«As minhas mãos não sabem dançar. Só as mãos, o resto safa-se.» Escrevi eu num texto não muito abaixo deste. Entretanto lembrei-me dum programa televisivo (Bairro Alto; RTP2) onde vi uma entrevista com o cantor Sam the Kid. Dizia ele que escreve os seus poemas debaixo dum certo ângulo, muito difícil de se lhe chegar, aquele lugar em que poetizamos (ou proseamos) a nossa vida mas sem parecermos lamechas.
É difícil, é ‘migo. Eu bem que me esfalfo no sentido de se entender a minha poesia (e principalmente a minha prosa). Quando disse que as minhas mãos não sabem dançar não me estava a queixar. «Só as mãos, o resto safa-se.» Acrescentei um ponto positivo e tudo.
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