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Quinta-feira, 4 de Julho de 2013.

De hoje a oito dias faço anos.

Quarta-feira, 10 de Julho de 2013.

15:00 . Três da tarde. Hora crítica. Esteja sol, nuvens, chuva, trovoada, frio ou calor. Hora crítica, já disse. Não me digam nada, por favor.

Quinta-feira, 11 de Julho de 2013.

Dia d‘ anos . 11 de julho. Faço anos. Aplausos de louvor e assobios de apreço, vá.

Sexta-feira, 12 de Julho de 2013.

Medo. Olha eu ter um blogue onde posso vir escarrapachar o que não gosto? Fantástico. A solidão tem um lado poderoso que me agrada.

Sábado, 13 de Julho de 2013.

Musiquinha. Pelo lado de fora da sala de Pilates soava a can-ção da Britney Spears com o Wil.i.am → ‘I wanna scream and shout and let it all out’ mais a parte roufenha ‘Britney bitch’! Eu a ouvir a música abafada mas identificável e o professor de Pilates a abrir-me as pernas. Caraças, pá, vem uma pessoa ao ginásio para estar um gajo que mal se conhece nestes prepa-ros… Eu sei que não há relação entre a canção e a cena. A ideia é distrair ou baralhar e na verdade não apresentar coisa nenhuma. Pesquise-se e veja-se o vídeo, ouça-se a música, é melhor.

Domingo, 14 de Julho de 2013.

Trapos. Tinha de apertar a saia laranja; terminar o vestido ver-de; coser a pinça do vestido das riscas; fazer a blusa e a saia godés com o tecido dos quadrados. Apertei a saia laranja. E pronto.

Terça-feira, 16 de Julho de 2013.

Andando. Entristeci ao passar pela praça. Chorei. Não contive o choro, não valeria a pena, ninguém veria nada, tinha óculos escuros que esconderiam as lágrimas. Chorei silenciosamente. O martelo na cabeça era o de sempre: eu não quero ser maluca, eu não quero ser maluca, eu não quero ser maluca.

Quinta-feira, 18 de Julho de 2013.

Se concluo que somos todos iguais e blás a escrita aborrece-me.

711. Ui, isso é para controlar. O horror patente, latente e isso assim.

I. De onde derivará a palavra irascível? Da ira?! Ah, ok.

Domingo, 21 de Julho de 2013.

Estética. Pedicure e depilação: 29 de agosto de 2013: treze e trinta. Cabelo e manicure: 2 de setembro de 2013, segunda-feira. Cabelo: onze horas. Manicue: onze e trinta. O cabelo é para cortar e aplicar comme d'habitude. As mãos são para embelezar e as unhas são para pintar num tom chocante.

Segunda-feira, 22 de Julho de 2013.

De manhã achei fantástico estarem todos embeiçados pelo resumo do jogo que passava na tv. Devia ser importantíssimo. Perguntei. Era. Muito.

Terça-feira, 23 de Julho de 2013.

Grande alívio. Não gosto de ter pessoas por perto, quero estar sozinha, as pessoas aborrecem-me e atemorizam-me. Olha eu a poder chegar a casa, comer, beber, vomitar e assim, sem ninguém a moer-me os cornos...

Quarta-feira, 24 de Julho de 2013.

Referir-me ao blogue como 'lbogue'. E viver feliz, preferen-cialmente.

Quinta-feira, 1 de Agosto de 2013.

Subitamente lembrei-me que posso escrever no blogue. Eu tenho um blogue. Escrevo aqui. Estou deprimida. Da outra vez em que me deu o amoque, no dia da bronca, eu estava num tal estado de nervos que chorava ininterruptamente, um choro que ninguém percebia, as lágrimas escorriam à mesma mas eu limpava sem que alguém reparasse nelas. Agora, hoje, estou deprimida, a vontade de chorar não é tão presente, mas a astenia é terrível, não me movo, estou mole e espapaçada. Ontem, sentada num banco de jardim, dei por mim a escorre-gar banco abaixo, sem firmeza alguma.

Partículas de saliva. Tenho espirros imensos, babo-me toda. Não tarda formar-se á um lago ao nível da peitaça.

Segunda-feira, 5 de Agosto de 2013.

Parece que estou a contar a minha vida, como fiz da outra vez, mas a um leitor diferente. É isso mesmo, o que estou a fazer. Melhor confessar para desvalorisar.

Quarta-feira, 7 de Agosto de 2013.

Há pessoas que querem saber, perguntam coisinhas, num interesse desmesurado, mas não dão espaço às respostas, não sabem amar nem dedicar-se a outrem, perguntam devido ao parece-bem, mascarando a cordialidade com hipocrisia. E são tantas, essas pessoas... Tantas, tantas.

Infelicidade. Não me é dado ser feliz, sempre que sinto uma onda feliz percorrer-me a espinha e como que reluzir no cére-bro... Pumba, fico infeliz e chorosa. Arfo e balanço o corpo.

