaços de cérebro espalhados pelo chão, paredes, teto, com frases imprimidas a preto nos miolos brancos, ou cinzentos, ou lá que é, que eu cá estou sempre a escrever dentro da minha cabeça, sendo que por vezes escrevo também com as mãos, como agora. Sou fantasiosa, não é. É. Não sou nada. Bom, sou um pouquinho. Hum, não. É que o irreal assusta-me. Já um dia escrevi no blogue o quão necessário me é escrever, e a necessidade mais premente é a de materializar a vida. Não que a compreenda, mas, achando-lhe uma fórmula, não me incomoda tanto.

Na rua

A 8 de maio de 2014 prendi o oitavo papelinho com uma mola na ramagem da oitava árvore presente na rua mais bonita de Lisboa. Tudo oitos. Tudo casualmente. Sabia que tinha prendido a mola no ramo por volta desta altura do ano, mas queria saber ao certo, e agora já sei – 8 de maio de 2014. Ainda falta um bocado de tempo para fazer aniversário mas adiante, não deixa de ser mais ou menos a mesma altura do ano. E este post acontece hoje, não o guardando para outro dia, porque hoje é dia 22, mês 4, ano 2015. 2+2=4. 4+4=8. 22x4=88. 2X4=8. 2+1=3+5=8. Iniciei este dia, em matéria de posts, com o número 8008. Está tudo em sintonia. A matemática é vida. A vida é matemática. Tem até o infinito, quero eu dizer que os números vão até ao infinito, e o infinito é o espírito da matemática.
A foto abaixo é a condizer: há vida e números.


Na rua

Antes de mais, antes que esgotasse o tempo, antes que me esquecesse, parei no banco de pedra, aquele que tem hater lá escrito, e sentei-me na ponta onde supostamente me sentei o ano passado neste mesmo dia, vinte e dois de abril. A ideia era tirar uma foto igual à que tirei em dois mil e catorze e compará-las. Ora acontece que tenho uma máquina fotográfica montes de espetacular desde ontem à noite. Onde e como arranjar melhor circunstância, não é. É. Ora bem, tirar as fotos, tirei, e digo no plural porque me fartei de clicar. Deixo então primeiramente a do ano passado, posteriormente a deste ano. Sinceramente: não há comparação possível, a perspetiva é diferente, além disso passou um ano, ao que parece aconteceram apenas trezentos e sessenta e cinco dias.

Boa tarde!


Do livro 'As Senhoras de Grace Adieu', Susanna Clarke

Dias de um Ginásio

depois de fechar a torneira do chuveiro, falta
olhar em frente e baixar os ombros
agarrar numa toalha e enrolá-la em volta da cabeça
agarrar noutra toalha, secar o corpo e enrolá-la em volta do tronco
arrumar (não sem antes secar!) toda a tralha do duche
sair da cabine
desenrolar as toalhas
vestir-me
passar os dedos pelos cabelos
olhar-me no espelho para encontrar o mínimo do esperável
arrumar toda a tralha do ginásio
dizer até amanhã
sair porta fora
entregar as toalhas molhadas (dentro de sacos) e a pulseira onde pende a chave do cacifro à menina da receção
dizer até amanhã
sair porta fora
conduzir até casa
agarrar no saco de treino e eventuais compras e tomar o rumo do doce lar
afagar a cadela pacientemente
saudar os ricos filhos
aquecer a sopa
estender parte da roupa e colocar a restante no cesto de roupa suja
retirar o saco de treino do caminho
engolir a sopa
arrumar a cozinha
blogar

A Gina que gosta de escrever

'A Gina que gosta de escrever.'
Disse o Zé. Só com esta introdução fiquei logo maravilhada.
'Quer saber uma coisa?'
Depois apurei o ouvido e abri a cabeça. O assunto era os pousa-pés que a minha mota tem, que na gíria se pronuncia 'pisa-pés' e que quanto a ele «é uma expressão que deriva do francês 'marche-pied' e que se tornou aparvalhada, uma vez que as pessoas dizem 'pisa-pés' e aquilo não é para pisar os pés mas para andar com os pés lá em cima».
'A Gina que gosta de escrever'. Tão bom. Ah, tão bom.

