Hoje e agora vou reproduzir laconicamente – creio eu, ou pelo menos primariamente tenho essa intenção - o que fui escrevendo durante o fim-de-semana passado no Norte do país.
Loures, 7:07 da manhã; direção: Felgueiras. Breve poiso aqui e ali. Primeiro contacto com a pronúncia do norte em Condeixa. Haviam chegado os pastéis de Tentúgal naquela hora, o Luís queria um, que um pastel quentinho é apelativo que se farta.
– Ó amigo, depois veja-me aí assim um pastel quentinho.
Volta-se o 'amigo':
– 'Olhe que num cunbém'!
Sábio conselho, chegaria uma valente diarreia, é mais que certo... Não se comeu um pastel quentinho, comeu-se um pastel do dia anterior. Melhor assim.
Retoma da viagem, poucos poisos, agora. Quilómetros depois houve paragem no Porto e um encontro com a bloguista mais simpática deste universo que é a blogosfera, Dona-Redonda. Gostei imenso de estar com ela, passeámos, conversámos e tal, daqui te agradeço tão bons momentos, Redonda.
Mostrei-lhe as fotos que tenho no telemóvel, lugares que frequento ou visito de raspão, e também as fotos dos ricos filhos. Durante montes de tempo não me calei, ia expondo as imagens, e blá blá e blá blá e blá blá, o que de certo modo não tem muito a ver comigo, a não ser que o/a ouvinte tenha prazer em escutar-me, o que parece ser o caso desta querida amiga bloguista.
E faltava o resto da viagem...
Pois é, Caldas de Felgueiras. Caldas de Felgueiras. Não Felgueiras, nada disso. Ou seja: fizemos para aí uns trezentos quilómetros a mais. Enganámo-nos, não era tão lá para cima assim, perto do Porto, era cá mais para baixo, junto a Viseu, uma vila que beija os montes da Serra da Estrela. Bem... Ao menos vi a Redonda e visitei o Porto uma vez mais, desta feita conhecendo a praia de Matosinhos que é qualquer coisa de absolutamente estonteante, eu cá fiquei sem ar quando vislumbrei aquele areal imenso...
P.S. E agora aqui estou, num quarto de hotel termal, circundado pela mais bela vegetação e arvoredo, uma paisagem pintada de outono mas ainda algo afastada dos tons acobreados.
Mudando de assunto: não é Caldas de Felgueiras. É Caldas da Felgueira, no singular.
Estou doente ou uma espécie disso. O interessante desta situação é eu estar como que constipada numas termas célebres pelos seus tratamentos às vias respiratórias. Aqui o ar é pesado, não há vento, estamos num vale, o que me transmite uma sensação de vácuo impressionante. Só não sei se é mesmo assim, se sou eu que por estar esquisita da cabeça me dá para sentir vacuidades...
Ao almoço comi uma sopa da pedra tão boa... O bacalhau também não estava nada mau, mas aquela sopa...
Visitei uma feira medieval em Canas de Senhorim. De manhã assisti por assim dizer à montagem das bancas e à noitinha fez-se a visita propriamente dita. Comprei umas coisitas tão giras quanto inúteis e iguarias típicas.
Breve passagem por Póvoa Dão, uma vilazinha histórica e totalmente recuperada, com belas vistas e muito locais pitorescos a visitar.
Numa incursão pela vila uma senhora interpelou-nos da seguinte forma:
– Ah, eu vou incomodar estes senhores...
Queria duas moedas de cinquenta cêntimos para trocar por uma de um euro, que já havia dois dias que ofertava um euro e não se pode esmolar tanto assim a igreja...
Acordei às seis e vinte e cinco e já não consegui estar sossegada, não ando a dormir lá grande coisa, não senhores. Às sete em ponto os passarinhos iniciam a chilreada como se estivessem programados para tal, fazendo a vaza dum despertador. Fiquei a ouvi-los um pouco e levantei-me, o que vale é que servem o pequeno-almoço a partir das oito... Depois de algo refeita, que eu cá depois de comer fico sempre melhor, houve mais passeatas por aí.
Regresso. Não me sinto nada bem. Credo, tanta quilometragem, para que é que eu me meti nisto? Almoço em Arganil: leitão. Estou doente. Caraças, pá. Nem gozei a viagem para cá nem nada. E a gente a passar ali tão próximo de lugares como Conímbriga... Ná, casa.
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