Gina, a mulher que tem um blogue

Gina, a mulher que tem um blogue

domingo, 31 de agosto de 2014

Ações de um domingo solitário

8:10.
Levantei-me.
8:22
Comi duas torradas com manteiga e bebi um copo de leite simples e morno. (Quem disse que a mornidão não presta pra nada?)
8:39
Lavei-me e vesti-me.
8:50
Saí de carro.
9:01
Comprei coisas no supermercado.
9:34
Cheguei à praceta, desliguei o motor e deixei-me ouvir o resto da canção.
9:48
Arrumei as compras e a louça suja na máquina.
10:01
Liguei o pc, pesquisei uma informação necessária ao dia de amanhã, que se revelou infrutífera.
10:23
Sentei-me no sofá a ver tv, comi um iogurte com cereais, bebi um café.
10:29
Acariciei a cadela.
10:41
Comecei a escrever este post.
11:57
Escrevi outros posts.
11:12
Fiz a cama.
11:15
Descobri o meu telemóvel em cima do balcão da cozinha, maltratado, em cima de um pouco de água que tinha escorrido do pequeno vaso do cebolinho, limpei-o muito bem, olhei para o ponto onde é a câmara fotográfica e esperei ardentemente não ter dado cabo de tudo, não ia dar para ver imediatamente, estava sem bateria alguma. Pu-lo à carga.
11:19
Pus-me a costurar.
11:34
Provei a saia pela terceira vez: boa em largura, má em altura. Alterei-a.
11:58
Encaminhei o almoço.
Fiz a prova final da saia. Apresentou-se-me pingona, por sinal. A cadela agitou-se quando se apercebeu do corropio despe-veste e acalmou-se quando me viu vestir (novamente) a roupa de andar por casa.
12:28
Almocei um restinho de carne guisada, massa cozida e um ovo estrelado, como sobremesa fatias do melhor melão comido este verão. Enquanto isso visionei em diferido um episódio do programa 'Baseado numa História Verídica' do Canal Q, Maria Rueff era a convidada.
13:35
Escrevi outros posts. Que não este, portanto.
14:03
Passeei a cadela.
14:20
Bebi um café. O terceiro. Contabilizo-os, normalmente, muito embora não tenha registado o primeiro... Lembro agora, observando o que escrevi até aqui,  que foi algures entre a toma do pequeno-almoço e o lavar-me e vestir-me para ir ao supermercado.
14:39
Atualizei este post.
15:32
Bebi um enorme copo de água enquanto via na tv um vídeo que falava em let it burn e fire, fire, fire. Ellie Goulding a cantar a canção Burn, era o que era.
15:42
Costurei para finalizar a saia.
16:04
Prova final da dita saia, está, alfim, boa em largura e em altura.
16:05
Bebi um enorme copo de água, em pé, na cozinha.
16:32
Peguei no vestido amarelo por conta de lhe pôr um folho preto para lhe acrescentar o comprimento e assim ser capaz de o vestir na rua.
16:42
Lanchei leite morno (quem disse que a mornidão não presta pra nada?) com mueseli. Por entre colheradas pus-me a vasculhar um dos programas de culinária que tenho gravados, sei que há um onde é mostrado um pão simples de fazer, queria fazê-lo mais logo. Entretanto, descoberto e memorizado qual o número do episódio que tem o tal pão, voltei à programação em direto. Cantava a Pink, raise your glasse e tal e coiso, é o único som da Pink que verdadeiramente gosto de ouvir. Antes de vir escrever este minuto liguei o ferro de engomar.
17:19
Interrompi a costura para vir escrever isto: é-me tão difícil preparar franzidos, tanto é que tenho de me pôr em pé, não me mantenho sentada, tal a inquietação.
17:32
Desliguei por fim o ferro de engomar que tinha entretanto esquecido ligado. Significa isto portanto que esteve ligado mais de meia hora em vão.
17:33
Arrumação da louça que a máquina lavou. Lavagem da louça grada e muito suja, a qual não havia colocado na máquina.
17:47
Comecei a comer um pêssego enquanto escrevia o item anterior. A bem dizer ainda estou a comê-lo, ou seja, enquanto escrevinho este mesmo item.
18:08
Voltei à costura, a ver se a porra do folho ficava cosido hoje.
18:16
Com  meio folho pregado na barra do vestido, larguei-o e dediquei-me à feitura do tal pão.
19:09
Comecei a fazer uma sopa caldosa, começando por um refogado leve, introduzindo depois asas de frango e legumes cortados o mais fino que consegui. No fim acrescentei cuscus. E ovos de codorniz cozidos. E coentros picados.
19:34
Adiantei este post intercalando com navegação Internet afora.
19:41
Fui ver a sopa.
19:42
Fui acabar a porra do vestido amarelo. Faltava meio folho ser cosido.
20:08
Provei o vestido. Que surpresa agradável, tirando o que tinha a mais na altura, que eram para aí uns oito a dez centímetro, ficou muito bem.
20:31
A sopa estava boa. Um caldinho a fazer de conta que é uma canja e isso assim. O pão comeu-se, não tinha a consistência de um pão, era mais bolo que outra coisa, mas com sabor a feno grego.
20:32
Comecei a navegação pela blogsofera.
21:42
Andava ainda de roda dos blogues.

Inclinação suportável

Se eu tiver a cabeça inclinada para baixo a água escorre para dentro dos ouvidos. Há esperança de o vento a secar antes de a dor aparecer.

Ontem

A cadela ladrou eram seis horas e sete minutos da manhã. Era o gato da vizinha que, por qualquer motivo, estava no átrio, junto à minha porta. Não foi dia para a insónia das cinco da madrugada, mas pronto, coiso, eu tinha de acordar mais cedo do que era preciso...

De manhã fui ao supermercado. Cheguei lá tão cedo que pelo altifalante ouvi assim:
«Caros colegas, faltam cinco minutos para abrir a loja. Desejo-vos um bom dia de trabalho.»

Sexta-feira, no passeio das sete com a cadela, estreei o vestido preto e branco sem rematar a bainha e sem assentar as costuras laterais com o ferro. Era para ver como me sentia com ele. Mas pronto, coiso, não é grande sensação, aquele tecido bordado com uma espécie de lantejoulas não é lá muito confortável, pica-me a pele do pescoço e ombros, onde assenta, portanto. Uma treta.

Eu...

Sempre fui de ir escrevendo, não é hoje que vai ser diferente.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ah, é verdade

Ainda cá venho, ah pois. É que me falta falar da limpeza das caixas do meu congelador. Tenho duas vazias, ando há que tempos a tentar esvaziar o congelador, que o gelo que se formou entretanto já é mais que muito, e as grandes caixas têm andado por ali aos rebolões, à espera. Hoje espetei com elas na banheira e lavei-as e deixei-as na varanda ao ar. Quando secas, pu-las em cima de uma cadeira no meu quarto, assim meio escondidas, e tapadas com um toalhão turco para não apanharem pó. E lá estão.

Blogosfera

Há bocado caí num blogue que faz hoje anos, oito, mais concretamente. Achei curioso a autora registar o aniversário e referir que muitas vezes apetece-lhe desistir mas prossegue com o blogue pela companhia que recebe por parte dos leitores. Achei curioso porque comparando comigo... Bom, a sério, eu estava lixada se precisasse de companhia para escrever num blogue... É que não a sei arranjar, a sério que não, não tenho paciência para andar de blogue em blogue a comentar e assim, ser conhecida na blogosfera e coiso, que é lá isso.

400

Tenho quase 400 rascunhos no blogue. Não me questiono se por estar escondida tenho escrito coisas diferentes, não preciso de me questionar, sei muito bem a resposta: é claro que tenho registado ocorrências que estando a descoberto não escreveria.

Queria

Queria escrever umas frases na parede da varanda, a azul e a vermelho. Talvez tivesse sido hoje, não sei, mas não foi, que não tenho os pincéis cá em casa. Mas se os tivesse não sei se teria escrito as minhas coisinhas, como já referi.

Sem título

Das limpezas, de novo. Também limpei atrás da secretária do pc e atrás da máquina de costura, o chão e a parede. Aquele pedacinho de chão vazio há-de um dia desses ser preenchido pelo órgão que está na sala e outros dos nossos instrumentos serão pendurados na parede por cima do órgão. Há anos que quero fazer isso. Quatro, mais precisamente.

As horas

São vinte e cinquenta a nove. O Robin Williams não morreu, que é lá isso, vi-o há pouco ao volante de uma camioneta da zona.

