Era uma vez uma mulher que comprou umas botas fixes para andar por onde calhasse ou simplesmente por aí. A mulher, ainda na sapataria, tinha dúvidas acerca de que número comprar, uma vez que o habitual lhe parecia um tanto ou quanto laço, para além de lhe fazer uma patola enorme, e o número abaixo, que não é o seu, lhe cabia nos pés, sim senhores, mas receava estar a interpretar a 'coisa' erradamente por as enfiar um bocado a custo. Bom, a mulher decidiu-se pelo número inferior, o calçado alarga com o uso, lá diz a história.
Entretanto a vida desta mulher decorria conforme os seus costumes, antes de mais habituou os pés às botas novas, calçando-as sem meias. Alargaram um pouquinho. Depois chegou o frio e andar sem meias era um suplício, tanto era que já não mais as calçou sem as ditas.
E a vida desta mulher foi decorrendo, que o decorrer não tem volta, o que não difere da população mundial.
Um dia, no ginásio, a mulher prepara-se para treinar. Acabado o treino, banho tomado, totalmente vestida, faltando somente calçar-se, a mulher enfia as botas nos pés mas acha que lhe estão um pouco apertadas. Começa a questionar-se, mas que porra é esta, atão os pés até se me desincham com o treino e agora a merda das botas não me servem? Mas serviram. Pôs-se em pé e sentiu um corpo estranho... Esquisito, aquilo, pá... Por fim discorreu que eram as meias sujas que estavam por dentro das botas, não as retirara. Pois. Quer tudo isto dizer que as ditas botas alargaram mesmo muito...
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