Bom dia!

Bom dia, bom dia , bom dia! Primeiro post de hoje: 8008. Capicua, ah pois. Deixei no entanto escapar o post 7997, e ele aqui tão perto. Ia buscar o linque para se perceber qual o post que calhou em tão belo número, e assim me redimir da falta calamitosa, mas o meu pc anda parvo, tem estado parvo todos os dias, que nem me deixa verificar se está tudo bem no blogue, para tal tenho de ir ao pc portátil, quando não era só erros e o caraças. Não era nada. Quero dizer: era. Bom, adiante. Outra coisa, importantíssima, tanto que cabe neste post festivo, quero dizer: este não é um post festivo... É, é. Tenho uma máquina montes de espetacular, mas que não bate bolos nem amassa pão, é uma máquina fotográfica. Deixo foto. Como é que consegui fotografar a minha máquina fotográfica montes de espetacualr, não é. É. Ora essa, então, ainda conservo a antiga máquina fotográfica, foi ela que conseguiu esta imagem espetacular, mesmo doente. Agora o que ela está a fazer de menos bem, ou de muito mau, se calhar é mais isso, é não guardar as fotos no cartão. Um mimo. Mas pronto. Às tantas eu escolhi, inadvertidamente, claro, a opção de eliminar as fotos do cartão mal saiam para o pc. Bom, adiante. Mas a máquina antiga. Foi o seu clique 9671, quiçá o último. Ei-lo.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Disse
Faço

Disse. Faço. Mais algum verbo termina em 'isse' e em 'aço' na primeira pessoa do singular. Não, não é. É. Daí a importância da fala e das mãos.

Na rua

Lisboa, rua António Pedro, frente ao sessenta e seis, junto ao lancil do passeio, um ratinho morto. Coitadinho. Quem quiser certificar-se, basta seguir as coordenadas que já revelei.
Comprei umas calças. Falta a blusa.
Árvore amarela; lugar da musa; muro de pedra; rua mais bonita de Lisboa, blá blá blá: hoje não.

Almoço

Almoço: carne à portuguesa. Quem olhar para mim não julga que como metade de uma meia dose. Mas é isso o que acontece.

Sabem

Sabem aquele reflexo no chão, mesmo num chão escuro, mesmo num local com pouca luz, e de repente a parca, mesmo que parca, luz do teto incide por sobre uma pinga de água no chão, muito redondinha, e a gente fica a pensar que ali se encontra uma moeda de dez cêntimos, que, não pela avareza, antes pelo acaso, esse repentino encontro traz uma felicidade infantil. Sabem. Então se sabem, é isso.

Boa tarde!

As fotos são d' ontem. Realmente, pá, hoje estou um bocado dedicada ao passado. Mas adiante.


.
.
.

q
qu
que
quem
quema
quemal
quemalé
quemaléq
quemaléqu
quemaléque
quemaléquet
quemaléquete
quemaléquetem
?
n
ne
nen
nenh
nenhu
nenhum
,
e
em
emq
emqu
emque
emquer
emquare
emqueren
emquerend
emquerendo





