Gina, a mulher que tem um blogue

Gina, a mulher que tem um blogue

sábado, 31 de agosto de 2013

De manhãzinha

Passeio lenta e longamente com a cadela pelas ruas desertas desta cidade. De repente a bicha estaca e põe-se a brincar com uma outra cadelinha. Brincam e pulam as duas, todas malucas com a presença uma da outra. A jovem dona da outra cadela só diz: 'tão queridas...' toda embevecida. E eu também fico, claro.

...

Há um cacho de uvas pendurado na mercearia a ver se fica em passas. Estava lá uma cliente que conheço doutras eras e logo mais fui tomada pelas recordações. Balbuciei para comigo:
«Devias ter feito como te disse, 'miga, assim não sabes o que perdeste...»

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Diz ele assim:

Que é que eu vim fazer a este mundo? Trabalhar e sofrer, mais nada! Quando eu nasci bem que a minha mãe me podia ter apertado o caniço...

Diz ele assim:

Tenho duas pernas e uma está pior que a outra! Uma levanto até aqui oh, a outra não! E nasceram as duas ao mesmo tempo! Mas que porra é esta?! Atão já viu?! Isto não está nada bem-feito, eu não fazia isto assim, não, ah não! Ora ca porra!

Lista... Lista, não, listinha

Molho uochachaiare
Sal grosso e bom mas fino

Lista

Faltou acrescentar à lista o tripé da máquina fotográfica. Ao menos a ver se vai na bagagem.

Automóveis; condução; circulação

Coisas que o rico filho, um puto que tem a carta de condução há pouco mais de um mês, diz à mãe, com respetivas respostas da mesma:

Mãe, estacionaste numa descida e deixaste o carro desengatado.

Ó filho, esse é um dos esquecimentos que tenho desde sempre...

Mãe, porque é que foste por aquela ponte? Tem traço contínuo!

Eu avisei-te que não visses essa transgressão, não avisei?

Mãe, acho que aqui há um radar de velocidade...

Sério?! Hum, ok, eu abrando um bocadinho…

Trabalho

O rico filho já trabalha, agora anda de camisa e tudo, uma peça de vestuário que ele não usava desde os oito anos, para aí. Os colegas disseram que parece um homem adulto...

Pertinho, pertinho, pertinho...

Lisboa; João XXI; 23:00; noite escura, e eu tão perto da árvore amarela e que nunca a tinha imaginado ao luar...

Nomes

Chamaram-me 'ganda avião', o que contribuiu grandemente para me elevar a autoestima, a qual anda sempre pelo rés-do-chão. Nos posts anteriores, aqui-del-rei, oh pra mim que sou droguista de somenos e mais não sei o quê. Por isso, pumba.

Quase de férias

Interrupção. Ocorrerá um período de vinte e quatro dias em que não enfiarei um par de calças pretas nos membros inferiores. Férias é isso também.

Quase de férias

Olá bom-dia! Estou quase de férias. A droguista de somenos vai de férias não tarda.

Quase de partida ou
Quase de férias

Conselhos aos viajantes e automobilistas...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Anos

O rico filho esteve cá. Um senhor deu-lhe uns quinze anos, depois, quando soube que tinha dezanove, fez um espanto enorme e disse:
– Sabes, não fumas, não bebes, estás bem conservado...
– E fiz a barba esta manhã, quando faço a barba pareço mais novo.

Alteração

Disse ao cliente que «aconteceu algo sui generis neste estabelecimento: o preço deste artigo baixou, portanto, quando ouvir alguém dizer que tudo aumenta, o senhor desminta, ok?»

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Caixa de Pandora*

É um problema ter um blogue onde escarrapacho destemidamente tudo o que me entristece, alegra, excita ou recalca.


*«A Caixa de Pandora é um artefato da mitologia grega, tirada do mito da criação de Pandora, que foi a primeira mulher criada por Zeus. A "caixa" era na verdade um grande jarro dado a Pandora, que continha todos os males do mundo. Então Pandora, com sua curiosidade, abriu o frasco, e todo o seu conteúdo — exceto um item — foi liberado para o mundo. O item remanescente foi a esperança. Hoje em dia, abrir uma "caixa de Pandora" significa criar um mal que não pode ser desfeito.»

