Lisboa, 25 de junho de 2013 |
O meu colega foi abrir uma porta e depois eu fui lá levar a fechadura novinha que era para se pôr em vez da que tinha avariado. O cliente ficara de fora, fechado na rua, como eu costumo dizer, o que nem sempre é visto como graçola mas pronto. Após subir uma dezena de lanços de escada avistei-o e cumprimentei-o com uma sonora 'boa-tarde' e ele devolve-me uma 'má-tarde'. Percebi que o homem não estava a viver a melhor das suas tardes e para descomprimir quase lhe ia respondendo que isso dependia do ponto de vista, pois para mim a tarde naquele momento corria que era um espetáculo... Mas calei-me a tempo.
Tirei uma foto sob a luz que trespassava a claraboia. Antes isso mas não para deixar de dizer aquilo.
Ah, antes que me esqueça, depois o homem sorriu. Depois do 'má-tarde', depois da fechadura montada e a funcionar, depois de pagar. Depois. Sorriu muitas vezes.
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