Gina, a mulher que tem um blogue

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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Ontem

Ontem deixei escrito no blogue que hoje me apetecia escrever da árvore em forma de abóbada. E apetece. Continuo a passar lá debaixo, apesar dos pesares, é que tudo quanto me cobre a cabeça me apoquenta sobremodo, sendo um caso, creio nisso, patológico. Isto leva-me a crer que sou um bocado tola por me forçar a viver medos e terrores, desafiando o vacuidade ou a força assustadoramente invisível, e que às tantas, quiçá, sofro daquele mal (giríssimo, e também patológico) apelidado de síndrome de Estocolmo, que consiste em amar e procurar o que traz aflição, o que em suma é uma estupidez tamanha. Que hei-de eu fazer para contrariar mais do que já faço, não é. É. Sei lá. E depois preciso de escrever. Sério, preciso. E não gosto nada quando me dizem que racionalizo demasiado a vida devido a escrever coisas. Não gosto. Ninguém se dá conta do quanto necessito da racionalidade para não enlouquecer. Não gosto. Ninguém imagina que preciso desesperadamente de materializar a vida para a suportar. É assim que vivo. Falo a sério. E depois a praça de Londres dá-me conta da cabeça. E eu não deixo de lá passar, de segunda a sexta. Lisboa, nove de abril de dois mil e quinze, treze e quarenta e três, vinte graus. Toma.

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