Este post, acima deste ponto, pertence ao passado. Protelei a publicação deste vídeo porque o cenário é um bocado estranho, vou chamar-lhe somente assim: estranho.
(À parte: é tão aborrecido escrever forçadamente, oh céus... E é exatamente isso o que me está a acontecer, a minha esperança é que a partir de agora a interação entre o pensar e o dedilhar flua. Perseverança, Gina Maria, perseverança.)
Produzi esta tosca filmagem uns dias antes de completar nove anos de presença na blogosfera. A ideia era explanar, ao menos um pouquinho, e fi-lo efetivamente um pouquinho, o meu escrever, o facto de ser lida, ou então não, e o quão significativa é, para mim, esta faceta de bloguer que não há meio de arranjar coragem para largar. Por sentir embaraço acerca do cenário que arranjei, produzi um outro vídeo onde punha este a decorrer no pc, com o som ligado, e assim ouvir-se-ia simplesmente a minha voz, poupando-me o embaraço que já mencionei. Mas não, que é lá isso, antes apresento a 'coisa' no seu estado virgem e rudimentar, que é assim que tem que ver comigo.
Entretanto, deixo abaixo outros dois vídeos dentro da mesma temática, o 'aniversário do blogue', e por ora calo-me com este assunto, que sinceramente, eu cá, já me cansa.





Bom dia!

Outra vez. Então, coiso, ora essa. É que tenho um vídeo dentro da temática do bom-dia e tal. Quero dizer: mais ou menos. Bom, não sei. Os vídeos levam-me um ror de tempo a carregar, mas vá.
(Tanto levam que este segundo bom-dia é d' ontem, qu' ontem, oh céus, o meu pc 'tava parvo e temara eu publicar a 'nhas coisinhas, quanto mais pôr-me praqui a carregar vídeos e mais não sei o quê.)




Bom dia!

Para já: este é o post oito mil. 8000. Um oito e três zeros. OITO MIL. De nada, ora essa.
Depois: a dar os bons-dias d' hoje publico fotos que tirei na passada sexta-feira, dia dezassete de abril, pelas dezanove e picos, portanto hora de ponta. São fotos majestosas devido à altura em que me encontrava, um sexto andar, de um dos prédios mais conhecidos da avenida que retratei. Quem conhecer a cidade decerto perceberá que prédio é. São fotos majestosas porque Lisboa é majestosa sob todas as perspetivas. Ressalvo que a majestade não está em mim por ter tirado estas fotos, está na cidade e no momento que vivi.
Tenho ainda duas ressalvas
uma é que parece que este post e este momento tem que ver com um post que publiquei no outro dia onde falo acerca da senhora que ralhou por eu ter usado a sua varanda para espreitar a avenida e tirado algumas fotos, de maneiras que tome lá o manguito, 'miga, mesmo que o não veja, quero lá saber
outra é que na sexta foto vê-se a varanda do trinta e um, uma das minhas quimeras mais presentes, claro que isso da quimera presente depende muito dos dias, há inclusive algum tempo que não me lembrava de tal coisa, mas preservo ainda o desejo de um dia o Zé me deixar subir lá acima para tirar umas quantas fotos, isto sem refrear nenhum dos meus ímpetos, obrigadinha desde já 'migo

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Estive

Estive a arrancar umas quantas pontinhas dos meus papelinhos. Tristemente. E a mandá-las para o chão. Estou há um bocado de tempo à procura do advérbio para acrescentar ao texto e, não encontrando, fica assim.

Nunca tinha

Nunca tinha reparado que aquele prédio está meio restaurado, as chaminés meio restauradas, as pontas de barro, ou naquela matéria dos tijolos, sei lá como se chama, metade delas restauradas. Duas partes opostas entre si, como um par de mãos, suponhamos que a mão esquerda está muito bonita e aprumada e a mão direita está toda esfacelada e cheia de cortezinhos na pele. Postelas e isso. Nódoas negras.

Lugar da musa

Onde é que anda aquele senhor que não é parecido com nada nem com ninguém? Ah, está ali. Cuidei que estaria doente ou isso. Talvez seja antes isso, pelo menos assim parece. No outro dia uma senhora estava a pensar que eu estava doente, que não havia meio de abrir o estaminé. Eu estou doente todos os dias, 'miga, todos os dias.