As horas

São dezanove e cinquenta e nove. Cheguei agora do passeio das sete com a cadela. Escrevi as horas à pressa antes que o minuto e consequentemente a hora mudassem. As horas. São vinte horas e zero minutos. Tirar o peitoral à cadela, estando ela espojada no meio do chão, é semelhante e desabotoar e despir um babygrow a um bebé. No passeio fiz muitas curvas. Saí do prédio e cruzei a praceta dando cinquenta e quatro passos. Virei à esquerda, dei cento e cinco passos. Virei à direita mas sem corte de estrada, era uma curva, e vão mais sessenta e dois. Virei à esquerda, duzentos e vinte. Virei à direita mas não em ângulo reto, tipo a fazer um <, vá, cento e noventa e oito. Alcanço a rotunda, viro à direita um pouquinho para chegar à passadeira, passo-a, viro à esquerda outro pouquinho até chegar ao sítio onde viraria à direita e daria 258 passos, até virar de novo à direita. Atravessei a praceta de cima, desci as escadas, desci uma das inclinações mais íngremes que há aqui perto e meti-me em casa. Creio que demorei trinta e cinco a quarenta minutos. Ah, e os passos são uma mera estimativa, contei-os apenas numa das retas, nas outra estimei. As horas. São vinte e vinte.

Sozinha em casa

Estou sozinha desde as nove e meia da manhã. Eu mais a cadela, claro. Mas de humanos, eu falava de presenças humanas cá em casa, não os há. Nos primeiros dias esta solidão fazia-me muita impressão, tenho a cabeça doente, qualquer coisa que se mostre diferentemente me enerva, mas hoje estou ótima.

Cinco da manhã, ei

Acordei de novo às cinco e tal e já não voltei aos braços do Morfeu. Levantei-me às sete e qualquer coisa e ando por aqui desde então.

Não vou a banhos

Se eu fosse desafiada para aquela treta dos banhos públicos ia usar água morna.

«Quem disse que a mornidão não presta pra nada?»

As horas

São dezoito e dezoito. Vou estender roupa. Convido toda a gente a vir comigo, quem quiser aparecer, força nisso.

Parte Dois

Parte dois ou uma merda qualquer, pronto, venho cá outra vez, dizer coisas que fiz.

Vi um filme mas não todo, portanto não vi um filme, vi um bocado de um filme. Era acerca de um homem que enviuvou e mudou de cidade, de região e inclusive de profissão, passou de tipógrafo a jornalista porque na aldeia para onde se mudou era o cargo que havia disponível no jornal local. O homem ripostou, dizendo que não sabia escrever mas viu-se obrigado a tentar por força das circunstâncias. Entretanto os seus artigos colocaram-no contra algumas pessoas. Identifiquei.-me um pouco com esta personagem, aquilo que escrevo afasta-me da convivência salutar. Mas não foi por isso que deixei o filme mais ou menos a meio, foi porque era uma trama mística e eu não sou muito dada a essas coisas. Mas o filme está ali, na box, daqui a nada posso ver o resto, basta querer.

Nas limpezas posso acrescentar que lavei os dois wcs, de um deles até retirei o tampo da sanita para desencascar aquilo tudo. E consegui. Aspirei a sala, o chão da sala, quero eu dizer. Arrumei umas caixinhas que tinha retirado da despensa e coloquei-as no roupeiro ulterior. Estão vazias, as caixas. Coloquei mais um frasco de chá em ervas secas numa das gavetas das mesinhas-de-cabeceira que estão no corredor. E ainda lá há-de ir parar outro frasco com chá desse assim.

As horas

São dezassete e vinte e quatro. Fiz pudim. Arrumei e limpei as seis prateleiras da despensa. Não tinha papel para forrar, paciência. Lavei roupa e louça, arrumei roupa e louça. Comi. Hoje estou numa de pêssegos, as primeiras duas dentadas são as mais desfrutáveis. Depois a comida desce, vou-me saciando e já não é tão bom. Fui passear a cadela ás nove. Fui passear a cadela às quinze. Irei passear a cadela às dezanove. Estou de férias. Melhor registar, não vá alguém querer saber e isso assim.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Cansaço

Estou tão cansada, sei que já escrevi no post anterior, mas, a sério, estou tão cansada de fingir que não me sinto enlouquecer, que isto não é nada, que toda a gente é assim, que todos sofrem, que afinal não sofro, que não sinto dor nenhuma, que há males tão piores e mais uma catrefada de merdas parvas pra caraças. Estou tão cansada, a sério, estou tão cansada.

Estupidez

A coisa mais estúpida que fiz até hoje foi criar um lbogue... ai perdão, blogue. A minha memória é desinteressante e a minha vida também.

Cansaço

Estou tão cansada.

Fui ao passeio

Fui ao passeio das cinco.
Lisboa; alameda; 17:04; 30º
Lisboa; praça de Londres; 17:12; não dizia os graus.
O relógio digital não dizia os graus mas não deviam ser muitos mais ou muitos menos dos que estava na alameda.
E se as horas dos relógios coincidem quer dizer que levo oito minutos a subir a alameda de um só lado, atravessá-la, meter-me na avenida Manuel Damaia e descê-la até quase ao pé do dito relógio. Se as horas não coincidem não sei quantos minutos levo. Um dia cronometro isso tudo.

vocabluário pouco vasto

tara cara miutse

vocabulário pouco vasto

tara cara piutse

vocabulário pouco vasto

suri cautse

Boca

Tenho um gosto acre na boca. Acho que é das bananas. Como se tivesse queimado as narinas cá por dentro. Acho que é das bananas. Sinto o peito pesado, ofego e não há alívio nos suspiros profundos nem tampouco restauro no pigarrear constante. Acho que é das bananas.

T-shirt

Uma das minhas t-shirts diz 'You Slut'. Há dias fiz um post onde revelava que tinha comprado esta peça e mais não sei o quê e que as letras a priori me tinham feito lembrar Yves Saint Laurent, olha que giro uma peça de marca mas eu sabia que não era nada disso e coiso, porque é uma t-shirt chinesa, claro. Quando a mostrei à rica filha e ela me disse que 'you slut' é algo como 'és uma badalhoca' fiquei siderada, logo eu que tenho tanto cuidado com o que diz a minha roupa... Ainda não estreei a dita.

T-shirt

Uma das minhas t-shirts diz 'Tropical Feelirg'. Assim, como escrevi, com erro. Tem ainda um belo papagaio em cores fortes, numa pintura lisa e sem grumos. É uma t-shirt chinesa, claro. Pronto, ok, vá, é uma t-shirt chinesa daquelas que não parece.

Ela e Ele

Ela:
Olhe, eu sou leão de garra, sou leão de signo e sou leão de clube!

Ele:
Ah, sim? Então, olhe, eu sou José, nasci no Hospital de São José e no dia de São José!

Insónia

Tenho tido a insónia das cinco da madrugada. Das cinco às seis e tal ou sete não durmo, não consigo. Viro e reviro-me na cama, não me dá para me levantar, sei lá, tenho preguiça, ou então penso que já vou adormecer, que não tarda os olhos pesam e chega o sono e adormeço.

Doença

Sinto-me doente. Assim como a gente se sente quando temos febre. Mas eu sinto-me sem a febre, sem esse calor, só com o mal-estar igual de quando tenho febre. Estou doente mas é da cabeça, os meus males estão todos na cabeça. Pancadas nos cornos, é o que é.

Sonho

Sonhei que ia a uma esteticista (que não era a Carminho) e que ela me perguntava porque é que eu trazia sempre saias justas quando ia ali, que quando a roupa é assim, e as pessoas estão sentadas naquela cadeira, se vê as cuecas e isso é uma vergonha.
Senti-me assim um tanto ou quanto embaraçada, mas coisa pouca, vá, que a gente as duas estávamos num sonho e nos sonhos eu tenho mais é de marimbar para o que as pessoas dizem e mais isto e mais aquilo.

Sono

Tenho um sono do caraças, culpa do relaxante muscular que tomei de manhã. Tenho um dói-dói muito grande na omoplata esquerda. Ou por outra: tinha, que o comprimido já fez efeito. Devo ter dado um jeito qualquer a dormir, isto há duas noites atrás, e agora, olha, trata-se.

A menina

Anteontem, no passeio das sete com a cadela, uma menina veio ao meu encontro perguntando se o cão mordia e como eu respondi que não, ela perguntou se podia fazer festinhas, ao que anuí. Vi-lhe os olhos tão azuis. Puros, infantis. Antes assim, obviamente. Foi tão bom. Não sei como é com a outra gente mas eu gosto tanto de descansar a minha cabeça em atitudes infantis, como que inspirar profundamente, se possível fingir que inspiro o mesmo ar para continuar a fingir que fico como as crianças.
Era uma menina muito comunicativa, tanto que sem me conhecer me contou que a família adquirira recentemente dois cachorros, um deles era assim, fazia a medida com as mãozinhas, era pequenino, portanto, mas não ia crescer muito, e como não ia crescer muito puseram-lhe o nome de Golias para quando crescer tudo e ficar adulto, fazer graça às pessoas que lhe perguntarem como se chama.
'Então vai ser um cão irónico', disse eu.
'Sim', respondeu simplesmente, e acenando com a mão disse 'adeus!'

