Gosto de variar. Conquanto não varie de marido, filhos, casa, carro, eletrodomésticos e móveis, acho que se pode muito bem variar, sim senhores, variar é fixe e prazeroso, quiça revigorante.
Por isso, vai daí, ando numa de variar de dependência bancária, estou cansada da dona Carminda, aquele capacete com mamas que já pouca graça encerra. Variemos, então.
O caixa do banco pergunta-me no final do registo:
– Além desta, deseja efetuar mais alguma operação?
Não, não estou a inventar, é mesmo assim que ele diz. Noutro dia, eu, encostada ao balcão, lassa devido ao calor, e já que gosto de variar:
– Se fizesse o favor de me dizer as horas...
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