Gina, a mulher que tem um blogue

Gina, a mulher que tem um blogue

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Monólogos

Chamei Monólogo1 e Monólogo 2 àqueles dois monólogos em que falei para a câmara gravar. Monólogos... Afinal não serão todos os meus relatos meros e solitários monólogos...? Claro que são. Acrescento achega importantíssima: não é queixa, isto, garanto, é-me necessária a solidão.

De resto

Hoje ainda não limpei os óculos.

Do casaco

Tenho um casaco novo, sei que já tinha vindo contar tão estrondosa novidade, portanto em cada vez que trouxer o assunto ao blogue menor vai sendo o estrondo, é assim como que uma propagação, vá, mas ao contrário.
Declive?
Não sei.
Rebolões?
Pode ser isso, vá.
Ora bem, então tenho um casaco novo, não é. É. E vai daí que acabei de descobrir que nas mangas não há qualquer costura, é tipo um tubo. Dois tubos. O meu casaco novo tem mangas tubulares.

Árvore amarela

Sondei a árvore amarela com a atenção no máximo, não fosse terem-lhe nascido rebentos de outono, como aconteceu com esta aqui, ó. Mas não. Nada. O jovem do banco defronte, mas assim mais para o lado esquerdo, foi embora, que não queria nada com as minhas coisas pormenorizadas. Sorte a nossa, 'migo, que eu também não quero nada consigo.

Bolas

Encontrei no mesmo corpo uma saia e uns colãs pretos com gordas bolas brancas, portanto não era um padrão preto às bolinhas brancas, nada de bolinhas, que é lá isso, bolonas. Não curti o estilo, é muita informação, mais do mesmo, canseira. Esse corpo trazia nos braços um vasinho com aquelas flores não sei quê; não sei que nome têm, vermelhas, dum vermelho muito vivo, que quando chega ao vívido já largou o verde. São assim como que matizadas nas cores da nossa bandeira, vá. Olha, não sei, pronto, são sobejamente vistas no Natal e acabou a conversa. Vinham embrulhadas em papel grosso. Meio embrulhadas. Lembrou-me a dona Genoveva, que já hoje falei dela no blogue*, trazia também um vasinho com essa flor, ou planta, ou que raio é aquilo, meio embrulhada/o para não partir nem sufocar. Isto da falta de ar pode dar em qualquer altura, e até nas plantas.


*...

Senhora do Banco

Enquanto esperava a minha vez entrou um senhor falando ao telemóvel. Ouvi-o pedir ao recetor que lhe desse trinta segundos, o que me levou a pensar: «olha, uma pessoa que pede um tempo realmente realista e um número que é isso tudo também», e vai daí o dito senhor vira-se para a (uma das) senhora do Banco, que lhe responde cordialmente assim:
Boa tsarde, entsão. Ora, não tsem problema, deixe estsar.
Entretanto continuei com o meu costume e alcancei um facto curioso: naquela dependência bancária ainda não é Natal.
E eis que, chegada a minha vez, a senhora do Banco (uma outra) quis acariciar o meu casaco, que parecia tão fofinho mas afinal não é.
Mas ao menos é quentinho como parece, perguntou ela.
É, respondi eu.

Ó Gina

Ó Gina, conta lá o que encontraste em cima do banco hater!
Encontrei uma revista cor-de-rosa, pá!


Leitura

No livro do momento: 'O Monte dos Vendavais', Emily Brontë, no capítulo III, página 22 (XXII, ah ah) apareceu uma palavra estranha (para mim) e curiosa: 'hieróglifo'. Hum, que é isto...? Pelo contexto pareceu-me um significado de mero apontamento, registo pessoal e diário. Vou ver no Priberam.

1. Nome dado aos caracteres da escrita dos antigos egípcios.
2. Escrita ilegível.
3. Coisa enigmática ou difícil de decifrar.



Ah, então eu tenho um blogue cheio de hieróglifos.

A propósito das

A propósito das bolotas de tamanhão que referi da parte da manhã, eis que tenho fotos dumas bolotas que estavam no lugar que ontem referi neste post. Mato da Cruz. Olarila. Fotos, então, que são d' hoje, tiradas por sobre um folha de papel, branca, á quatro, oitenta gramas por metro quadrado.


Almoço

Frango assado no forno, que podia ser na brasa mas não foi, arroz branco e por junto, mas depois disto tudo, meio copo de água, para aí cento e cinquenta mililitros ou coisa assim.