Injustiça

Há dias perdi um dos meus brincos de pechisbeque. Fiquei convencida que o perdera algures no meio da rua, ao tirar e pôr o capacete tantas vezes ao longo do dia. Então: deitei o outro brinco no lixo, escusava de me andar pela caixa dos pertences uma metade sem amiguinho. Mas não. Encontrei o amiguinho perdido aqui, no chão do estaminé. Não é justo. Não é. Há tempos perdi uma medalhinha de ouro aqui. De ouro. No mesmo lugar. Eu vi quando caiu. Era (é!) de ouro. Com valor estimativo elevadíssimo. E a medalhinha deve andar por aqui, por algum canto, enfiada em alguma fissura. Não é justo que nunca tenha aparecido uma valorosa medalhinha e o acaso me tenha colocado ao dispor um brinco da treta.

Planos

Mudar a tábua de passar para o corredor, ficará ao pé da máquina de costura, a qual está ao pé do pc há anos. Fica tudo em família, digamos, a família da poeirada. Poucas coisas há que arranjem tanto pó para uma casa como um pc ligado, costurar e passar a ferro.

Limpar e organizar seis prateleiras da despensa, colocar papel novo, se o comprar a tempo disso, quando não, paciência, ficam as prateleiras nuas, mas limpas.

Lavar as janelas dos quartos dos ricos filhos. E os estores. E as paredes, já agora. Então e as portas dos roupeiros embutidos? Também.

Trapadas

Planeio fazer a saia azul amanhã, o carrinho de linhas de que falei lá atrás é para confecioná-la.
Planeio também terminar a bainha do vestido preto e branco, ver se a altura está mesmo bem, voltar a prová-lo e isso, e quero ver se coloco o folho preto no vestido amarelo clarinho e ainda tenho de apertá-lo um nadinha nas costas.
Planeio, mas talvez num futuro mais longe, confecionar o vestido verde-água da rica filha, fá-lo-ei num modelo liso, sem grandes modas, que o tecido tem muita ramagem.

E por ora fica tudo feito. Em seguida arrumarei a máquina de costura, pôr-lhe-ei a coberta, guardarei os carrinhos de linhas, a almofadinha dos alfinetes, oleá-la-ei e a pobre poderá então descansar pelo menos um mês. Ou dois, se calhar dois.

Cor

Comprei um carrinho de linhas que é da mesmíssima cor da minha carteira. Ficam tão giros, um em cima do outro. Igual, igual, igual. A cor, quero eu dizer.
Não tiro fotos a esses objetos, por modo a fazer crer a veracidade do que afirmo, não quero, estou birrenta, acontece que a tal máquina fotográfica que andava esquecida lá por casa e que estava a fazer as vezes da que está no senhor doutor... afinal está avariada, não abre toda a lente, acho que aquilo se chama lente, não sei. Não, não é lente, é objetiva. Não abre a objetiva, não acende o ecrã, portanto não mostra nada e não tira fotos.
Ainda assim, copiei para o pc da loja as fotos que ontem tinha tirado ao meu carro e ao muro e às plantas e às ervas mas a máquina não as quis deixar ler, se calhar já estava doente, e espeto com uma delas aqui, hoje.



Esteve aqui uma moça

Esteve aqui uma moça de uma empresa de eletricidade qualquer, não sei bem, ou sei que não sei, com o seu colega que dá pelo nome de Nelinho.

Logo de manhã

Logo de manhã, no caminho, no carro, ouvi estas duas canções (ver abaixo), ambas têm que ver com a manhã e pouquíssimo que ver comigo...




500

Volto às publicações quando atingir os quinhentos rascunhos. Interrompi as publicações e ando a guardar rascunhos há exatamente um mês, este foi o último post, por sinal bastante enigmático:

«Telegraficamente: sos.»

Segundo

Há pachorra para explicar porque é que estou a trabalhar hoje quando era para não estar.
Segunda-feira, último dia antes deste intervalo a que tenho chamado férias, dizem-me assim: olha, não precisas de vir na sexta-feira, fica lá em casa que eu estou cá a horas de abrir.
Entretanto já eu tinha marcado a pedicura para esse dia. Fiquei desolada. Dói-me os calos e tenho algumas unhas a querer encravar e portanto já sinto desconforto na chicha, o que significa que não me dava jeito nenhum alterar os meus planos, adiando a ida à pedicura, ainda que a ideia de mais um dia de descanso, se ademais, inesperado, me saberia muitíssimo bem.
Lembrei-me: olha, vou à mesma, o rico filho leva-me lá antes de ir trabalhar e depois fico às voltas pela cidade no tempo que me restar. Só por dizer que quando saio da pedicura faço-o de chinelos rasos por modo a não estragar a pintura das unhas, vai daí desisti da ideia, andar por ali com um calçado desconfortável seria deveras cansativo.
Voltei à primeira forma: a de sempre, trabalhar (pronto, paciência, lá se ia o descanso inesperado) a 29 (amanhã) e ir à pedicura e acabava-se a história.
Horas depois telefona-me a Carminho (a pedicura): ó menina Gina, olhe que eu enganei-me e marquei-a para quinta-feira e não para sexta-feira, desculpe lá, olhe, fiz confusão com a dona Luísa e se não fosse a dona Alda vir pedir marcação nem teria reparado...
Claro que não houve problema nenhum, não é, pois...E é assim que me vejo a trabalhar hoje, num dia me que era para estar de férias, e fico em casa amanhã, num dia em que era para estar a trabalhar mas depois já não era e afinal é mesmo.

Primeiro

Olá, bom-dia!
Vim trabalhar. Estou aqui, se bem que o estou aqui é sempre igual, há sempre um aqui. Se estou no estaminé estou aqui, se estou em casa estou aqui, se estou no cinema estou aqui, se estou na praia estou aqui.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Ah, é verdade...

Entre ontem e hoje fui vendo o filme 'O Amor é um Lugar Estranho' aos pouquinhos. É um filme parado, com pouca história e sem final feliz, no fundo retrata a realidade da vida, dificilmente uma mulher de vinte e cinco anos ficaria feliz ao lado de um homem de sessenta durante muito tempo, né? Na cena final ele segreda-lhe algo e ela sorri. O espectador não fica sabedor do que ele disse, acho mal, acho mesmo muito mal. Mesmo. Pronto.

Gavetas

Antes que me esqueça, e este post é deveras importante para o meu bem-estar: coloquei mais coisas nas gavetas das mesinhas-de-cabeceira que foram recentemente mudadas para o corredor. Outra vez de cima para baixo:
3ª gaveta:
queimador de leite-creme
5ª gaveta:
salazar

Nota: voltei a exercitar o corpinho, tive de me levantar duas vezes para me certificar em que gavetas estavam e o que estava em que gaveta. Bom, em que gaveta estava e o que estava em cada gaveta é mesma coisa. É, este post é mesmo importante.

Aquele monte

Pus-me a olhar para aquele monte e lembrei-me daquela minha colega de escola, ela tinha descido monte abaixo a puxar um cordelinho, a brincar com ele e comigo. Lembrei aquele colega de escola, também, o que só queria brincar com as meninas. Digo 'aquela' e 'aquele' porque já falei no blogue acerca dos dois.
Senti um prazer, fui buscá-lo lá atrás, ao passado.
Estou triste. Não sei escrever, não sei o que fazer com esta vontade de escrever.

Lá estavam

Lá estavam os pássaros em algazarra naquela árvore. O entardecer, essa hora mítica, o crepúsculo, o fim do dia, a morte.

As horas

São vinte horas e três minutos. Está a dar aquela canção 'You have a bad day' na tv. Não é que tenha tido um dia mau mas estou algo descontente. 
Amanhã vou trabalhar, afinal, e descanso na sexta-feira. Se tiver pachorra amanhã escrevo lá no estaminé o corropio que foi esta troca de dias.

Ares

Estou numa corrente de ar há horas, quem dera adoecer.

As horas

São dezassete e vinte e quatro. E agora não sei o que escrever. Regresso daqui a nada. Vou costurar ou assim. Ver um filme lamechas. Ver um programa de culinária. Não sei.

Tirei fotos

Ainda mais fotos. De mim. Dos cabelos molhados. Dos olhos. Da boca. Da máquina fotográfica.

Tirei fotos

Mais fotos. Em azul.

Tirei fotos

Estas sim, apareceram... É o meu estendal.


Tirei fotos

Ontem disse que logo pela manhã devia ter tirado uma foto ao meu carro e ao muro e às flores e às plantas e às ervas. Tirei hoje.

...