Fonte: wikipédia

Oitos em maioria

Lisboa; 28 do 8; 14:18; 28º.

«A rivederci, albero gialle!»*


*Adeus, árvore amarela (que por ora é verde)! Um dia torno cá.

Quase de férias

Lugar da musa: adeuzinho. Dia 24 cá estarei.
Se bem que não mantenho esperança nisso, não desejo o regresso.

...

Manhã apática. É o escrever que me espevita.
Lugar da musa: o moço trocou a minha bolachinha depois de a apalpar, cá para mim ia calhar-me outra ratada...
Lassidão. De novo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

...

Um jovem anda de um lado para o outro na bomba de combustível. Tem um cigarro entre dedos e fuma com prazer, sofregamente, como se quisesse acalmar ímpetos enervantes, mas em gestos ausentes de naturalidade ou fluidez. Parece muito nervoso e muito provocativo. Que inveja de quem tem um escape qualquer.

Deixei cair quatro escovas de dentes ao chão para receber um único envelope do carteiro. Com tanta coisa fixe para acontecer logo me calha isto...

...

As fitas de calafetar também têm profile. E é literário: 'E' ou 'P'.

Trava-línguas em língua estrangeira

Un pezzo di pizza
che puzza nel pozzo
del pazzo di pezza.


Retirado daqui...

A pera

Estava para aqui a pensar se quando uma pêra é sensaborona terá os mesmos nutrientes que uma sumarenta e saborosa.

Lisboa, 27 de agosto de 2013

A arte


Encontrei por aí estas etiquetas para presentes de Natal, chegaram pelo correio há uns anos com o remetente da unicef. Mostram uns quadros em ponto pequeno que são pintados com o pé ou com a boca por pessoas deficientes. Pessoas não, artistas. Acho admirável que alguém desenhe e pinte assim, porque eu não saberia fazê-lo tão bem nem pelos meios convencionais.

Já agora, inauguro hoje a etiqueta Natal 2013...

Pontas de prédios na Ponte de Frielas


Bolo Mármore com Crumble de Chocolate


Crumble:
75 gramas de manteiga fria em cubos
75 gramas de açúcar branco
125 gramas de farinha
100 gramas de chocolate em pedacinhos

Massa:
200 gramas de manteiga amolecida
250 gramas de açúcar amarelo
4 ovos
250 gramas de farinha
1 colher de chá de fermento
2 decilitros de leite
1 colher de chá de essência de baunilha
2 colheres de sopa de cacau em pó

Preparação:

Misturar a manteiga, o açúcar e a farinha com as mãos até obter uma massa esfarelada. Adicionar então o chocolate e reservar no frigorífico.
Entretanto passar à massa.
Bater a manteiga com o açúcar até clarear. Juntar os ovos, um a um, batendo bem entre cada adição e de seguida juntar o leite e a baunilha. Adicionar então a farinha peneirada com o fermento e envolver sem bater.
Dividir a massa em duas partes e juntar o cacau a uma delas, misturando sem bater, para não ficar pesada.
Deitar colheradas alternadas numa forma untada de manteiga e polvilhada com farinha. Depois fazer rodopios na massa para quase misturar os dois sabores. Colocar o crumble por cima e levar ao forno a 180º durante aproximadamente 35 minutos.

Tenham um muito bom apetite. Este bolo é magnífico.

Nota: receita adaptada do programa televisivo 'Doce Diário', no canal 24 Kitchen.

No lixo

Tirei fotos à bonequinha porque 
deitei a minha caixinha dos segredos no lixo 
e assim me despedi desta etapa. 
Entretanto fui saber da pilha de jeans, 
a ver se me despediria finalmente dessa etapa também, 
e encontrei mexedelas por lá. 
Pronto, acabou a história, final de etapa. 
Pena não saber o desfecho, 
o 'como foi', as diferentes 'reações' das pessoas 
perante uma descoberta tão sui generis, 
mas não dá para ser diferente,
coisas do secretismo e assim.