Almoço

Almoço: feijoada de polvo. Branco, o feijão. A gente sair do almoço e ir avenida afora limpando o dentes com a língua é útil. Digo útil no sentido de cuspir as peles do feijão que me ficaram a bailar na boca. É que assim sempre são menos calorias que ingiro. Olha só como sou uma pessoa positiva. Quantas calorias terá uma casquinha de feijão branco? Hum.

Unhas pintadas

Unhas pintadas de azul e o caneco. Ah ah. Fica sempre bem. É como se de azul estivessem. Eu queria dizer vermelho, é como se de vermelho estivessem. Mas não. Tenho as polpinhas dos dedos pintadas também, que não sei fazer manicuras bem-feitas, ou limpinhas, mas pronto. Olha, lembrei-me: é caráter. Rebeldia. Carisma. Isso de não saber fazer coisas e marimbar. Pois. Há que saber dar a volta à coisa.

Sonho

Sonhei que estava a ser molestada por um homem e que eu, em resposta, lhe mordi um olho, o olho direito, ficando com ele dentro da boca com mais uma quantidade de água. Se calhar eram as lágrimas do molestador. Dei um grito e acordei. Asseguro que o horror era mais pelo líquido dentro da minha boca que de outra coisa.
Antes disso tinha estado a sonhar que flutuava em angústia. Eu a querer agarrar qualquer coisa, acho que eram vigas ou assim, enferrujadas, numa curva, uma curva da vida, vá, que é para isto ficar poético, e não conseguindo o tão desejado apoio senti-me tomada por aquela angústia que me surge repentinamente depois de admirar a beleza de um campo de flores. Sim, não me enganei, não estou a enganar ninguém, angustio, estupidamente, após sentir um pico de felicidade. Estou doente. Aconteceu isso ontem, depois de ficar encantada com um lindo campo de flores silvestres e amarelas, chorei angustiosamente.

São dois

A Mini e o Máximo encontram-se à porta do café. A Mini é um buldogue francês; o Máximo é um pastor alemão. Cada um com sua nacionalidade, ouso dizer que são emigrantes. Então, se vêm de países diferentes, tungas. A Mini é desassossegada, o Máximo é não menos que isso.

Cliente

Desejou-me um dia muito feliz. Tão fofa. Retribuí, claro, que isto de imitar coisas é comigo. Há inclusive um nome bonito para macaquinhos de imitação: reciprocidade. Quanta beleza encerrada neste vocábulo, não é. É. Reciprocidade. Ah.

Cliente

Disse contato. Logo mais ditou-me o seu contato. Fiquei à espera que dissesse factura. Mas não.

No fim-de-semana

Fiz o bolo de laranja. Malta, é assim: não experimentem a receita do 'bolo de laranja tradicional' que vem nos pacotes (pequeninos, aqueles do café) de açúcar da Sidul, está mal definida. E eu, parvamente, segui a receita como vem escrita, tal e qual, sabendo de antemão que não se junta a farinha à manteiga e ao açúcar e aos ovos, antes do leite e do sumo da laranja. Não. Junta-se a farinha no fim de tudo, não se bate um bolo, e o termo é esse, bater, onde já se adicionou farinha. Jamais. A farinha, sendo sovada, promove o desenvolvimento do glúten, esse estado pretende-se quando queremos um pão, não um bolo fofinho. Ademais, o açúcar é pouco para tanto ovo, já para não falar da manteiga.




Cá para mim o bolo devia ser assim:
Bater
200 gramas de açúcar mascavado
com
100 gramas de manteiga amolecida
juntar
5 ovos
um a um, lentamente e adicionar
sumo e raspa de 2 laranjas
200 ml de leite
misturar bem e deitar na massa
200 gramas de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
peneirados e mexer até tudo ficar ligado. Só até tudo ficar ligado. Colocar numa forma untada e enfarinhada e levar ao forno médio durante cerca de 30 a 35 minutos.
Assim é que é, agora cá a farinha depois dos ovos, nem pensar. A ver vamos se torno a fazer este bolo, mas desta feita com a 'minha' receita.

