Há dias vi o filme 'A Vida de Pi' do realizador Ang Lee. É uma lição de vida muito bonita e comovedora. A história é como que narrada
(atenção: vou-me armar em desmancha-prazeres e informo desde já que neste post desvendo particularidades do filme, inclusivamente cenas finais, se bem que tentarei não esventrar a trama de todo)
pelo protagonista acerca das suas aventuras como náufrago a um escritor que supostamente as quer transformar em romance. Durante o filme vemos um testemunho cheio de peripécias, onde se mistura o irreal e ilógico com o instinto de sobrevivência e as inerentes vontades férreas dalguém que vive no lumiar da loucura e relata essas sensações sem pudores ou mágoas ou ainda grandes traumas. No final o protagonista pede ao escritor que escolha dentre duas histórias possíveis de ele vir a transformar em livro: uma onde os factos são racionais, lúcidos, possíveis, outra onde tudo é absurdo e fantástico, por vezes belo (como o filme, na verdade).
A história fantástica era a que eu escolheria. Escolhi antes de ver a cena, inclusivamente verbalizei a escolha:
'A fantástica, claro!'
O escritor também escolheu essa, daí o filme rocambolesco ter nascido…
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