Ali assim vagueiam muitas pessoas com pensos nas mãos ou de canadianas, necessitados de cuidados e vigilância ortopédica, quero eu dizer, ou ainda pessoas com ar clínico ou medicinal. Estamos próximos a um hospital.
Se de quando em quando eu não fizesse um esforço para largar o tom intimista com que habitualmente escrevo, diria estou próxima a um hospital e acrescentaria que gosto de observar as gentes que passam, agrupá-las ou nem por isso, isolá-las dentro das suas próprias características ou então não. Em certos momentos é forçoso largar a minha essência, distanciar-me ou simplesmente pôr-me de lado e olhar de soslaio para mim mesma.
O homem do café, do lado de dentro do balcão, observa-me descaradamente, não tomando, portanto, distância nenhuma. Escrevo. (E eu a querer ser igual...)
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