Gina, a mulher que tem um blogue

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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

CC

Ora bem, já tratei do Cartão de Cidadã. Quis o destino, gosto tanto desta frase, que me tenha dedicado a essa atividade no mesmíssimo dia em que me dediquei há dez anos a renovar o Bilhete de Identidade. Não foi propositado, foi mesmo casual. 12 de agosto, foi o dia. Doravante, sempre que preencher papelada que requeira a data de emissão do novo documento, não vou ter de verificar no cartão, não senhores, que já o sei de cor há dez anos, só muda o ano, doze do oito de dois mil e quinze. Ah ah. E o número do cê cê, será que é igual ao bê i? Não sei, depois vejo. Decorei o número do meu bê i logo após casar, de tanto o rabiscar na papelada para alterar o estado civil e a morada: éle é éle ú pê pê guê. Tinha de ter um código, não é. É. Só eu é que sei o que para aqui vai, não é. É. Ah ah.




Se na foto acima tenho dez anos e dez quilos a menos, na foto da carta de condução tenho quinze anos a menos e dez quilos a mais. Feitas as contas... Anda aqui o número vinte. Olarila.
Não me lembro nada de tratar do bê i nem da carta, mas lembro-me perfeitamente de tirar qualquer uma das fotos dessas alturas.
Carta de Condução
Era um fotógrafo na praça do Chile, e se sou tão afoita, revelando que era um fotógrafo na praça do Chile, é porque o homem já não está lá há muitos e muitos anos. Creio que estávamos no ano dois mil, nessa altura a tecnologia já estava avançadíssima. Pois. Olha só. Precisei de tirar fotos tipo passe... Esta história tem de passar por aí, não é. É. E o fotógrafo pôs-me à frente dum aparelho sofisticadíssimo, onde eu me podia ver de frente num visor, assim como que num espelho, vá. Testei a melhor cara, escolhi uma delas e o fotografo calcou os botões que era preciso. Depois disso a minha imagem estacou e... Surpresa! Perguntou-me se eu gostava assim ou tentávamos outras caras, pois podia-se eliminar aquela e... Hoje é banal, mas no ano dois mil, pá... Era extraordinário.
Bilhete de Identidade
Tinha ido ao Parque das Nações e estava estipulado que depois disso passaria no fotógrafo. Entretanto, que azar, o Metro avariou. Pois. Estávamos na Estação Bela Vista, esperando que tudo se recomposesse. Mas estava um bocado demorado. Fartei-me de estar parada e saí para a rua, disposta a fazer o resto do percurso a pé, que não é curto, não senhores. O dia estava quente e abafado, o sol escaldava-me a pele, e ademais eu tinha um horário a cumprir. Quase corria. Cheguei ao fotógrafo esbaforida, de faces vermelhas, suadíssima. Foi tanto assim como estou a contar que o fotógrafo (deste não revelo a morada) me disse para eu descansar um pouco antes de tirar as fotos, que estava demasiado vermelha... Ah ah. E descansei. Mas aquando do clique ainda estava meio quente, oh céus. Na verdade nota-se um bocadinho na foto, é questão de perscrutar acima.

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