O rascunho que faltava

Preparei o cenário. Retirei a toalha, puxei duas cadeiras para o lado e afastei a mesa da parede. Enrosquei o tripé na máquina e coloquei-a no ponto. Testei o sítio onde me colocaria e a inclinação que permitiria filmar a mesa onde eu iria trabalhar e assim aparecerem os ingredientes. Era uma receita. Mais uma. Tarte de Limão. Precisava de

1 base de massa para tartes

Tinha no congelador uma bola de massa que sobrou de umas bolachas que, curiosamente, havia preparado à frente da câmara, dando origem aos primeiros vídeos feitos por mim. Forrei a base da tarteira com a dita massa, à qual tinha acrescentado, note bem, maçã ralada. Mas não tendo tempo e/ou paciência para preparar massas, mesmo as mais simples, compra-se já feita, que as há de qualidade. Depois de forrada a tarteira agarrei num garfo e piquei a massa, o objetivo deste passo é a massa não empolar com o calor do forno. Pus de lado. Quero dizer, na verdade pus no frigorífico, a maçã tinha humedecido a massa, que estava pegajosa e difícil de trabalhar. Que ninguém se lembre de juntar maçã às bolachas... Ou então muna-se de paciência. Muita. E farinha, já agora.

Para o recheio precisava de

1 limão

4 ovos

120 gramas de manteiga amolecida

1 ½ cups de açúcar branco

2 colheres de sopa de farinha

1 colher de café de canela em pó

Arranjei a minha bancada, leia-se mesa de cozinha, colocando os ingredientes em recipientes para que depois, aquando da filmagem, fosse apenas preciso deixá-los cair para dentro do liquidificador e pronto. Obviamente coloquei também o liquidificador a jeito. Porém, retive o limão, pois iniciaria a filmagem retirando-lhe as pontinhas e depois cortando-o aos pedaços. E foi assim. Agora o que resta, acho eu, é ver os vídeos. Pois é, são dois, que fazer não é. É.