«Esta é a minha caixinha dos segredos. 
Cá dentro encontrarás pertences com histórias magníficas. 
Lembra-te → imaginação: não há quem ta castre.»

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Coisas

Escrever é perigoso mas também há perigo em deixar de escrever, refiro-me ao facto de o mundo se tornar absurdo e desinteressante. A vida e as pessoas, quero eu dizer, e portanto lá se vai o deslumbre de viver a vida e de observar as pessoas.

Escrever faz-me imensa falta, afinal. Que porra.

Os escritos abaixo não pertencem ao dia corrente, escrevi-os, há poucos dias → uns e há muitos dias → outros. Não fiz as publicações do costume no blogue porque entretanto me fui desabituando deste tipo de exposição e deixei de estar preparada para isso.

Hoje estou um tanto ou quanto apática e portanto não há mais nada a dizer. (Escrever.)

A propósito

(É claro que vem a propósito.) Há dias encontrei um tom de escrita semelhante ao meu. Caraças pá, afinal onde para a originalidade, a voz única e inimitável?! Alguém a possui?! Não senhores, ninguém é original, descobri isso há muito tempo. Mas, até que ponto é agradável encontrar semelhanças na escrita, sobretudo, até que ponto gosto de me parecer com uma escritora, uma escritora com décadas de experiência e meia dúzia de livros editados? Ou não gosto?!

(Não gosto, não...)

Ainda cá venho

Faltou-me a coragem para falar em manancial mas não em cascata, antes um jato generoso, tipo um caudal que a natureza oferece, vá, e acrescentar temperatura amena e confortável à sensação que descrevia. E de quando estas coisas pedem licença para se instalar e eu concedo e de quanta maravilha há no recebimento de sensações boas - que são mesmo boas - e de sensações más - que afinal são boas.
Faltou-me a coragem para devastar o assunto, esmiuçá-lo tanto que o adulteraria, parecendo então que falava doutra coisa, porque é isso o que acontece sempre que exagero na escrita.
Mas siga a vida, que isso são ideias sem novidade... Certamente já muita gente as explorou literariamente. Paciência, afinal as ideias estão todas usadas, algumas comummente abusadas, tampouco pretendo coisa alguma que não seja vomitar ideias e pensar que me sinto aliviada com isso, mesmo que o não esteja.

...

'Onde andará o meu tom de escrita?', pensei eu, logo de manhãzinha. 'Ecos que projeto no ecrã do computador e isso assim, onde se terão metido?!'
Mantenho o tom comigo, na verdade nunca o perdi, não o dei acabado, apenas me economizei para forjar a mudança – deixar de escrever -, garrotei as veias literária, cronista e memorialista. Esta última, a mais vívida e presente, foi tão difícil de estancar, sofri horrores para não fazer caso das pipocas a estalar na minha cabeça. Ui. Ui. Ui. Que horror.
Tenho estado mais ou menos parada, a fazer de conta que a vida é morna, a rececionar calmamente as sensações boas e sem queixas as sensações más, a fingir que sou humilde e recetiva e vivo esses momentos bons e maus num frenesim contrito.
A ideia primária era conseguir ser uma pessoa normal, e fui-o durante alguns minutos e nuns certos dias. A pessoa normal que desejei ser é alguém que não escreve num blogue num registo tão pessoal. Mas no fim, hoje, agora, lá porque deixei de escrever não me sinto mais capaz ou virtuosa e/ou outras coisas giríssimas para a gente ser, qual quê. E deixei tanto por escrever...
Não obstante, do morno hiato, sem esconder que o mesmo tem o seu quê de aprazível, ficou-me isto:
«Quem disse que a mornidão não presta pra nada? Porque não viver lassamente? Porque não viver sob o mote do 'tanto me faz'?»