Quinta-feira, 8 de Agosto de 2013.

Pra fazer sopinha Olha, tu pões curgete na sopa? Sim. Então, toma lá. Eh pá, parece uma abóbora! Ai, são tão tenrinhas...

Afazeres para mais logo: coser o pedacinho de costura da minha saia e pintar as unhas de branco.

Sexta-feira, 9 de Agosto de 2013.

Afazeres de fim-de-semana

Cortar o vestido novo e as saias verdes. Arranjar os brincos amarelos. Arrumar o frigorífico na despensa

Segunda-feira, 12 de Agosto de 2013.

Lista de compras: Vinagre de cidra e molho uochachaire

Lista de férias: Caneta verde com tampa vermelha, caneta vermelha, caneta azul ou preta, tripé para máquina fotográfica. cassetes para máquina de filmar, Bê Is e Cê Cês dos miúdos, cabos de baterias e isso assim

Quero morrer. Mas, já agora, a ver se vou de férias, gozar a valer, ver o que nunca vi e ser muito feliz por momentos fugazes. Morro depois

Sexta-feira, 16 de Agosto de 2013.

Nome. A homónima tem o descaramento de ir de férias ama-nhã, rumo à terrinha lá de cima. Raios a partam. A homónima tem o descaramento de rondar a minha idade. Não gosto. A homónima tem o descaramento de ter um penteado fixe e ser mais gira do que eu. Ah, que odiosa.

3 coisas. No fundo somos todos iguais... Afinal de contas somos tão diferentes uns dos outros... No meio está a ditosa virtude. Dizem.

Quinta-feira, 22 de Agosto de 2013.

Doravante, e/ou durante um período de tempo, serei estupida-mente inteligente porque 'o magnésio é indispensável à vida porque permite um equilíbrio na excitabilidade neuromuscular'. E tenho dito.

Domingo, 25 de Agosto de 2013.

Olá. É domingo. E isso assim.

Indumentárias de verão. 2008. Vestido verde. Estava bem de figura, peso corporal mais ou menos certo e isso. Fiz um ves-tido verde que estreei num ano de viragem mas que usei pou-co mais porque quando foi lavado ficou pingão. Um lamento no mais fundo do meu ser... 2009. Top preto e saia padrão tigresa em fundo branco e a tigresa em amarelo e preto. Tinha engordado um poucochinho, muito poucochinho, não se nota-va nada nem nada. E este conjunto era usado amiúde, sentia-me fresca e especial. 2010. T-shirts com a minha cara impres-sa. Lembrei-me de mandar fazer e mandei imprimir duas, uma amarela e outra laranja. Usei-as poucas vezes, e antes que as caras desaparecessem com as lavagens, recortei-as e guardei-as. Até hoje lá estão. 2011. Vestido rosa e laranja. Duas cores. Usava-se (e usa-se) e ademais eu cá gosto muito da mistura destas duas cores. Ficava-me muito bem, mas era um pouco curto, de maeiras que só o usava ao fim-de-semana ou quando não tinha de andar por aí sozinha. 2012. Saia amarela e blusa às riscas azuis e brancas. Porque entretanto comprara umas sandálias com tiras dessas três cores. Ou então havia com-prado as sandálias primeira e decidi-me a fazer a roupinha nesses tons. Não sei, não me lembro. Mas é a imagem de 2012, lá isso é. 2013. Saia azulão e t-shirt verde-água, verde-bandeira e azulão. Espetáculo, fica mesmo bem. A saia é um tudo-nada mais curta que o meu costume, a t-shirt é cintada na medida certa, não marca nada nem nada.

Domingo, 1 de Setembro de 2013.

Setembro / 2013. Só queria dizer aos meus amados leitores que vou ausentar-me uns dias, para aí uns quinze, porque vou de férias. Já venho, ok? Não sintais muito a minha falta, sim?!

Terça-feira, 17 de Setembro de 2013.

Paragem aqui; mensagem para mim. Cheguei. Stop. Ontem. Stop. Saudades imensas. Stop. Beijos a todos. Stop. Volto breve. Stop.

Quarta-feira, 18 de Setembro de 2013.

Pronto, já fiz o que me apraz, como se não houvesse desejos mais prementes. Não estou melhor, estou diferente.

Sábado, 21 de Setembro de 2013.

Asfalto. Sou conhecida como a mulher que pisa caixinhas que encontra perdidas pelo chão. Isto no meu imaginário, claro.

Em grande. Sonhei com um cigarro gigante caído no meio do asfalto. São os subúrbios da minha mente a lembrar-me coisas que agiganto.

Domingo, 22 de Setembro de 2013.

Derradeiro dia de ócio. Estou cansada de estar sozinha. Não quero voltar ao lugar soturno. Quero pessoas a falar comigo. Não tenho saudades de ninguém.