Pronto, ok, vá, isto de escrever antes do acontecido tem destas coisas, na verdade estou a fazer um direto, por isso, a máquina deu erro precisamente nessas fotos, não as quer passar, estão no cartão, são visualizadas através da máquina mas o pc não as lê, logo: não as posso mostrar, pelo menos não as posso mostrar hoje.

As horas

São dezasseis e quarente a três. Estou sozinha em casa, para não variar do comum destes dias. Está aqui o cão. Só.
Não tenho lá muito tempo e/ou disponibilidade criativa e emocional para escrever, acontece quase sempre assim em casa, estou demasiado habituada a outros costumes, outras maneiras, outras circunstâncias que, quer eu queira quer não, me condicionam a escrita. Claro que se eu tivesse mais dias seguidos este tipo de vida me habituava a escrever de outra forma, ou seja: como que programava a minha criatividade, vá.
A criatividade pode ser programada. Hum-hum. Não. Sim. Quero dizer: pode-me saltar uma pipoca repentinamente, como aliás acontece, fixo-a e materializo-a quando posso. Pois, se calhar não posso programar a criatividade.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Há bocado

Há bocado, no passeio com a cadela, eram para aí umas sete e tal da tarde, havia chilreada na minha praceta. Não foi a primeira vez que ouvi tal canto, naquela árvore é costume os passarinhos ensurdecerem os passantes. Quase que podia ser esta a minha árvore aqui do sítio...

De tarde

De tarde estive de roda das gavetas vazias e da despensa... Estive de roda daquilo que falei ontem no blogue, vá.
Já preenchi seis gavetas. Já despejei quatro caixinhas e meia prateleira da despensa. A ordem é: cima pra baixo.

1ª gaveta
a máquina de fazer tostas e wafles
2ª gaveta
medicamentos
3ª gaveta
lâmpadas suplentes, varinhas mágicas, faca elétrica
4ª gaveta
caixa com pacotes de chá, frascos com chá em folhas
5ª gaveta
forma com fundo amovível, cups de várias capacidades, passadores com várias medidas, frasco com palitos de reserva, frasco com bicos para enfeitar bolos, frasco com corantes, tira-caroços, rolo da massa
6ª gaveta
forma com buraco e ondulada, formas de papel para queques, formas para bolachas, raspadores de vários feitios

Nota: fiz muito exercício para escrever este post, obviamente não tinha memorizado o que pus nas gavetas, que já foi há muitas horas, de maneira que me levantei vezes e vezes para enumerar o conteúdo.

Dias de um Ginásio

Que saudades de me exercitar num Ginásio, oh céus. Dói-me tendões e músculos que não doía.
Dói-me o pescoço e os ombros. Rodo a cabeça num sentido de cada vez, não sem antes amandar os ombros para trás, baixá-los, procurando a posição acertada, aquela que eu devia ter. Sinto algum prazer e conforto, ainda dói mas esta é uma dor gostosa. Em complemento esfrego o pescoço e a nuca. É ainda melhor. Que saudades do Ginásio, que falta me fazem aquelas dores boas no seguimento do exercício, aquele cansaço extremo mas tão reconfortante. Oh céus. Entretanto vou-me afagando, intercalando com uns abdominais de trazer por casa e umas caminhadas da treta.

De manhã

De manhã fui ao supermercado. É tudo tão fresquinho àquela hora. Comprei frutas e legumes e carne e leite de coco e chocolate para culinária e cereais e detergente para lavar o chão e sal para a máquina da louça.

De manhã

De manhã devia ter tirado uma fotografia. Ia apanhar o muro, um pedaço, e um bocado da frente do meu carro. Isto tendo uma perspetiva de cima, que eu estava no cimo de umas escadas. Também iam aparecer flores e ervas e plantas da época, como que a fazer um canteiro ao acaso. Devia mesmo ter clicado.

De manhã

De manhãzinha - 7:40 - soou o sinal de sms. Era a loja a avisar que a máquina de lavar louça chegaria daí a meia-hora. Bem escrito, bem feito, meia-hora depois estava um senhor a tocar à campainha.
A dita já lavou louça duas vezes. Lavou bem, pois. Melhor que eu. Melhor que ser eu a lavá-la.


As horas

São dezoito e trinta e seis. Já andei pelos blogue e entretanto vi alguns vídeos que só vejo se estiver sozinha em casa, quero eu dizer que revejo. Estou sozinha em casa. Está cá o cão. Somente. Há pouco, no passeio das três da tarde, um senhor cumprimentou de dentro de um carro circulante: 'ó Olívia!
Pronto, ok, vá, já divulguei vezes sem conta no blogue que o cão é mais popular que eu, toda a gente conhece a Olívia e o caraças, desta vez o alegre cumprimento chegou de dentro de um carro e tudo. Pasme-se o povo. E eu.

Há um ano foi assim
|tão igual aos dias que correm hoje, afinal...|

segunda-feira, 26 de Agosto de 2013

Coisas
Escrever é perigoso mas também há perigo em deixar de escrever, refiro-me ao facto de o mundo se tornar absurdo e desinteressante. A vida e as pessoas, quero eu dizer, e portanto lá se vai o deslumbre de viver a vida e de observar as pessoas.
Escrever faz-me imensa falta, afinal. Que porra.
Os escritos abaixo não pertencem ao dia corrente, escrevi-os, há poucos dias → uns e há muitos dias → outros. Não fiz as publicações do costume no blogue porque entretanto me fui desabituando deste tipo de exposição e deixei de estar preparada para isso.
Hoje estou um tanto ou quanto apática e portanto não há mais nada a dizer. (Escrever.)

A propósito
(É claro que vem a propósito.) Há dias encontrei um tom de escrita semelhante ao meu. Caraças pá, afinal onde para a originalidade, a voz única e inimitável?! Alguém a possui?! Não senhores, ninguém é original, descobri isso há muito tempo. Mas, até que ponto é agradável encontrar semelhanças na escrita, sobretudo, até que ponto gosto de me parecer com uma escritora, uma escritora com décadas de experiência e meia dúzia de livros editados? Ou não gosto?!
(Não gosto, não...)

Ainda cá venho
Faltou-me a coragem para falar em manancial mas não em cascata, antes um jato generoso, tipo um caudal que a natureza oferece, vá, e acrescentar temperatura amena e confortável à sensação que descrevia. E de quando estas coisas pedem licença para se instalar e eu concedo e de quanta maravilha há no recebimento de sensações boas - que são mesmo boas - e de sensações más - que afinal são boas.
Faltou-me a coragem para devastar o assunto, esmiuçá-lo tanto que o adulteraria, parecendo então que falava doutra coisa, porque é isso o que acontece sempre que exagero na escrita.
Mas siga a vida, que isso são ideias sem novidade... Certamente já muita gente as explorou literariamente. Paciência, afinal as ideias estão todas usadas, algumas comummente abusadas, tampouco pretendo coisa alguma que não seja vomitar ideias e pensar que me sinto aliviada com isso, mesmo que o não esteja.

...
'Onde andará o meu tom de escrita?', pensei eu, logo de manhãzinha. 'Ecos que projeto no ecrã do computador e isso assim, onde se terão metido?!'
Mantenho o tom comigo, na verdade nunca o perdi, não o dei acabado, apenas me economizei para forjar a mudança – deixar de escrever -, garrotei as veias literária, cronista e memorialista. Esta última, a mais vívida e presente, foi tão difícil de estancar, sofri horrores para não fazer caso das pipocas a estalar na minha cabeça. Ui. Ui. Ui. Que horror.
Tenho estado mais ou menos parada, a fazer de conta que a vida é morna, a rececionar calmamente as sensações boas e sem queixas as sensações más, a fingir que sou humilde e recetiva e vivo esses momentos bons e maus num frenesim contrito.
A ideia primária era conseguir ser uma pessoa normal, e fui-o durante alguns minutos e nuns certos dias. A pessoa normal que desejei ser é alguém que não escreve num blogue num registo tão pessoal. Mas no fim, hoje, agora, lá porque deixei de escrever não me sinto mais capaz ou virtuosa e/ou outras coisas giríssimas para a gente ser, qual quê. E deixei tanto por escrever...
Não obstante, do morno hiato, sem esconder que o mesmo tem o seu quê de aprazível, ficou-me isto:
«Quem disse que a mornidão não presta pra nada? Porque não viver lassamente? Porque não viver sob o mote do 'tanto me faz'?»