Fiz uma massa folhada que vi num programa de tv. Na receita usam-se iguais partes de farinha e manteiga fria em cubinhos (250 gramas, mas eu sou um bocado abrutalhada e fiz logo meio quilo), sal (uma colher de chá) e água gelada (150 ml). Coloquei a farinha, a manteiga e o sal na minha máquina montes de espetacular e pulsei um bocado a medo, que ainda não conheço bem a bicha. Quando a manteiga ficou mais desfeita, fui juntando a água. Não usei toda. Por diversas razões, mormente pela quantidade de água que algumas manteigas trazem e/ou pela humidade que haja na cozinha, e eu estava na minha cozinha, a quantidade de água pode variar, é questão de ir juntando aos poucos, quando se tiver uma massa que pareça ligada para-se e pronto. Chegada a este ponto retirei a massa da taça e coloquei-a na minha bancada, que a bem dizer é a mesa, e amassei-a levemente. Digo levemente porque esta massa não se quer muito mexida, isto por conta de não a aquecer com as mãos, não lhe faz bem, vá-se lá perceber porquê... Eu sei porquê: se a massa for muito mexida a manteiga derrete e convém que isso não aconteça totalmente, os pedacinhos de manteiga que se veem na massa é para ficarem assim, em pedacinhos, são eles que depois de derretidos fazem a massa soltar-se de si mesma formando as tão características folhas, daí o nome 'massa folhada'. Depois deste passo é só colocá-la no frigorífico e esperar pelo menos meia hora. O tempo decorrido, é hora de estender, estender este que é também característico, porque se estende com o rolo e se dobra a massa sobre si, tornando a estendê-la e a dobrá-la, e outra vez e outra vez. Mas nunca exageradamente. Depois é usar como se queira. Eu fiz merendas de queijo e fiambre.
Agora é assim: achei que duas partes iguais de farinha e manteiga não é boa coisa, fica demasiado amanteigada e enjoou-me um bocado. Tenho de experimentar outra vez: 500 gramas de farinha para 300 de manteiga. Como me sobrou metade da massa, que como já referi fiz logo meio quilo porque sou uma bruteza à maluca, vou juntar-lhe uns cem gramas de farinha.

As bolachas de avelã acabei por não as fazer. Planeio fazê-las frente à câmara, vamos lá a ver.

No fim-de-semana

Esqueci-me de dizer/escrever que nunca terei mãos para usar luvas tamanho S, que a elegância não quer nada comigo, repele-me. Repele-me, isso mesmo.

No fim-de-semana

Os vizinhos cantaram os
'parabéns a você,
muitos anos de vida'
e eu cá por mim não me importa que a pessoa viva muito, só por dizer que quero que viva noutro lugar qualquer, que aqui faz um barulho do caraças.

Bom dia!

domingo, 19 de abril de 2015

Afinal ainda cá venho

Afinal ainda cá venho para deixar vídeo fresco, produzido há cerca de meia hora atrás.

Hoje é domingo

Há ignorâncias que me apoquentam, como por exemplo não saber ser feliz; não saber como esquecer que não sei ser feliz. E não é por ser domingo que vou saber, ou então esquecer que não sei. Para contrariar este estado deixo vídeo já anunciado num post* que paira uns centímetros abaixo de onde este vai pairar daqui a nada. Porque no vídeo pareço, não exatamente feliz, mas divertida.
Ah, ao minuto dois, segundo doze, ouve-se um trovão, que nesse dia choveu à brava. 
Ah, outro ah, o cenário é soberbo...



*...

sábado, 18 de abril de 2015

Não há

Não há 'bom-dia' nem 'boa-tarde' mas há 'boa-noite', que são nove e tal. Boa noite.

