No sábado à noite vim a Lisboa. Cá por coisas, passei na praça de Londres. Que giro, eu a dizer no outro dia que os números dos graus e das horas eram mais do mesmo e por isso não os tenho registado no blogue e no sábado à noite, pumba, vim a Lisboa, que giro.
Lisboa; praça de Londres; 23:12; 9º
E que raio vim eu fazer a Lisboa num sábado à noite, muito, muito à noite? Vim buscar uma máquina de soldar e mais umas coisas que faziam falta para trabalhar numa porta que estava danificada.
E depois?
Fui a um centro comercial, que devido à hora estava vazio e não muito iluminado.
E...?
E porque só servi de condutora estive a ver as lojas para usar o tempo remanescente. As escadas rolantes paradas. A varanda que deixa à vista o piso de baixo. Os sacos de lixo à porta de cada loja. O segurança zanzando. Afinal um centro comercial também vive de noite. O segurança faz a ronda, dormita, faz a ronda, dormita, vê mamas mesmo boas e períneos entumescidos na Internet, masturba-se, dormita, olha para as câmaras, joga ao solitário ou àquele jogo das bolinhas, dormita, faz a ronda. Os homens do lixo entram em algazarra pelo espaço, percorrem os corredores e pegam nos sacos que contêm aquilo que os lojistas não querem, dizem foda-se amiúde e chamam cabrão e filho da puta uns aos outros. Obviamente estavam na palhaçada, se há coisa que o género masculino faz com qualidade é isso da palhaçada. Depois nasceu o dia.
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