Obra amorosa

Ela leu. Ela não leu tudo. Ela disse que a impressão é muito boa: o papel, as fotos e tal. Hum, ok, pronto, vá lá, daqui depreendo que escrevo maravilhosamente e portanto posso continuar, faço falta à arte literária e esse tipo de coisas. Quando morrer vou ser uma pessoa fantástica. O póstumo, esse tormento, oh céus quanta gastura me dá o advérbio postumamente... É assim a vida. E a morte. Porra para isto de escrever, porque isto de escrever não dá para fazer sem me sentir desfasada e incongruente.

...

Ela disse que gosta muito de conversar. Eu ia dizer que não gosto mas retive o comentário, porquanto não é de todo verdade e ademais este tipo de afirmação, não obstante perentória e racional, me transforma numa vítimazinha salobra.
Depois fiquei triste. E sozinha.
Bem sei que com as duas últimas afirmações já vesti a pele de vítimazinha salobra sem que seja essa a minha intenção, nada disso. Escrevo o que escrevo e como escrevo porque me é necessário contar alguns sucedidos e umas quantas emoções. Chamam-lhe escrita catártica. Seja. Se eu disser que escrevo para desvalorizar as minhas questiúnculas e o meu sofrimento, creio que não fica tão bonito como dizer que escrevo catarticamente. 'Escrita catártica' soa muito bem.

4

Estivemos os quatro em conferência como há décadas não o fazíamos. Viajando até ao passado noto mudanças várias: agora exponho questões e falo das histórias de outrora, enfatizo-as com o 'não te lembras?'. E eles lembram-se. Ah, como é boa a minha ênfase...

Rede social

O fuçasbuque está cravado de fotos com pessoas em piscinas, de biquíni fluorescente, em festarolas noturnas, com um copo na mão que alegre e simpaticamente dirigem à lente do fotógrafo, como se brindassem ao olheiro, e, ainda por cima, ostentando um bronzeado do caraças. Que merda.

2882

Capicua. Algures por aí anda o post dois; oito; oito; dois e devo dizer que este é o post vinte e nove; vinte e nove, que também é um número giro. Já baralhei esta porra e portanto não se fala mais disto.

1933

80 anos, 80 flores com acompanhamento verde, fizeram um volume graaaande, menina.
...
Nem mais nem menos: deram para encher 3 jarras graaaandes, menina.
...
Parecem rosas mas não são, menina.
...
São assim abauladas. Não, não são nada túlipas, menina! Ó menina, são outras flores que não sei o nome.

À despedida

Adeus escondidinha.
Adeus senhor Tomé.
Xauzão.
Bom descanso senhor Tomé.
Até amanhã.
Até amanhã.

...

Não se fala a sós para espantar a solidão, qual quê, fala-se para si mesmo(a) por conta daqueles assuntos inconfessáveis.

Sentir

Sinto um formigueiro na moleirinha. Devo estar muito nervosa sem dar por isso.

Ismos

Não sabia, mas vendo sets. Sério, vendo sets. Um cliente pediu que lhe vendesse um set e efetivamente vendi.
Por estes dias dava-me jeito que me viessem falar em italianismos mas acho que não é lá muito habitual por entre as gentes deste país de portuguesismos...

...

Por momentos tive o estamine guardado por um chefe da Polícia à paisana. Mostrou-me o crachá, não por gabarolice, mas para eu descansar.

Idades

Avaliando o aspeto da cliente, e ela dizendo que a fechadura foi o pai quem tratou de a mandar colocar, fiz uma dedução altamente certeira: aquela casa é trancada com material do tempo da minha bisavó.

Idades

Gosto de mulheres mais velhas.
A minha mãe
A minha sogra
A dona Lurdes
A dona Adelina
A dona Alda
A dona tal e coiso
A dona Genoveva
A dona assim e assado
A dona Marília...

Idades

Diz que é velha gaiteira mas há-de usar vermelho até morrer. Não se importa com o que digam por aí acerca dela, podem-na chamar assim à vontade, não quer saber.

A pipoca

Esta madrugada pipocou uma frase na minha cabeça…

'A coisa mais estúpida que fiz até hoje foi criar um blogue.'

… Estupidamente inconsciente, isto de me ter metido num lbogue... Ai perdão, blogue.