Do verde e do vermelho*

Afinal, o mais que consegui criar, não foi verde nem vermelho, mas foi óculos, e foi isto...




... Mas foi também isto. Não que tenha melhorado, claro.



*...

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Escrever

Olha só como agora estou tão feliz e escrevo na mesma, independentemente de.
Estar muito triste.
Afinal o meu escrever não tem que ver com.
A tristeza.
Sou mesmo boa nisto de.
Escrever.
Qualquer sentimento me desperta a vontade de.
Escrever.
Escrevente irónica, eu, todavia irónica.

O champô

O champô da minha cadela chama-se Gille's e tem fotos de cães destilando felicidade. É um líquido verde e cheiroso. Tão bom tomar banho, não é bicho-cão? Não. Falasse a minha cadela e ia dizer que não. Como não fala e é um doce de bicho, quando percebe que é hora do banho encolhe-se e amocha, submetendo-se à ordem dos donos sem dramatizar.
Mas do destilar.
Destilar felicidade, como assim? A felicidade é líquida? Só mesmo um poeta para visionar algo assim. Metáfora...? Ah ah.

Desde que

Desde que, sem prévia solicitação doutrem e impelida unicamente pela minha vontade, respondi a um desafio*, há um adjetivo que não me sai da cabeça: repelente. Há aquele repelente de insetos, não é. É. Aquele que a malta usa no verão, aquando dos passeios noturnos e estadas em parques de campismo/merendas, não é. É. Dou por mim a pensar de que será feito esse repelente, qual a substância. É que decerto a dita predomina no meu organismo e exalo-a frequentemente. Só pode, 'migos, só pode, ninguém melhor que eu para repelir as gentes. No real e no virtual. Deve estar a acontecer no blogue não tarda... Com mil raios. E um que me acerte nos cornos e me rache ao meio se eu não estou a copiar o futuro fielmente neste momento.

Cliente

Os clientes não têm nada que depositar o extrato de conta em cima do meu balcão, é que assim vejo o montante do seu saldo, que sou uma cusca do caraças. Mil quatrocentos e doze. Os cêntimos é que já não deu para ver.

Lugar da musa

Não sei se sou eu que os vejo a olhar na minha direção enquanto rabisco. Há uma parte de mim que quer ser observada e apreciada, sou tão pessoa como toda a gente e toda a gente tem uma parte em si que é assim. Mas será que me olham porque os olho? Ou será que me olham porque (afinal) sou diferente? Mais interessante ainda: cuidarão que escrevo acerca deles?

Lugar da musa

Óculos verdes e casaco vermelho. Eu em negativo. Mas a cores. Óculos vermelhos e casaco verde. Porque não tirar uma foto, não é. É. Amanhã, então.

Lugar da musa

Ó 'migo, é assim: deixe em casa esse olhar de quem não liga à ralé, esconda na gaveta. Encarei-o como quem espera a sua vez civicamente, não lhe querendo tomar o lugar. Só isso.

Lugar da musa

'O Gesto e A Palavra'*, título de um livro exposto numa vitrine muito bonita e alta. E eu li 'Cesto da Roupa Lavada'.


*Já agora, a obra pertence a André Leroi-Gourhan, segundo a rápida pesquisa que fiz no mister Google.

A senhora do banco

Este post não é sobre a senhora do banco, é antes sobre mim, coloquei o título que coloquei para centrá-lo com os outros que são efetivamente acerca da senhora do banco. É que nunca cheguei a criar etiqueta, vai daí, se alinhar todos os posts, coiso. Mais ou menos como faço com o lugar da musa, que chamo 'Lugar da musa' a todos os posts que debito e que sejam lá passados, assim ficam agrupados e certinhos no blogue, alguém que queira ver um alinhamento nesta página virtual vai conseguir. Quero dizer: não vai. Não vai porque o lugar da musa não tem etiqueta, a senhora do banco também não, mas os ricos filhos têm, a cadela idem. Agora, imagine-se: o leitor, ou visitante, chega aqui e vai até lá abaixo, nota as minhas etiquetas, fica logo interessado no que diz 'Ricos Filhos'. 'Ricos filhos', que será isto, pensa ele, o leitor, ou o visitante. 'Olívia', quem será, pensa ele, o leitor, ou o visitante. Galeria...? Ena tantas 'Galerias' que este blogue tem, pensa ele, o leitor, ou o visitante.

