'Bonito, bonito, deus é bonito! Ah, como deus é bonito!', exclamava uma senhora elevando os braços a uma frondosa árvore, louvando despudoradamente o deus criador de tão opulento ser vivo.
Ainda eu acho que sou maluca por todos os dias ir visitar uma estátua sorridente e me sentir feliz com a sua companhia. Ninguém sabe que vejo diariamente uma pedra a sorrir ou que fico grata com a sua atenção, não sou despudorada ao ponto de me revelar perante multidões.
'Ver a estátua', ouvi eu dizer, quando passei rente à esplanada. Não ouvi 'esta vai ver a estátua'. Não. Isso queria eu, para me questionar: 'mas como é que esta malta sabe que vou ver a estátua?!' É dessa companhia que eu preciso mas não procuro.
Lisboa, 7 de maio de 2013 |
2 comentários:
Parabéns! Já vi o teu nome para a Coletânea e fiquei super curiosa sobre qual será o teu pecado ou pecados :)
um beijinho
Gábi
Obrigada, Redonda. Pois é, mais uma historinha...
Beijos
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