A minha caneta veio da praia, das férias. Pois foi, o senhor deu-ma. Deu-ma. Miro-a atentamente. É tão vulgar mas tão boa. É absolutamente crucial eu carregar uma caneta comigo. Este pensamento contrasta escandalosamente com as saudades que tive dum teclado, aquando das férias. Se me é tão indispensável carregar constantemente uma caneta; se aquando das férias tive umas saudades doentias de martelar um teclado. Pois.
Senti um tremor. Uma vibração. Será o Metro? Mas não estamos longe demais para sentir coisas? Dizem que as mulheres adoram tudo quanto vibra, mas eu cá, pelo menos por ora, não estou a achar graça nenhuma a esta.
Vazio, este lugar, hoje. Atrium Saldanha. Hum, é o agosto, esse mês desértico.
Num sotaque brasileiro, a menina do gabinete disse-me assim: 'Gina, 'cê tá preta!'
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