É rente ao

É rente ao almoço, agora. A dona Genoveva assomou à porta e, sem querer, mirou-se no espelho cá de dentro e, sem querer, assustou-se consigo. E a lonjura entre ela e o espelho era imensa, mas pronto, a senhora tem boa vista.
Ai credo, o que é isto, olha eu toda desgrenhada, não sabia que estava assim tão mal.
Disse ela, ironicamente auto-depreciativa, tom que conheço redondamente, sou igual, só por dizer que falo um bom pedaço menos do que ela.
Tinha nos pés uma espécie de pantufas que, se não eram de pele de cortiça, eram desse padrão de que há tantas malas e casacos e cintos e carteiras e mochilas e isqueiros e canetas e blocos e.
Fez-me lembrar uma senhora que tinha uma malinha que usava a tiracolo, assim muito estreitnha e quês, sem fundo, quero eu dizer com o 'estreitinha', um retângulo para aí com uns vinte por trinta, isto em centímetros, e era feita nessa pele fininha que, supostamente, descascam da cortiça do Alentejo.

Cliente

Fungava repetidamente e queria molas de pau. Retificou a introdução: molas de madeira. Descansei-o dizendo que percebera na mesma o pretendido.

Molas de pau. Ah ah.

Décima primeira Árvore de Natal

Alverca. Ou então Vila Franca de Xira, sei lá, sempre fiz confusão. Olha, pronto, foi num lugar onde nunca pensei que viria a descrever sucintamente uma Árvore de Natal. Então vai daí que a Árvore de Natal em questão é toda ela branca e os enfeites são quase todos eles num tom assim como que azul celeste mas a ir buscar o turquesa e um nadinha de verde. Água. Verde Água. Ah ah. Claro que há bolas e pinhas e até há bolotas dum tamanho gigantesco. Melhor acrescentar que há outros tons, rosado, branco e alguns enfeites são transparentes.

Achega às Árvores de Natal

Até agora todas as Árvores de Natal que descrevi são artificiais. Raramente se encontra uma Árvore de Natal natural no meio das ruas e avenidas das cidades e vilas, ou então em lojas. Mas se vir alguma e a registar no blogue, então farei referência a esse facto porque pela raridade o considero valiosíssimo.

Publicidade

Tenho aqui uma brochura publicitando um novo supermercado e restaurante bio não sei quê que abriu não quero dizer onde. Espiolhei a bonecada e os escritos e verifiquei que vendem um artigo que se chama puramente: 'despertar de buda'.
Fiquei tão curiosa, mas,
para já:
custa sete euros e cinquenta, é muito dinheiro para gastar numa coisa que não sei o que é, tipo assim a mergulhar no desconhecido e coiso,
para depois:
dá-me a ideia que é um chá, ou uma espécie disso, e o que não me falta lá em casa é chás disto, daquilo e daqueloutro, não me convindo portanto aumentar o meu cetoque
para o seguimento e conclusão disto tudo:
o supermercado fica longe à brava daqui.

Novidade

Já vi uma nova nota de vinte euros. Urras. Apalpei-a toda, meti-lhe as mãos, observei-a minuciosamente. Em textura é igual, ou eu cá acho isso, vá, e é muito mais amarelada, ou seja: é amarelada, ao passo que a antiga era toda ela azul, pois que esta não, tem o amarelo à mistura com o azul, por pouco não se fundem as cores e se transforma numa nota verde... Sendo que as notas verdes são de... cem...euros. Mas não.

389

Ontem à noite, antes de desligar o computador, senti-me curiosa e atentei com quantos posts tinha ficado o blogue relativamente ao mês corrente – novembro – e verifiquei que ficara no
386
, o que, fazendo a conta, ai credo tantas vírgulas, já estou tonta, mas dizia eu, fazendo a conta do que resta até chegar aos
400
, que é a minha meta por ser uma quantidade de posts onde ainda nunca cheguei num só mês, verifiquei, outra verificação e tantas vírgulas, oh céus, ai porra mais uma, que me restam...
14
! Isso,
14
!
14
foi a média que resultou quando aqui há uns dias me lembrei de achar a média de posts diários para atingir os
400
posts este mês! E deu
14
! E ontem faltavam-me
14
! E neste momento já só faltam
11
! Porque entretanto já criei
3
lindos e fantásticos posts!

