Gina, a mulher que tem um blogue

Gina, a mulher que tem um blogue

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Eclético

Eclético é o post de hoje. Resolvi fazer os meus registos num aglomerado de escritos diversos, em muito semelhante aos que já publiquei por várias vezes e aos quais chamei de 'abstrato'.
O motivo principal deste post diverso existir é o facto de eu ter neste momento 132 posts rascunhados no blogue, e acontece que pode o senhor Blogspot dar-lhe um amoque qualquer e ficar confuso e não os publicar quando eu achar que está na hora disso. Digo isto porque foi algo que efetivamente aconteceu em tempos, mantive posts guardados por muito tempo que depois publiquei e simplesmente não apareciam na minha página, e não quero isso que se repita.

A minha lista de compras inclui o item: nozes daquelas.
São nozes americanas, muito parecidas com a forma oval das amêndoas mas sem aquela casca grossíssima e com uns veios diferentes. Não são nada semelhantes às 'nossas' nozes, que se racham ao meio e parecem mesmo um cérebro, nada disso, são como as amêndoas, como já referi, mas espero que tenham um sabor completamente diferente, quer das amêndoas, quer das 'nossas' nozes, para me dar o prazer de mais uma descoberta.

As 'nossas' nozes assemelham-se ao formato do cérebro humano, fazem inclusive muito bem a essa parte do corpo, segundo dizem, mas provocam náuseas e enxaquecas. Que estranho.

Clique vindouro. Tenho de tirar a foto à parede enquanto o lugar está meio abandonado. A escola fechou, é agosto, melhor aproveitar o pouco movimento.

Clique vindouro. Tenho também de tirar uma ou várias fotos às velas dos ricos filhos, dos seus primeiros aniversários, e chamar-lhes 'recordar é viver'. Esta ideia nasceu durantes aqueles diazinhos de férias que tive na semana passada e que aproveitei para fazer limpezas profundas à sala. Entretanto encontrei velas de alguns aniversários deles e gostei de recordar o passado. A captar, então, um dia desses.

Em 2015 é sábado; 47; em 2016 é segunda-feira; 48; em 2017 é terça-feira; 49; em 2018 é quarta-feira; 50; em 2019 é quinta-feira; 51; em 2020 é sábado; 52: em 2021 é domingo; 53.
Voltarei a fazer anos num domingo em 11 de julho de 2021. Domingo, dia de descanso. Tomara já.

Vi a merceeira, passou do outro lado da rua. Entretanto lembrei-me do meu primeiro conto publicado numa coletânea, ocasião essa que agora me parece tão longínqua e insonsa. Diz que o primeiro romance (ou história, ou conto) é sempre uma merda, uma diarreia literária. Se eu analisar o meu primeiro conto, que não é conto nem é nada, não passa de uma mera historieta, achá-lo-ei indubitavelmente medíocre. As historietas que se seguiram talvez sejam mais consistentes e/ou interessantes. Talvez, friso, talvez.

A bancária. Esta bancária é aquilo a que vulgarmente chamam um 'grande cromo'. Enquanto me atendia um dos seus colegas veio ter com ela e transmitiu-lhe um recado que a mim me pareceu evitável e fora de tempo. Tive a certeza disso quando ela fez um esgar de desagrado quase impercetível e comentou algo que mais pareceu um grunhido. Sorri amavelmente e com uma pontinha de solidariedade para com ela, que logo aproveitou para fazer uma pequena queixa, de sorriso largo, fingido. É por causa das câmaras que vigiam tudo o que se passa, disse ela e riu, ah ah ah ah ah, mandando a cabeça para trás e tudo, a fazer de conta que se estava a divertir imensamente enquanto me atendia. 'Ganda cromo!'

A bicicleta não está no lugar. Foi de férias. Pergunto.

Avenida Rua com verde no nome. Subi-la como se não existissem as ruindades e o sono, manter as costas direitas e a respiração cadenciada.

Ao almoço, uma senhora fez notar a toda a plateia que eu como rapidamente, que me despacho num instante, que saio logo a correr, que nunca viu ninguém assim. As minhas palavras foram as seguintes: eu cá quando como, como!

Devia ter vergonha do bloquinho rudimentar que estou a usar. São papeis soltos e sujos, mal recortados, díspares entre si, retirados de restos que na maioria dos lugares ou lares iriam para o lixo ou, melhor, para a reciclagem.

Não é necessário haver parcimónia na escrita, pois não?

São 16:24. Será que vou ter tempo de escrever as parvoíces todas...?

Ela anda a ameaçar que lhe vai dar um chilique. Eu... Eu não quero saber se chilique se escreve assim ou então não, ou tampouco quero saber se existe tal vocábulo.

Mimi, dá para me cortar o cabelo?
Agora não sei, não tenho a agenda comigo e nem sequer estou em Lisboa.
Mimi, só tenho a segunda-feira disponível...
Acho que dá, depois vejo, esteja descansada que não me esqueço de si.

Não digas favorecedora, diz que favorece. Essa tua mania de ser escritora e mais isto e mais aquilo... Não sejas assim, vá.

Andou por aqui uma vareja. Voava furiosamente. Pousava algures, nas bordas dos alguidares, no fio de nylon ou no agrafador. Material de drogaria ou então de escritório.

O tlim-tlim das pendurezas da minha pulseira tem-me feito uma companhia do caraças nesta dança frenética que tem sido o meu escrever nos dois últimos dias.

Gosto tanto de escrever. Espero que ao menos isso dê para perceber.

Visto o 36 de mamas. Tenho 46 anos. Estive na loja a falar de... Mamas, a senhora que atende teve cancro mamário aqui há uns anos e recentemente fizeram-lhe a reconstrução da mama cortada usando a chicha da barriga grande que ela tinha.

Repetindo:
Não é necessário haver parcimónia na escrita, pois não?

17:56. Quase terminado este dia, falta para aí a segunda parte do dito ou isso. Acabo o dia com uma dor de cabeça enorme. Credo, que se me rebenta a mioleira. Não sei como nem porquê se instalou. Rompante; súbita; repente; supetão. Mesmo com um torniquete à volta da cabeça consigo escrever graciosamente. Prolfaças.

Sem comentários:

Arquivo do blogue