Primeiro chega a dona Lurdes. E porque dói e porque dói e porque dói. E o hospital e a irmã coitadinha. E porque dói.
Cansada da ladainha, de repente lembro-me de elogiar a blusinha dela, é às bolinhas, tão linda, já viu?
A dona Lurdes larga as dores momentaneamente. Momentaneamente porque nisto chega a Isilda. Faço-lhe a pergunta habitual:
Então estás toda boa ou quê?
Que não. Ai a minha coluna, não dormi nada, estou de férias e nem parece, a minha filha piorou, já viste a minha vida, chamam a isto férias, sou uma desgraçada, nunca mais chamam a miúda para o transplante.
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