Cá por coisas vou estender a meta, terei de atingir os 406 posts no mês corrente – novembro.

Sol e sombra

Ia a caminho do lugar escondido – este post não se chama 'A caminho' porque já estava ao serviço do estaminé, quando não, pumba e coiso – quando vi esta imagem, à qual achei um piadão. Portanto: clique.


Primeiro

Bom dia. São onze e dez. O dia está de sol e de frio. Muito sol e muito frio, só por dizer que o sol sendo muito, como efetivamente é, podia acabar com o muito frio. Mas não. Não chega lá. Trinta de novembro, hoje, não é. É. Então revelarei sensatez se não esperar um clima diferente deste.

domingo, 29 de novembro de 2015

Aspirador

A rica filha andava a aspirar, de fones nos ouvidos, e de vez em quando mandava uns lamirés para o ar e encarava-me de tal modo que parecia que estava a cantar para mim. (E estava.) Percebi que era uma espécie de música latina, o que ela ouvia, assim a atirar para o tristonho e saudoso, um tango, bolero, ou algo assim. Decidi acompanhar o canto dela com uns movimentos sensuais, atirei a cabeça para trás, passei as mãos corpo abaixo e acima, pelo cabelo e mais não sei o quê.


É, eu acho que a gente a duas dá-se bem.


Caixa

O rico filho teve de ir à arrecadação a meu pedido, é que os sacos com os pedaços de Árvore de Natal e a caixa com os enfeites estavam inatingíveis devido ao armazenamento dos seus pertences que ali repousam enquanto aguardam um outro rumo de que já aqui falei.
Mas não encontrava a caixa.
Ó André, pedi eu via telemóvel, olha, desvia aí umas coisas e faz como que um corredor que eu depois logo a procuro.
Entretanto lembrei-me cá dumas coisas e fui espreitar a parte de cima dum dos roupeiros desta casa.
Ó André, disse eu eu via telemóvel, olha, não procures mais, filho.

É Natal!

É Natal! Há emoções no ar! Não está a rimar! E se não rimou! Já cá não estou!

Já fiz a minha Árvore de Natal

Mas não me vou pôr para aqui a descrevê-la nem a numerá-la como faço com outras, as que não me pertencem. Vou só dizer que a enfeitei com folhas douradas que apanhei ontem à noite do chão da minha praceta. Andava a passear a cadela quando as vi, inertes, que não estava lá muito vento, e considerei elegante, leia-se engraçado, prender folhas naturais numa árvore artificial.



Gina, a mulher que tem outra mota

Ora bem, então é assim: a pequena localidade saloia Mato da Cruz tem uma vista soberba. Sério. Vê-se o Tejo e tudo. Claro que fotografei principalmente outras coisas, mas sem perder o Tejo de vista. Bom, é assim, lá fotografar o Tejo, fotografei, mas chegada a casa, depois de passar as fotos para o computador, verifiquei que essas estavam demasiado desfocadas, sei lá eu porquê. Mas pronto, dali, ou daqui, vê-se o Tejo.


Dos queques

Fiz os queques de laranja que andei a anunciar não sei durante quantos dias no blogue, fiz sim senhores. São bons... ai perdão, são muito bons, sequinhos, densos e não muito açucarados. A repetir, que cá em casa tudo gostou deles.
A receita está abaixo da foto que tirei, onde aparecem molas de roupa e tudo, que eu para ter montes de luz por cima dos queques e da laranja fui à varanda e apoiei o prato no pequeno estendal. Ah, e a receita... Retirei dum pacotinho de açúcar da Sidul, de onde aliás copiei o texto, querendo com isto portanto dizer que não me esforcei para criar um texto meu onde explicaria uma receita. De nada, ora essa.




Queques de Laranja

Misture 250 gramas de açúcar moreno com 2 gemas, 1,5 colher de sopa de manteiga derretida e 2 decilitros de leite. Adicione 350 gramas de farinha, uma colher de chá de fermento em pó e mexa muito bem. Bata 2 claras em castelo e envolva. Deite raspa de laranja e um pouco de sumo. Unte as e formas de queque com óleo. Coloque massa nas formas e leva ao foro até que os queques estejam cozidos.