Obra amorosa
Ela leu. Ela não leu tudo. Ela disse que a impressão é muito boa: o papel, as fotos e tal. Hum, ok, pronto, vá lá, daqui depreendo que escrevo maravilhosamente e portanto posso continuar, faço falta à arte literária e esse tipo de coisas. Quando morrer vou ser uma pessoa fantástica. O póstumo, esse tormento, oh céus quanta gastura me dá o advérbio postumamente... É assim

...
Ela disse que gosta muito de conversar. Eu ia dizer que não gosto mas retive o comentário, porquanto não é de todo verdade e ademais este tipo de afirmação, não obstante perentória e racional, me transforma numa vítimazinha salobra.
Depois fiquei triste. E sozinha.
Bem sei que com as duas últimas afirmações já vesti a pele de vítimazinha salobra sem que seja essa a minha intenção, nada disso. Escrevo o que escrevo e como escrevo porque me é necessário contar alguns sucedidos e umas quantas emoções. Chamam-lhe escrita catártica. Seja. Se eu disser que escrevo para desvalorizar as minhas questiúnculas e o meu sofrimento, creio que não fica tão bonito como dizer que escrevo catarticamente. 'Escrita catártica' soa muito bem.

4
Estivemos os quatro em conferência como há décadas não o fazíamos. Viajando até ao passado noto mudanças várias: agora exponho questões e falo das histórias de outrora, enfatizo-as com o 'não te lembras?'. E eles lembram-se. Ah, como é boa a minha ênfase...

Rede social
O fuçasbuque está cravado de fotos com pessoas em piscinas, de biquíni fluorescente, em festarolas noturnas, com um copo na mão que alegre e simpaticamente dirigem à lente do fotógrafo, como se brindassem ao olheiro, e, ainda por cima, ostentando um bronzeado do caraças. Que merda.

2882
Capicua. Algures por aí anda o post dois; oito; oito; dois e devo dizer que este é o post vinte e nove; vinte e nove, que também é um número giro. Já baralhei esta porra e portanto não se fala mais disto.

1933
80 anos, 80 flores com acompanhamento verde, fizeram um volume graaaande, menina.
...
Nem mais nem menos: deram para encher 3 jarras graaaandes, menina.
...
Parecem rosas mas não são, menina.
...
São assim abauladas. Não, não são nada túlipas, menina! Ó menina, são outras flores que não sei o nome.

À despedida
Adeus escondidinha.
Adeus senhor Tomé.
Xauzão.
Bom descanso senhor Tomé.
Até amanhã.
Até amanhã.

...
Não se fala a sós para espantar a solidão, qual quê, fala-se para si mesmo(a) por conta daqueles assuntos inconfessáveis.

Sentir
Sinto um formigueiro na moleirinha. Devo estar muito nervosa sem dar por isso.

Ismos
Não sabia, mas vendo sets. Sério, vendo sets. Um cliente pediu que lhe vendesse um set e efetivamente vendi.
Por estes dias dava-me jeito que me viessem falar em italianismos mas acho que não é lá muito habitual por entre as gentes deste país de portuguesismos...

...
Por momentos tive o estaminé guardado por um chefe da Polícia à paisana. Mostrou-me o crachá, não por gabarolice, mas para eu descansar.

Idades
Avaliando o aspeto da cliente, e ela dizendo que a fechadura foi o pai quem tratou de a mandar colocar, fiz uma dedução altamente certeira: aquela casa é trancada com material do tempo da minha bisavó.

Idades
Gosto de mulheres mais velhas.
A minha mãe
A minha sogra
A dona Lurdes
A dona Adelina
A dona Alda
A dona tal e coiso
A dona Genoveva
A dona assim e assado
A dona Marília...

Idades
Diz que é velha gaiteira mas há-de usar vermelho até morrer. Não se importa com o que digam por aí acerca dela, podem-na chamar assim à vontade, não quer saber.

A pipoca
Esta madrugada pipocou uma frase na minha cabeça…
'A coisa mais estúpida que fiz até hoje foi criar um blogue.'
… Estupidamente inconsciente, isto de me ter metido num lbogue... Ai perdão, blogue.

É isso
Sou muito boa a fazer e a ser algumas coisas. Só por dizer que não é nada que me permita ganhar muito dinheiro ou parecer uma pessoa à maneira.

Sai daqui, ´miguinho, vá...
Pus em prática os meus dotes de espantalho horripilante. Sou tão competente.

Amarelo
Tenho as unhas amarelas. Não é doença, é verniz.

Dois pontos
::tê cê::
::cê tê::
::tê pê tê::

Do verbo acrescentar
Devia ter mencionado o trajeto. Alongo-me agora: o que eu queria dizer é que, em percorrendo o trajeto, posso viver à mercê. Fico lá, imóvel, recebendo. Viverei na mesma. Quietinha. As minhas mexedelas na vida não são afagosas, não.

Do verbo mentir
Se inventarmos uma mentira e a repetirmos incessantemente, essa afirmação tornar-se-á verdadeira para nós e para quem nos rodeia.
Assim até parece que qualquer pessoa pode mudar o mundo. Bah.

Do verbo envaidecer
Uma senhora tropeçou numa pedra porque me admirava e/ou invejava o passo.
Um senhor tirou o cigarro da boca para abri-la de espanto, quando não deixá-lo-ia cair com o assombro da minha beleza.

Do verbo andar
Não me importo que os cavalheiros se inclinem para mim aquando do cruzamento de nós dois. Desde que cheirem bem.

Do verbo percorrer
Vejo-me a ir.
Vejo-me a vir.
Os caminhos não são sempre os mesmos.
Os caminhos são os de muitas vezes.

Da enormidade
Vendi cinquenta borrachinhas a um polícia grande. Grande. Por isso tantas borrachinhas. Cinquenta. Para cobrir tudo. Quando não o bicho ficava desprotegido. E ninguém gosta dum polícia grande e desprotegido. E grande.
::Eu::já::tinha::dito::que::o::polícia::era::grande::não::já::?::

Saudades
Tenho saudades da perversa de mim. O pecado faz-me falta. Ser fofinha e amorosa cansa-me que se farta.

...
Vi a escritora. Sorriu-me. Que fofa. Devia ter-me cumprimentado, mas pronto, paciência. Mesmo assim é uma fofa.

...
O homem dos olhos espantados tem a voz muito rouca. Assim tipo Bon Jovi e isso.

Agosto
Em agosto de dois mil e treze aconteceu pela primeira vez eu rubricar a minha folha de ordenado. Tenho duzentas e dezassete folhas assinadas com o nome inteiro e este mês deixei-me de merdas, que estava com pressa.

Agosto
O meu calendário está todo assassinado, círculos vermelhos rodeiam os dias mais importantes deste mês.

De abalada
A senhora do tê érre vai embora deste quarteirão no fim do mês. Que já não gosta nada disto. Que está farta de sofrer com pessoas estúpidas. Que não abala sem se despedir. Que vem cá dizer adeus. Que não esquecerá a gente todos.

Flash
A minha máquina tem um programa que permite fotografar assuntos na obscuridade, inclusivamente passa em rodapé a informação com um exemplo - céu estrelado - e adverte que se use sempre o tripé.
Há algum tempo que um objeto que me encanta pela sua antiguidade mas que se encontra efetivamente num lugar muito escuro. Resolvi experimentar o tal programa mas não fazendo caso da advertência, queria lá eu bem saber dessa mariquice com três pés e blás.
Vai daí... Ficou disforme. Ficou luminosa. Mas ficou gira.
Ficou gira porque não fico expectante em relação aos meus cliques, clico há tempo suficiente para saber que as fotos que ficam lindas quando escarrapachadas no ecrã do computador, ficam-no por um conjunto de situações que coincidem e fazem belas fotos, e sobre as quais não tenho saber. Calhou assim... Por isso ficam sempre giras, as minhas fotos.

...
Têm pírcingues, 18 anos e sotaque do Norte. Se fosse daqui por um mês seriam universitários caloiros, assim não sei que diga.

Indignação no lugar da musa
A bolachinha vinha hermeticamente embalada mas estava ratada. Não se faz.
O cartuchinho trazia não um mas dois paus de canela. Oh céus, quanto desfrute.

Diálogo alheio no lugar da musa
Não atendeu mesmo agora uma miúda muita gira que é a minha mulher?
Acho que desceu, tinha uma lista de livros escolares na mão, não tinha?
Uma lista?! Ah, ela arranja sempre coisas para fazer...

Encontro surpreendente no lugar da musa
Bicicleta estacionada mesmo à porta. Mas não é a bicicleta bê de biragem. Tenho saudades. Um poucachinho, ao menos, de saudades de tudo o que envolve a questão.

Términus
Terminei de ler a coletânea 'Beijos de Bicos'. Não que tenha adorado a leitura, nada disso, mas pronto, não me vou pôr para aqui a dizer mal dos escritores e apresentar a mediocridade literária dalguns deles e mais não sei o quê, porque para dizer mal, então que o diga da editora, que – é mesmo verdade - não revê os textos nem a formatação, e há contos que estariam inteligíveis se tivessem tido esse apoio por parte da editora.
Adiante.
O mais importante é que escrevi o meu conto 'Dias de uma Grafómana (pouco) Amorosa' e está escrito, publiquei-o e está publicado, em papel, com cheiro, com palpabilidade, que a gente também se apaixona pelo que lê e apaixona-se mais e melhor se puder cheirar e apalpar... E pronto, era isto.

