Umas semanas atrás vi uma entrevista com a escritora Rita Ferro e a dada altura ela refere que não gosta de ver as pessoas recordadas pela comida que confecionam - tipo assim: «A tua mãe fazia um bacalhau tão bom!» - mas antes pelo que conseguiram nas suas vidas, ou então pelo que gostavam de fazer, se praia, se ler, se viajar, porque é neste tipo de experiências e/ou gostos pessoais que se revela a essência de cada um. Concordo, só por dizer que...
Há tempos esteve em minha casa um casal que calhou comer uma fatia do bolo banoffe* que tinha feito pela manhã. Apreciaram, vocalizaram elogiosos 'ahs' e 'huns' e mais não sei o quê. Entretanto calhou virem ao estaminé comprar umas coisas e um deles, assim que me avistou, perguntou brincando 'onde é que está o bolo'?
Não acho ruim ser lembrada pelos paladares, qual quê. Ademais, não creio que venha algum dia a ser uma memória assim:
'Gina, a mulher que tem (tinha) um blogue'
*Receita aqui, oh.
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