É isso

Sou muito boa a fazer e a ser algumas coisas. Só por dizer que não é nada que me permita ganhar muito dinheiro ou parecer uma pessoa à maneira.

Sai daqui, ´miguinho, vá...

Pus em prática os meus dotes de espantalho horripilante. Sou tão competente.

Amarelo

Tenho as unhas amarelas. Não é doença, é verniz.

Dois pontos

::tê cê::

::cê tê::

::tê pê tê::

Do verbo acrescentar

Devia ter mencionado o trajeto. Alongo-me agora: o que eu queria dizer é que, em percorrendo o trajeto, posso viver à mercê. Fico lá, imóvel, recebendo. Viverei na mesma. Quietinha. As minhas mexedelas na vida não são afagosas, não.

Do verbo mentir

Se inventarmos uma mentira e a repetirmos incessantemente, essa afirmação tornar-se-á verdadeira para nós e para quem nos rodeia.
Assim até parece que qualquer pessoa pode mudar o mundo. Bah.

Do verbo envaidecer

Uma senhora tropeçou numa pedra porque me admirava e/ou invejava o passo.

Um senhor tirou o cigarro da boca para abri-la de espanto, quando não deixá-lo-ia cair com o assombro da minha beleza.

Do verbo andar

Não me importo que os cavalheiros se inclinem para mim aquando do cruzamento de nós dois. Desde que cheirem bem.

Do verbo percorrer

Vejo-me a ir.
Vejo-me a vir.
Os caminhos não são sempre os mesmos.
Os caminhos são os de muitas vezes.

Da enormidade

Vendi cinquenta borrachinhas a um polícia grande. Grande. Por isso tantas borrachinhas. Cinquenta. Para cobrir tudo. Quando não o bicho ficava desprotegido. E ninguém gosta dum polícia grande e desprotegido. E grande.
::Eu::já::tinha::dito::que::o::polícia::era::grande::não::já::?::

Saudades

Tenho saudades da perversa de mim. O pecado faz-me falta. Ser fofinha e amorosa cansa-me que se farta.

...

Vi a escritora*. Sorriu-me. Que fofa. Devia ter-me cumprimentado, mas pronto, paciência. Mesmo assim é uma fofa.

*...

...

O homem dos olhos espantados tem a voz muito rouca. Assim tipo Bon Jovi e isso.

Agosto

Em agosto de dois mil e treze aconteceu pela primeira vez eu rubricar a minha folha de ordenado. Tenho duzentas e dezassete folhas assinadas com o nome inteiro e este mês deixei-me de merdas, que estava com pressa.

Agosto

O meu calendário está todo assassinado, círculos vermelhos rodeiam os dias mais importantes deste mês.

De abalada

A senhora do tê érre vai embora deste quarteirão no fim do mês. Que já não gosta nada disto. Que está farta de sofrer com pessoas estúpidas. Que não abala sem se despedir. Que vem cá dizer adeus. Que não esquecerá a gente todos.

Flash

A minha máquina tem um programa que permite fotografar assuntos na obscuridade, inclusivamente passa em rodapé a informação com um exemplo - céu estrelado - e adverte que se use sempre o tripé.
 Há algum tempo que um objeto que me encanta pela sua antiguidade mas que se encontra efetivamente num lugar muito escuro. Resolvi experimentar o tal programa mas não fazendo caso da advertência, queria lá eu bem saber dessa mariquice com três pés e blás. 
 Vai daí... Ficou assim, como se vê ao lado. Ficou disforme. Ficou luminosa. Mas ficou gira.
Ficou gira porque não fico expectante em relação aos meus cliques, clico há tempo suficiente para saber que as fotos que ficam lindas quando escarrapachadas no ecrã do computador, ficam-no por um conjunto de situações que coincidem e fazem belas fotos, e sobre as quais não tenho saber. Calhou assim... Por isso ficam sempre giras, as minhas fotos.

...

Têm pírcingues, 18 anos e sotaque do Norte. Se fosse daqui por um mês seriam universitários caloiros, assim não sei que diga.