Loucura
'De pouco todos temos um louco', dizia a t-shirt dele. Ele não tem um pouco de louco, não, antes tem muito, a loucura dele extravasa, percebe-se, nota-se, vê-se. É nervoso e indeciso, as mãos e os lábios tremem-lhe, como se estivesse extremamente angustiado. E está. É louco.

...
Escreve.
Escrevo?
Escreve!
Vou escrever.
Escreve.
Escreve!
Es.cre...ve!
Hum, ok, vá.

Olá bom-dia!
Precisei duma coragem imensa para abrir este documento, oh céus, mas rebusquei-a e por ora aqui me encontro. Estou que não posso, tal o esforço que fiz, toda eu tremelico. Vá, vamos lá que isto de voltar a preencher o blogue mais espetacular de sempre é coisa para não custar nada e nem apontar em papelinhos e refundi-los é a mesma coisa que atualizá-lo. Nem pouco mais ou menos. Olaré.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Planos

Vou mas é escrever dos planos para férias, as quais ocorrerão nos próximos três dias.
Tenho de lavar a varanda, que está suja pra caraças por ter sido lá feita a javardice toda, culpa da máquina de lavar louça ter avariado, foi-lhe retirada a água e as rodinhas dos tabuleiros.
Tenho de preencher as gavetas dos pequenos móveis – que é como quem diz: as mesinhas-de-cabeceira que há dias dispus no corredor – com utensílios de cozinha, tipo forminhas para bolinhos e papel vegetal e rolo da massa; tudo quanto seja de costura: carrinhos de linhas, botões, elásticos, molas de pressão e outros aviamentos. Isso significa que vou retirar essas coisas de dentro da despensa e vai daí ficarei então com mais espaço na despensa. Menos mal, gostava imenso de ter mais eletrodomésticos, nomeadamente: uma máquina de bater bolos e bolachas e massas de todo o tipo, mas uma daquelas enormes, industriais, mui potentes; uma máquina de fazer pão, um robô de cozinha daqueles que a gente pode jogar lá para dentro vários ingredientes e ele além de os picar, mistura-os, faz molhos, portanto, e faz inclusive alguns bolos.
Tenho de limpar a sala e os wcs, não é que esta limpeza só aconteça nas férias, nada disso, é que entretanto já essas divisões precisam de ser limpas e como estou de férias, pumba, não fiz no fim-de-semana passado e guardei para esses dias.
Tenho de ir às compras, de manhãzinha, quero dizer: amanhã não posso, mas nos dois dias seguintes posso. Como já referi algures e não há assim tanto tempo como isso, gosto à brava de ir às compras logo pela manhã, não saber o que vou preparar de refeições, olhar para as prateleiras e escolher o que me aprouver no momento. Era muito feliz se pudesse ser uma dona-de-casa assim, com esse tempo e essa vontade.
Tenho de tratar do meu regresso ao blogue. Há pouco chateei-me comigo mesmo, ah e tal, que merda pá, sempre a pensar no regresso e sempre a pensar no regresso e o regresso e o regresso e mais isto e mais aquilo, que porra. Mas pronto, ok, vá, tenho de me organizar, tenho de arranjar um modo de regressar, tenho de o escrever, apontar, que é este o modo mais capaz que tenho, escrever e escrever e escrever. E escrever.

E escrever.

Ti-ri-ri-ri-ri!

Toca o telefone. 'É da calçada Poço dos Mouros', é a pergunta. Não é, negativo, portanto, temos as linhas trocadas, 'migo, ou então o 'migo trocou os cliques nas teclas do telefone, algo assim, é claro que isto sou a especular, que gosto tanto e tanto e tanto disso, olarila.

(Ainda) No lugar da musa

Descobri porque é que da outra vez vi as pilhas de livros tão deslavadas, é porque muitas das pilhas têm as folhas viradas para onde estou, e as folhas são claras, cremes ou brancas, portanto deslavadas. Se os livros estivessem todos dispostos com as lombadas para mim a visão seria mais colorida do que é. Note bem: não é que não haja lombadas de várias cores viradas para mim, é que há muitas folhas viradas para mim, daí... Coiso.

(Ainda) No lugar da musa

Nesta altura do ano há muitas crianças a falar das mochilas que querem ter e/ou das que não querem ter.

No lugar da musa

Ouvi alguém dizer assim:
Sabes que no inverno é muito bom estar aqui, não se pode andar lá fora às voltas, está frio, então venho para aqui, é um sítio sossegado.

Na avenida

Enquanto caminhava achei por bem endireitar as costas, que ando sempre toda curvada, armada em triste e pindérica. Quando me endireitei fiquei com o vestido mais curto. A sério, fiquei, fiquei porque cresci, e porque cresci o vestido subiu.

Olha eu e ele

Olha o senhor do restaurante para mim:
Ah, você entretém-se a fazer bolinhas na sua carteira...
Olha eu para o senhor do restaurante:
Pois. Fiz estas bolinhas para saber em que lado não
Olha eu a enfatizar enormemente o não.
tenho o dinheiro.
Olha o senhor do restaurante para mim:
Ah, o lado em que não
Olha o senhor do restaurante a enfatizar o não tanto quanto eu para mostrar que percebera.
tem o dinheiro.
Olha eu para o senhor do restaurante:
Pois. De um lado tenho dinheiro, do outro não.
Olha o senhor do restaurante para mim:
É que tem as bolinhas tão bem-feitinhas...
Olha eu para o senhor do restaurante:
Ah ah.
Olha o senhor do restaurante para mim:
Ah ah.

Se calhar

Se calhar o melhor é deixar-me de merdas, quer do regresso, quer do que vou escrever e mais isto e mais aquilo e escrever mas é do que vou fazer nos próximos três dias, que estou de férias e o caraças...
Pois bem, amanhã vou lavar com lixívia o buraco onde habitualmente está enfiada uma máquina de lavar louça. Esse buraco está vazio. A minha máquina da louça avariou na sexta-feira, quando cheguei a casa tive de lavar toda a louça que estava lá dentro, que a dita recusou-se a lavá-la, e é certo e sabido que só se dá pela avaria de uma máquina quando a queremos usar e só queremos usar uma máquina de lavar louça quando ela está cheia... Já encomendei a nova, já inclusive a paguei, só falta a dita chegar à minha casa. Vamos lá a ver se me dou com ela, eu cá tenho um feito fácil, ela é que pode não ter...
Vou ainda aproveitar este post para registar as 'coisinhas' da velha máquina.
Tinha 20 anos, era da idade do rico filho, tinha sido comprada pela minha mãe quando ele nasceu porque na altura a minha mãe tomava conta dos meus três sobrinhos e iria tomar também conta dos meus dois ricos filhos.
Esta máquina foi lá para casa porque a que eu tinha (que era mais recente, incrivelmente) avariou, e como na altura a minha mãe já não tomava conta de neto nenhum, deu-ma.
Tinha o compartimento onde se põe o detergente partido, o que acontecia era que eu, que sou uma senhora muito desenrascada, colocava o detergente em cima da base de uma panela, se era pó, ou dentro do cesto dos talheres, se era pastilha.
Tinha o amortecedor que evita o embate quando se abre a porta partido, era um problema não levar com a porta nas pernas, caso me descuidasse e não me lembrasse tal pormenor.
Estava toda enferrujada na parte de baixo, com um aspeto velho pra caraças, toda a pintura estava amarelada pelo tempo, tinha frisos partidos, algures, aqui e ali, havia umas pinceladas de antiferrugem azul, tudo a condizer portanto.
Portanto... Ainda bem que... Vou ter uma máquina nova. Branquinha, limpa, inteira, nova.

As horas

É meio-dia e trinta três. Tenho levado a manhã inteira a pensar no meu ‘regresso’ ao blogue e/ou à normalidade. Assim: ‘regresso’ entre apóstrofos para fazer de conta, porquanto e alfim não é regresso nenhum, ando por aqui, escrevendo e andando, é igual. Tenho levado a manhã inteira nisso mas a escrever coisas que não têm que ver com o ‘regresso’. É tão bom ter um blogue.

