– Ai, que saudades da inocência!
Exclamo eu num lamento profundo. Ficam os dois, o meu colega e o Clóvis, especados, esperando o desenrolar da história. Só que não houve desenvolvimento. Vendo isso o Clóvis avança meio brincalhão:
– Mas se tu fosses inocente não ias saber o que estavas a fazer... Fazias as coisas inocentemente...
O Clóvis apresenta muita ênfase no 'inocentemente' e muita malícia também. Não sabe o quanto tem razão. É que é isso mesmo: quem dera ser inocente, atuando sem conhecimento de causa, puerilmente. Que saudades...
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