Notas:
Usei açúcar branco por conta do espólio do décimo andar, creio que por isso os queques ficaram tão claros
Peneirei os ingredientes secos, juntando ainda uma colher de café de gengibre em pó e uma colher de café de canela em pó
Usei a raspa de toda 1 laranja e o sumo de 1/2
Usei formas de queque, sim senhores, mas de papel e dispensei o unto
Deixei os queques no forno durante mais ou menos meia hora

Primeiro

Boa noite. São dezoito e cinquenta e um. Lamento, mas é boa noite porque é de noite, e o que lamento é ser de noite a estas horas da tarde que seria tarde noutros dias, ou tardinha, vá. O dia esteve novamente bué da lindo e com montes de sol e sem frio de maior.

sábado, 28 de novembro de 2015

9889













Capicua!











9888...













... Quase...











Despensa

Na minha despensa havia um pacote de farinha torrada que comprei no senhor Adeodato há tanto tempo que creio firmemente não estar a exagerar se disser que foi há anos. Entretanto posso dizer que a minha mãe preparou imensas vezes papa de farinha torrada para alimentar o meu irmão, quando bebé, já eu, que vim meia dúzia de anos depois, não. Entretanto, devido à história algo tristonha desse tempo de vacas magras na juventude dos meus pais, um dia vi a farinha torrada à venda e toca de a comprar. Entretanto pesquisei na Internet como haveria de confecionar o bolo, pesquisa essa que também ocorreu seguramente há anos, e deparei-me com a frequente referência ao chocolate para juntar a esta farinha, não chegando mesmo assim a guardar nenhuma dessas receitas. E eis que hoje de manhã vi um dos episódios das 'Doces Iguarias de Rodolph' onde ele fez um bolo 'quatro amigos', que basicamente é feito com iguais quantidades de manteiga, açúcar, ovos e farinha, normalmente duzentos e cinquenta gramas de cada, sendo que os ovos são quatro. Então vai daí, com base nisto tudo inventei um bocado:

Bati 250 gramas de açúcar (usei branco) com 250 gramas de manteiga amolecida até ficar um creme quase branco, juntei os 5 ovos (eram pequeninos) um a um e por fim adicionei 250 gramas de farinha torrada, 50 gramas de cacau, 2 colheres de chá fermento em pó, que peneirara antes. Levei ao forno em forma untada e enfarinhada durante 40 minutos. Ah, tinha posto a corar uns 50 gramas de amêndoa picada e despejei por cima do bolo antes de o colocar no forno.

Entretanto já o provei, está bom, de facto a junção do torrado da farinha com o cacau é qualquer coisa de espectacular! Só não apresento foto porque entretanto escureceu e as fotos não iam ficar bem.

No supermercado

A senhora da caixa, vendo a minha, que ainda não era minha, raiz de aipo, pergunta muito curiosa:
A senhora usa isto em quê?
Ponho um bocadinho na sopa, mas só um bocadinho, para aí quê... um sexto disto, é que o aipo tem um sabor muito forte. Hoje à tarde vou fazer a sopa e depois congelo o resto. Ou então se fizesse carne estufada também podia pôr um bocadinho, mas só um bocadinho, que isto tem um sabor muito forte.


Creio que ela ficou perfeitamente elucidada. 

Primeiro

Boa tarde. São dezasseis e dezanove. O dia está, outra vez, soalheiro e, outra vez, frio mas não muito frio, tanto que tive de sair por volta do meio-dia e nem sequer levei casaco. Vejo daqui uma imensidão de gente, por isso me é tão necessário dizer estas coisas que todos os dias digo antes de começar efetivamente a escrever outras coisas dum outro tipo de coisas, talvez mais coisas que estas coisas.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

...












o nhi é o primo mais novo do sipipú











Gerar

Fui gerada no Alto do Cachaporra, não admira portanto que eu seja uma besta.

Sexta-feira como que de luto

Eu cá dava-me jeito era aquela coisa das bleque fraideis no talho e na frutaria. Isso é que era. Agora cá mobiliário e textéis...

Dedo

Tenho um dói-dói no dedo que fiz com a faca de cortar o pão. Podia tê-lo feito com a faca de cortar a melancia, podia tê-lo feito com a faca de cortar o frango, podia tê-lo feito com a faca de cortar... Bom, já se percebeu. Esse dedo, o polegar esquerdo, é usado para coçar a narina esquerda. Sinto comichão no nariz, esqueço-me que tenho o dói-dói e raspo o dedo no exato lugar em que tenho o dói-dói, o que intensifica bastante o meu mau-estar. Já experimentei coçar a narina esquerda com o polegar direito mas não dá prazer nenhum e ademais retorço o nariz e aleijo-me, acrescentando assim um outro mau-estar à minha vida já de si tão atribulada.