A festa

Este é um post do passado, tenho de falar um pouquinho da Festa de Despedida de Solteira da Ana que aconteceu na passada sexta-feira, dia 22 de agosto.
Para começar não tenho fotos, bem que tirei algumas mas a festa ocorreu à noite e portanto já uma espécie de penumbra envolvia o espaço, quer isto dizer que o meu telemóvel é tosco, não faz nada de jeito em cenários destes, se bem que daqui a pouco vou dar uma volta às imagens e logo vejo se estão assim tão más, se não estiverem ponho aqui algumas.
Para avançar com o ocorrido, pois claro que gostei muito, das pessoas (não todas, que eu cá sou um bocado esquisita, mas pronto),
da comida, serviram petiscos, meia-desfeita de bacalhau, chouriço assado, mexilhões, salada de polvo, pataniscas, açorda (creio que foi a única coisa que não provei), frango frito, pica-pau, queijos e presuntos, pão em sacos de ir ao pão à moda antiga, ao que achei um piadão,
da festa em si, fizeram montes de perguntas à Ana, umas embaraçosas e outras não, e se ela não acertasse em alguma tinha um castigo dado por uma de nós, tal como fazer uma coreografia de uma canção pimba, ou ir lá dentro à outra sala, onde pessoas estranhas à festa jantavam, com a bandeja dos queijos e presuntos pedir encarecidamente que os provassem para arranjar dinheiro para o seu casamento. Teve ainda que dizer os votos matrimoniais ao moço (a fingir que era o noivo dela) que andava a servir e que por sinal era deveras tímido e ainda por cima era o seu primeiro dia de trabalho.
Não, as gajas não eram lá muito saídas da casca, ninguém se aproveitou e fez a vida negra ao pobre rapaz, nada disso.
Depois foi a vez de ela tentar descortinar quem é que dentre as presentes lhe tinha oferecido os livros. Ofereci-lhe o livro 'Ao Sul' de Napoleão Mira, o qual tem um significado especial para mim e julgo que também a Ana saberá apreciá-lo, uma vez que são crónicas a retratar os alentejanos e seus costumes, dos quais descendemos. Já agora acrescento que quem anda a descortinar os nossos antepassados (há tempos falei disto no blogue) é esta minha sobrinha, portanto certamente gostará do livro.
No fim da festa fomos ver o futuro lar dos (agora ainda) noivos. É uma casa imensa, a bem dizer é um casarão, linda e espaçosa que só visto, com quintal, possível jardim, possível piscina, churrasqueira, duas garagens, no interior tem closet e tudo, o que invejei, a sério que sim, adorava ter uma divisão onde pudesse escolher a indumentária do dia e pudesse inclusive colocar a tábua de passar e a máquina de costura, assim é que eu gostava, e uma cozinha de sonho.
E pronto, creio que registei tudo quanto queria, um pouco à pressa, mas paciência.

Agora as fotos, há realmente algumas que se aproveitam.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia da Luísa. Já disse à dona Luísa que hoje é dia da Luísa, ela riu-se um bocadinho depois de fazer um espanto pequenino, tudo coisa pouca, portanto. A dona Luísa é mesmo Luísa, não lhe inventei o nome... Quero dizer, inventar, inventei, mas essa ideia não perdurou até aos dias de hoje, há anos que não cognomino as pessoas que penso marimbarem para o facto de eu escrever sobre elas ou então não.
Hoje é dia da roupa em segunda mão. Quer isto dizer que nos EUA é dia de as pessoas darem uma volta aos trapos e doar o que não querem a quem precise e os queira ou então a alguma instituição caridosa. Ora bem, e eu que andei na semana passada para aqui a falar da roupa que já não quero ou que já não gosto e o caraças, a falar também das minhas pancadas, que sou egoísta, não quero que ninguém vista as minhas roupas e tal e coiso. Pronto, esta celebração não serve para mim, doo as roupas mas é o caraças, vão comprá-la, ora que porra.
Hoje é dia do Natal no verão ou lá que é, isto no Japão, creio, que agora já não está bem presente. Mas acho que é isso, é dia de lembrar o Natal que virá porque faltam precisamente quatro meses para ele acontecer. No Japão e aqui.

No outro dia

No outro dia falei dos 'gostos' e das belas fotos que as pessoas põem no fuçasbuque e ao depois recebem comentários muit.a fixes, não falei?
Deixo exemplo, omiti nome e fotos, obviamente, mas não corrigi os erros ortográficos nem a pontuação de quem os escreveu. De seguida tanto podem ler-se os comentários das pessoas como as respostas da comentada.

linda...
9/3 às 16:41 • Gosto • 1

Pareces uma actriz!
9/3 às 16:41 • Gosto • 1

lol obg minha querida bjks ...
9/3 às 16:43 • Gosto

obg bjks..
9/3 às 16:45 • Gosto

Ta muiuuuuuito linda...
9/3 às 17:23 • Gosto • 1

obg prima bjks saudades
9/3 às 17:24 • Gosto • 1

Deslumbrante prima! !
9/3 às 19:36 • Gosto • 1

obg prima bjks..
9/3 às 19:37 • Gosto • 1

Lindona
11/3 às 10:18 • Gosto • 2

bjk obg prima...
11/3 às 21:04 • Gosto

Liiiinnnda
26/3 às 0:42 • Gosto • 1

bgd bjks...
26/3 às 0:44 • Gosto

Estás muito bonita. Parabéns!
26/3 às 1:00 • Gosto • 1

Lindissima amei...
20/8 às 22:47 • Gosto • 1

Obrigada bjks...
20/8 às 22:49 • Gosto • 1

pareces uma artista de cinema estás muito bonita
21/8 às 8:47 • Gosto • 1

Estás irrepreensível!!! Pareces uma actriz...bela foto!
21/8 às 12:55 • Gosto • 1

Obrigada bjks
21/8 às 12:56 • Gosto • 1

Pareces uma Dama Antiga!!!!!! Bjs
21/8 às 13:24 • Gosto • 2

Pois é

Pois é, ontem lá descobri uma máquina fotográfica em casa. Como é possível eu já não lembrar que tal objeto existe, pá...? Pronto, ok, vá, a máquina que está no senhor doutor é de qualidade superior, foi comprada com os olhos postos no futuro, íamos a Itália, era uma pena não ter uma máquina boa, com um zoom jeitoso e o caraças, e então comprámo-la. Mas tem-se avariado... E ontem descobri a antiga por acaso. E ontem tirei montes de fotografias na praia. E ontem não as pus no blogue porque entretanto fui ver um filme que nem terminei de ver porque me enervava um bocadinho (é o filme 'Jogos da Fome'), que mexe com pessoas maltratadas psicologicamente e essas situações para mim são difíceis de digerir, mesmo que seja um filme. E ontem não vi o tal do filme, pelo menos não todo. E ontem não carreguei as tais das fotos para o blogue, nenhuma. E hoje era isto que eu tinha para dizer acerca disto de ontem. E hoje são as fotos de ontem. Pois. Ei-las.

Primeiro

Olá, bom dia e coiso. Vim trabalhar, pois vim. Amanhã estou de férias, pois estou.

domingo, 24 de agosto de 2014

Igualmente

Igualmente ao domingo passado, hoje fui à praia. A mesma. Carcavelos. Vêm aí as fotos... Com a antiga máquina. Pois. afinal tenho uma outra máquina fotográfica, como se fosse de reserva, vá, a que foi sucedida à que está no senhor doutor. Grande confusão, eu sei... O que se passa é o seguinte: afinal tenho uma máquina fotográfica que funciona e da qual não tinha memória. Encontrei-as por acaso, hoje, enquanto limpava uns armários.

Ao contrário

Ao contrário do domingo passado, hoje é um daqueles domingos iguais: vou trabalhar amanhã.

As horas

São nove e um da noite.
A minha cozinha cheira a
'Cozinha de Pessoas que NÃO Fazem Dieta'.

Havia de ser um bom título para livro. Que não falasse em comida... Tampouco em dietas. Credo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Ilação

A minha escrita é tristemente interessante, isto em dias bons.

E a vontade...?

Tenho sempre vontade de escrever. Pergunto. Me. Sim, tenho. Obviamente não posso estar sempre a rabiscar e a apresentar num blogue todos os meus pensamentos e atitudes. Mas gostava, claro que sim. Viver somente para escrever, porque não? Ora.
Pergunto-me como viveria. Pois. Se estivesse sempre a escrever não vivia as minhas coisas, que não me componho apenas de escritos tolos. Pensava o quê? Ah, e coiso, agora vou escrever que estou a escrever, que sinto a escrever, que refilo a escrever, que desaustino a escrever, que mordo a escrever, que mato. A escrever. Mato.
A morte. A morte é tão atraente. É-o pelo mistério.
Seria mais feliz se estivesse a escrever ininterruptamente? Sim. Não viveria. Sabe-se que são as experiências que trazem infelicidade à vida, logo: não sofreria.
A morte. Há dias vi uma corda pendurada no tronco de uma árvore. Supostamente terá sido uma criança ou um adolescente a pô-la ali para se baloiçar e divertir-se com isso. Mas eu vi imediatamente o suicídio por enforcamento, foi esse o retrato que tirei.
Mato-me a escrever. Não pergunto, sei.

