Raramente comento as minhas fotos, estou para aqui a pensar nisso. Pois é, ponho-as para ali, num post, todas de seguida, sem letras nos intervalos, às vezes são várias dezenas de imagens - que sempre considero lindas e/ou especiais, por isso as publico - obrigando o/a curioso/a a ver tudo se quiser ler coisas, o que pode trazer preguiça e desinteresse, levando-os/as a desistir rapidamente da minha página e viajar até outra qualquer mais apelativa. Este é essencialmente um blogue de letras mas por vezes consigo – e publico – imagens absolutamente fantásticas. Quando digo consigo, digo-o porque são acasos felizes, aprendi há pouco que a palavra bonita para isso é serendipidade. Deixo uma dessas serendipidades. Deixo também, abaixo da mesma, mais letras e mais fotos. Não necessariamente mais letras que fotos, mas pronto. Vá, vamos lá à serendipidade.
Parámos ali porque eu tinha dito ao Luís:
Ó Luís, quando for o quilómetro 568 eu quero parar para tirar fotografias ao 68.
Eu queria encavalitar a pedra e tapar o 5 e ficar só o 68 e o Luís clicava várias vezes e mais não sei o quê. E assim aconteceu. Quero dizer: mais ou menos, vá, encavalitar a pedra, não encavalitei. Deixo então as fotos. Depois das fotos há novamente mais letras.
Seguidamente tirei eu mais um montão de fotos, aos girassóis que giram conforme o sol, à extensão da estrada, à minha sombra e ao meu vestido ondulantes, aos sinais de trânsito a proibir a malta de ultrapassar outros carros, ao pedregulho com manchas amarelas, à mota em várias perspetivas, às outras flores de que não sei o nome, à árvore de tronco muito grosso que se divide em dois e sobe. Não publico novamente essas fotos, é ver mais abaixo, no primeiro post de hoje.
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