… este post apresenta-se estúpido, não era isto que eu ia escrever...

… eu ia escrever...

Quando estava na fila para depósito estava à minha frente a senhora secretária do senhor doutor do escritório. Olá boa tarde, eu; olá boa tarde, ela. Pumba, tudo a olhar. Depois vi o senhor Amílcar a levantar uma pipa de massa, a máquina cuspiu a dinheirama e ele a olhar para mim, a dizer boa tarde e a ouvir eu a responder-lhe boa tarde. Puxei o molho de notas, antes que a máquina o engolisse, e entreguei-lho, enquanto ele me requisitava um trabalho. Sim, senhor Amílcar, esteja descansado que mando lá o meu colega. Pumba, tudo a olhar.
Pronto, era isto que eu ia escrever. Ia também escrever que sou uma pessoa especial e popular de quando em quando.

Ús

O 'último' precisa de uma pen para ser o 'penúltimo'. Não sei se já alguém se tinha dado conta que. Eu já. Foi mesmo agora.

Na rua

Na rua cruzei-me com a senhora doutora dos ricos filhos, de quando eles eram pequeninos. Está um bocado mais velha. Os ricos filhos também.

Ó mulher

Ó mulher, tu não me digas que não chegas à ípsilon-á-quatro...
Hoje não, 'miga, que me dói muito a minha língua...

Boa tarde!

Eis foto da loja do meu colega e da mota e o caraças.

Amanhã

Para adoçar este fim-de-semana planeio fazer um bolo de laranjas e também bolachas de avelãs. A ver vamos se faço vídeos e isso assim ou então não e coiso. O bolo será somente um, mas as laranjas, as bolachas e as avelãs...Não.

Porque não



Porque não explorar o molde. Afinal planto a foto. Porque não. Pergunto. Porque sim. Respondo. Ora essa, tive tanto trabalho a fazer um molde pequenino. Saber como o aumentar é que é pior, mas pronto.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia de a gente se deixar de 'blá blá blá' e mais não sei o quê, quer isto dizer que é dia de a gente se deixar de merdas, nada de protelar e tal e atacar as resoluções que se propôs no início do ano. Cá pra mim é mas é dia de 'foder e sair de cima'. Bom, mas isso sou eu, que sou uma besta, e na verdade nunca arranjei nenhuma resolução de Ano Novo.
Vindo mais ou menos a propósito, há dias fiz um vídeo onde trauteio parte de uma canção cujo poema me lembra a procrastinação, que o gajo, pá, 'não fode nem sai de cima', vai daí cantarolo baixinho, acompanhando e estragando parvamente a voz maravilhosa da cantora, enquanto lá fora cai uma chuva intensa e umas minúsculas bolas de gelo, ao minuto não sei quê ouve-se inclusive um trovão, e no final ouve-se o locutor a dizer à malta que estamos com a Radio Comercial. Acho eu que se ouve, que ainda não tive o prazer de ver e ouvir a gireza que criei. Neste momento não sei se vou plantar aqui o dito vídeo, exatamente por ainda não o ter visto nem ouvido, sei lá eu se aquilo está demasiado risível. Logo vejo. E ouço. Depois, se puser aqui o vídeo, ponho também um linque a dizer 'olha, lembras-te do que escrevi naquele dia, é este o vídeo de que te falei'. E pronto, é assim, vou mas é rabiscar outras coisas.

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