Indignação no lugar da musa

A bolachinha vinha hermeticamente embalada mas estava ratada. Não se faz.
O cartuchinho trazia não um mas dois paus de canela. Oh céus, quanto desfrute.

Diálogo alheio no lugar da musa

Não atendeu mesmo agora uma miúda muita gira que é a minha mulher?

Acho que desceu, tinha uma lista de livros escolares na mão, não tinha?

Uma lista?! Ah, ela arranja sempre coisas para fazer...

Encontro surpreendente no lugar da musa

Bicicleta estacionada mesmo à porta. Mas não é a bicicleta bê de biragem. Tenho saudades. Um poucachinho, ao menos, de saudades de tudo o que envolve a questão.

Términus

Terminei de ler a coletânea 'Beijos de Bicos'. Não que tenha adorado a leitura, nada disso, mas pronto, não me vou pôr para aqui a dizer mal dos escritores e apresentar a mediocridade literária dalguns deles e mais não sei o quê, porque para dizer mal, então que o diga da editora, que – é mesmo verdade - não revê os textos nem a formatação, e há contos que estariam inteligíveis se tivessem tido esse apoio por parte da editora.
Adiante.
O mais importante é que escrevi o meu conto 'Dias de uma Grafómana (pouco) Amorosa' e está escrito, publiquei-o e está publicado, em papel, com cheiro, com palpabilidade, que a gente também se apaixona pelo que lê e apaixona-se mais e melhor se puder cheirar e apalpar... E pronto, era isto.

Loucura

'De pouco todos temos um louco', dizia a t-shirt dele. Ele não tem um pouco de louco, não, antes tem muito, a loucura dele extravasa, percebe-se, nota-se, vê-se. É nervoso e indeciso, as mãos e os lábios tremem-lhe, como se estivesse extremamente angustiado. E está. É louco.

...

Escreve.

Escrevo?

Escreve!

Vou escrever.

Escreve.
Escreve!
Es.cre...ve!

Hum, ok, vá.

Olá bom-dia!

Precisei duma coragem imensa para abrir este documento, oh céus, mas rebusquei-a e por ora aqui me encontro. Estou que não posso, tal o esforço que fiz, toda eu tremelico. Vá, vamos lá que isto de voltar a preencher o blogue mais espetacular de sempre é coisa para não custar nada e nem apontar em papelinhos e refundi-los é a mesma coisa que atualizá-lo. Nem pouco mais ou menos. Olaré.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Lisboa...

… A cidade mais linda do mundo. A luz; a luminosidade; o crepúsculo e isso assim, que em Lisboa é tão lindo de ver.


Lisboa, 19 de agosto de 2013, fotos capturadas às vinte e dezassete e vinte e dezoito, respetivamente.

Escriturária à brasileira

Lisboa, 20 de agosto de 2013

domingo, 18 de agosto de 2013

Cores alegres


Cores alegres como que cores de verão. Quase de férias' chamei eu á foto, porque de repente vi as cores, porque lá em baixo, no pátio, uma família chegava das suas férias na praia. As minhas estão quase. Quase, quase.

Saia verde


Fiz uma saia verde num modelo muito desafiante. Bolas, estava a ver que não dava com aquilo... Já está.

Sombra & Sol


Loures, 17 de agosto de 2013

Decadência

Loures, 17 de agosto de 2013

O solitário

Loures, 17 de agosto de 2013

Pose

Loures, 17 de agosto de 2013

A minha cadela, posando elegantemente, como é seu costume.

Amo-te muito, ó curioso...


Sempre gostei desta coisa
de aguçar curiosidades.

Sempre gostei desta coisa
de surpreender.

Sempre gostei desta coisa
de ser insuspeita. 


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

12 de agosto de 2013

Escrever tem hoje um tiquinho mais de importância. Não obstante: ainda não vital; ainda não suma.

