Eu tinha um litro de aguarrás em cima do balcão prestes a ser vendido, mas a cliente ia lamentando a capacidade da embalagem ser em demasia, só precisava dum bocadinho, para que quereria o restante e blás.
E eis que salta de lá uma outra cliente que aguardava a sua vez e se oferece para lhe arranjar um pouquinho, tinha lá em casa e não se importava nada de lha oferecer se a senhora quisesse.
Ou seja: assim se concretizou no meu balcão o espírito de entreajuda entre duas perfeitas desconhecidas.
Ou seja: é bonito, bem sei.
Ou seja: eu não vendi, não pus o país a mexer.
Ou seja: há sempre um perdedor. Ou muitos.
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