Afinal de contas

Afinal de contas isso de 'escrever bem' é o quê?!
É escrever o que está no apetite.
Costumo dizer, não por graça mas por um sentimento intrínseco e tristemente verdadeiro, que escrevo tudo o quero mas não escrevo tudo o que me apetece.
Conclusão...? Pois.
Eu não escrevo bem, qual quê. Tenho medo. E não sei escrever belamente acerca das nuvens plúmbeas, dos pingos de orvalho reluzentes, do estertor da noite, das características da vontade ou das ondas do amor.

Lembrança

Não me lembro da maioria das coisas que escrevi nestas últimas semanas mas lembro-me de algumas coisas.
Lembro a tristeza imensa de não saber escrever e de usar o blogue e o escondimento como confessionário.
Lembro de usar a escrita como agenda, planeando afazeres das férias, sem aquele embaraço tolo que me julga as palavras, como se não fossem importantes o suficiente para figurar no blogue, como se isso fizesse de mim uma escrevente de baixa estirpe, e isso porque ninguém ia ler.

Desábito

Estou desabituada de aparecer no blogue. Assim de repente dá-me para pensar que vou sofrer horrores com a exposição, o expor copioso, como habitualmente lhe chamo, mas depois, amadurecida a ideia, concluo que não vou sofrer nada, nem me lembro da maioria das coisas que escrevi, como sofrer, então? E já agora: sofrer porquê e principalmente para quê?

Paixão

A paixão é aquilo de ele se pôr a olhar feito estúpido na direção em que está o alvo da sua doidice, é sim senhores. Quero dizer: relembrei a paixão de que falei há pouco, refleti e mudei de ideia. Vou dizê-la.

A paixão é não manter o ar no peito se não estamos com
A paixão é o pensamento fugir incessantemente para
A paixão é não se suster mudo e quedo quando
A paixão é ser hipnotizado, tomado e largado se

A paixão é assim, sei-o firmemente, apaixono-me amiúde.

No meu banco de jardim

Já ontem estavam cascas de laranja no chão. Já ontem estavam encarquilhadas e putrefactas num ponto ou outro.

vocabulário pouco vasto

curi sautse

(Ainda) No lugar da musa

Eu a falar da(s) senhora(s) do banco e agora estão três sentadas numa mesa aqui ao lado. Não me largam, estas senhoras, nem eu a elas, está-se mesmo a ver.

(Ainda) No lugar da musa

Eu dizia como é que aquele senhor dá a volta à bancada cheia de livros e os folheia, eu dizia da expressão e dos gestos, classificava-os, mas não sei escrever.

Dor

Dói-me a cabeça. Não devia cá estar esta dor, logo à noite tenho uma festa. Totalmente inútil, esta dor. Pode ser que passe, às vezes dói-me a cabeça durante alguns minutos ou às meias-horas. Pode ser que.
Quem manda beber tanto café. De manhã bebi café com a dona Lurdes, quem manda, não é, agora tenho dói-dói. Imagino como é a dor a sair da cabeça, digo como algo físico, com forma, corpo, imagino uma tira que se puxa, como uma peça de tecido, mas estreito, a sair da cabeça, da testa, é aí, o fulcro. Puxar uma peça de tecido de algum lugar, seja lá qual for, lembra o mágico que retira lenços de seda da cartola ou da manga ou de onde lhe apetecer. Eu de mágica não tenho nada, senão não tinha dores de cabeça, não.

O meu pé esquerdo

Uma senhora com muita idade estacou na rua e pôs-se a olhar para mim cheia de interesse, olho no olho, mesmo, destemidamente, interessadamente.
Por causa da senhora de hoje lembrei-me de uma senhora de ontem, também esta me olhou com interesse mas para um outro ponto muito menos interessante, quanto a mim. Era para o meu pé esquerdo. Este olhar ávido podia ter vários motivos:
Tenho um pé muito feio
Tenho um pé muito bonito
Tenho um verniz muito feio
Tenho um verniz muito bonito
Tenho uma sandália muito feia
Tenho uma sandália muito bonita
Escolhi muito mal os tons, quer do verniz, quer da sandália
Escolhi muito bem os tons, quer do verniz, quer da sandália

A senhora do banco

A senhora do banco também é uma qualquer, pois nem sempre sou atendida pela mesma. Tirando a dona Carminda, a única cognominada, uma senhora do banco que em tempos fez aparecimentos no blogue algumas vezes, mais nenhuma tem honra nominal.

No lugar da musa

Olha o moço que serve os cafés pra mim:
É um café, presumo.
Olha eu pro moço que serve os cafés:
Presume bem.

No plural

A avenida está vazia. As avenidas estão vazias. De pessoas 
Ia escrever de pessoas e veículos mas é tão óbvio que o esvaziamento das avenidas seja disso que o palavreado é vão.
Quando no blogue falo da avenida pode ser qualquer uma aqui à volta, é sempre a avenida, seja esta ou aquela.

?

Vale a pena escrever. Pergunto. Vale, para o futuro e para o passado, do presente não se consegue nem se fala. E o que é que isto quer dizer. Pergunto. Não sei, ou por outra: sei mas não sei escrever este significado. A sério, não sei escrever, desenganem-se os que me seguem, sou medíocre nisto das letras, e se o sou nas letras imagine-se na literatura, que é lá isso, nem me atrevo.

Ah...

Elisabete Maria, a esotérica. Lembrei. Porra, andei eu ontem a moer a cabeça com o cognome desta personagem, que me lembrava muito bem da figura mas não do nome que lhe dei e mais isto e mais aquilo. É isso, então: Elisabete Maria, a esotérica. Chegou-se-me à memória há coisa de uns dez minutos, assim, num repente dos bons, parvo e inútil que só visto, tipo assim parvo e inútil, essa mistura que só as tontices conseguem ser, mas uma verdadeira epifania, quero lá saber se epifania é uma palavra demasiado nobre e sentimental. Elisabete Maria, a esotérica. Lembrei-me. Que alívio, pá. Olha se eu quisesse recontar as histórias dela ou inventar outras e não me lembrasse do cognome. Era chato.

Ficas chateada

Não ficas chateada? A sério, vê lá... De certeza que não ficas chateada? Não quero que fiques chateada comigo, ok?

Recadinho escrito

O marido da Natália que trabalhou em tempos no Graciano deixou cumprimentos.

Trapadas

Cortar vestidos e blusas ao meio, porquê?
Porque já não me sinto bem vestida com alguns feitios de roupa. Creio que a idade em que estou é a preparação psicológica para ser velha no futuro, tal como na adolescência nos preparamos para ser adultos, parece-me que no presente é disso que sofro, a habituação gradual a algo desconhecido mas sobretudo diferente do que já vivi, o caminhar progressivo numa direção indesejada, é certo, mas incontornável e inadiável. Vai daí... Coloco a roupa no lixo.
Colocar uma metade de roupa no lixo em dias diferentes, porquê?
Porque sou estupidamente estranha, claro. Por exemplo: horroriza-me a ideia de alguém encontrar a minha roupa no lixo e se pavonear com os trapos que foram meus. Que é lá isso, nem pensar, vão mas é á merda, ora. Então derreto-me com uma maldade que me faz tão bem: colocar no lixo cada metade em diferentes dias. Ninguém veste roupa que foi minha, era o que faltava.

Era uma vez

Ah e coiso e tal ela agora porta-se mal, vai com todos, arma-se em parva, vê lá tu, quer é andar por aí agarrada a este e aquele, a fazer figuras tristes e...

E como levou nos cornos vezes sem conta e toda a vida foi subjugada por um cabrão que não a respeitava agora quer mandar nela própria e como é uma gaja muit.a boa, pronto, dá nas vistas e os gajos querem comê-la e ela pensa assim: deixa-me lá aproveitar um cadinho que também sou filha... da puta...

300

Trezentos rascunhos. Olaré.

Cliente

Espero que ele não veja que há uma embalagem com bico, espero que sim, quero que ele leve a embalagem de boca larga. Espero que não veja a embalagem com bico, tão jeitosa, ah pois é, mesmo própria para quem não quer muito produto, gasta pouco, é económica. Espero que ele leve a embalagem de boca larga, que não dá jeito nenhum verter aquilo, credo, derrama-se tudo pelos chãos, cadeiras, móveis. Espero que.

Férias

Se já tive férias e se já tive férias e se já tive férias, ou então se já estive de férias e se já estive de férias e se já estive de férias. Porra. Logo num dia destes, dos obrigatórios, eu não era para estar aqui, era para estar a comer bananas em casa. Que porra.
Para o mês que vem a conversa muda, quem durante este mês não teve nem esteve de férias já não ter nem vai estar por causa daquela coisa do comummente e isso assim, o agosto é o mês de férias, é o mês das férias.

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