Pausa para café

O lugar da musa anda vazio por causa do agosto. Hoje o café estava particularmente bom. Camada de espuma espessa, aroma forte, sabor intenso. Tudo em grande, portanto, como aliás já havia descrito acima.
Fazemos uma boca feia aquando do último gole de café. Espetamos o lábio inferior antes que se escapem as últimas gotinhas e nos babemos. Recolhemos o lábio superior por uma questão não sei de quê ou porquê. Mas aliviamos o mal-estar de nos saber com uma careta que imaginamos ver refletida no café, com a certeza de que o companheiro de mesa só verá o fundo da chávena. E eu, que sempre me encontro sozinha, folgo mais ainda.

Amarelo

Ia comprar um cinto de ligas mas comprei um verniz amarelo.

De lavar

Eram um casal e vinham vestidos de cor-de-rosa no tronco. Ele: polo. Ela: blusinha de algodão. Compraram um sabonete líquido.

De escrever

De beber

Lembrete

Colocar os bê-érres no post dos homens.

Desvantagem de guardar segredos durante dias e dias

Repito títulos sem pejo algum.

Desvantagem de guardar segredos durante dias e dias

Fico cheia, a transbordar, os textos/assuntos/questões não se me abalam da memória, o que ma reduz.

Desvantagem de guardar segredos durante dias e dias

Deixo de os achar bem escritos. Não que ache forçoso escrever 'bem', antes tenho de achar bem o que escrevo.

Desvantagem de guardar segredos durante dias e dias

Quando me ponho para aqui a publicar montes e montes de posts, o senhor Blogspot lembra-se de me questionar:

'Publicou demasiados posts hoje, prove que não é um robô.'

E toca de me aparecer uma janelinha com letras para copiar e colocar no espacinho. Que chatos, pá, não pode uma pessoa ser profícua!

Encomenda

Chegou há dias pelo correio.

Deve ter vindo de avião.

Gostava de ter feito a mesma viagem,

que não conheço nenhum aeroporto daquelas

bandas.

É o qu' há cá!

Temos verniz em spray para preguiçosos e/ou despachados.

Foi ele que disse

As mulheres às vezes têm umas ideias do caraças. Se o mundo só tivesse homens, isto era mais tranquilo... Mas com certeza mais chato!

...

Olá...
Diz o guarda noturno, com um sorriso matreiro.
Olá...
Respondo eu, querendo reconhecer quem me fala.
Ah, é o senhor da noite.
Refiro logo se seguida.
Guarda noturno = senhor da noite.
(Parece-me bem.)

...

As minhas vozes do interior não se dão bem. Haver burburinho cá por dentro é o que dá.

No feminino

Lá estão os três à porta do tasco com as t-shirts ondulando ao vento da tardinha, fumando e cavaqueando, divertindo-se.
Gostava de ser homem, é por causa disto que eu gostava de ser homem. As mulheres são tensas, têm de se portar bem, melhor não acabar com o esperável. Que carga imensa nos colocaram em cima, pá... (Pensa a mulher)

Olha para a camisola deles, até parecem ondas, parece que estamos no mar... (Diz a velhinha)

domingo, 11 de agosto de 2013

(Quem disse que a mornidão não presta pra nada?!)

...

(Des) Arrumações na cozinha

Rico filho:
– Hum, onde está o frigorífico?!

Rica filha:
– Bem, a cozinha ganhou para aí uns quatro metros!

Eu com a cadela

As minhas vizinhas do prédio do lado cumprimentam efusivamente a minha cadela, isto quando andamos (todas) na rua. Note bem: a cadela é seguramente mais gentil do que eu.

Ganda som!

A faca

Não é que goste muito desta música da Beyoncé, mas é que há nela um som raspado que se assemelha ao afiar da minha faca de cozinha.

Antes e depois

Há duas semanas eram assim...


... Depois secaram...


Flores de pétalas apertadinhas

Apanhei-as (roubei-as?) duma árvore (arbusto?), diz que são rosas chinesas. Depois vim descalça para casa.




Loures, 11 de agosto de 2013

Da fada do lar, mesmo fada do lar

Loures, 11 de agosto de 2013

Do lar e da muito pouco fada dele

Loures, 10 de agosto de 2013

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