Terminei de ler o livro 'A Fé de um Escritor' de Joyce Carol Oates. Gostei. Assim não muito, muito, muito, mas gostei. Este livro é uma compilação de vários artigos acerca de arte literária que a autora escreveu para publicar em jornais e revistas.
Ainda que não tenha gostado muito, muito, muito, aprendi muito, e dentre outras coisas aprendi isto:
«Diante de um romance* de tamanho fôlego, tornou-se necessário manter a voz narrativa consistente e fluida. Passei o tempo a voltar atrás e a reescrever, e quando entrei na última fase, que é como quem diz, nas últimas duzentas páginas, comecei simultaneamente a reescrever o romance desde a primeira página até quase à página 300, de forma a garantir essa voz consistente. (Isto apesar de a voz também se alterar, à medida que Norma Jeane vai ficando mais velha.) Recomendo, aliás, esta técnica a todos os romancistas, mesmo no caso de terem pela frente obras mais pequenas. É o equivalente à tarefa de renovar o solo, quando se é jardineiro.»
*Referência a 'Blonde', uma das maiores obras da autora, onde ela escreve acerca da vida de Marylin Monroe ficcionalmente.
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