Que boa ideia

Tirar um foto ao alto da cabeça, assim inclinada para trás e a cabeleira toda soltando mechas que vão parecer lindas por se verem as nuances, num cenário de prateleiras recheadas com cifes e ajaxes e superpopes. Sim, vou ficar à rasca do pescoço, mas lá que é uma boa ideia, é. É uma boa ideia, não é. É.

Letreiro

Acho mal as pessoas porem o letreiro nas portas das lojas a anunciar 'volto já', deviam anunciar a que horas foram para a gente calcular a que horas voltam. Um 'volto já', afinal, é tão vago, e eu cá como sou amante do pormenor, sofro imenso com estas coisas.

Novidade

No beiral tenho agora uma partícula dum livro antiquíssimo e riquíssimo e interessantíssimo acerca do qual contarei a história num outro dia.

No lixo

Deitei a pele do meu pé no lixo. Já foi há uns dias. Tinha-me era esquecido de registar este evento.

Rasgar

Também rasgo tirinhas de papel no estaminé, só por dizer que o prazer é menor. Na rua, cabelos e badanas do casaco ao vento, é tão melhor.

Futuro

Quando eu for
muito muito muito muito muito muito
velha vou ser
muito muito muito muito muito muito
surda
Depois os
muito muito muito muito muito muito
novos vão-me mandar à merda e eu vou ouvir
muito muito muito muito muito muito
bem

Claro que

Claro que fui entregar o recibo ao senhor doutor do escritório
Claro que subi os dois lances e parei entre eles
Claro que me pus a mirar o jardim através da janela que está sempre aberta
Claro que o meu olhar pousou logo no tronco mais grosso que lá havia
Claro que cheirava a pó
Claro que há montes de lugares a cheirar a pó e...
Claro que tenho de lá ficar horas seguidas
Não é
É

O banco

Desenhei (ver aqui) o banco nadois no lado errado, devia tê-lo colocado à esquerda e não à direita.
Dedico-me hoje às árvores que sombreiam os bancos - quando há sol, claro -, são os círculos que se veem no croqui que desenhei desta vez. Devo dizer que há umas árvores mais distantes dos bancos que outras, quer isto dizer que afinal esta é uma praça dispersa em mobiliário urbano e arvoredo, claro que não vou ao ponto de levar a fita métrica comigo para registar com exatidão a quantos centímetros do banco tal está a árvore não sei quê, tipo assim a fazer a coisa à escala e tal, não que não considere necessário e sobretudo interessante mas é que isso colocar-me-ia numa pose desejável, a qual não desejo, vai daí desisti ainda antes de decidir.
Deixo então o croqui com o banco nadois no seu lugar e as árvores representadas por meros círculos.
Ah, das árvores não sei as espécies, quando não regista-las-ia também, mas como não sei, pumba e coiso.


Pessoas nos bancos

No banco hater estavam duas senhoras sentadas, duas desconhecidas, ou então eram conhecidas mas estavam zangadas. Não eram nem estavam nada, uma delas apontava absortamente coisinhas num caderno, a outra olhava a paisagem e o movimento do lugar. Senti-me uma pessoa 2 em1, revi-me nas duas. Atrás, no banco gatafunhos, estava uma mulher dobrada sobre si, não lhe vi a cara, ela tapara-se com o capuz do casaco, um casaco preto, os cotovelos assentavam sobre os joelhos, as calças eram vermelhas. As outras duas senhoras tinham casacos vermelhos e calças pretas.

Lugar da musa

Interessantíssima conversa que tive com o moço que tira os cafés em redor das três moedas de vinte cêntimos que coloquei em cima do balcão antes de ser servida:

São seus...?
Eram, agora já não são.
Ah, bem, meus é que não vão ser, pode crer!
Mas vão ser dalguém...
Pois vão!
… Que não eu.

Almoço

Galamares, ou então calamares, que nunca sei como é que se diz e portanto também não sei como se escreve, com arroz de legumes – couve-lombarda, cenoura, ervilhas – e salada – tomate aos semi-círculos, alface às farripas e cenoura ralada.
Isso de ser galamares ou então calamares na verdade tanto faz, tiro-lhe a primeira letrinha e fica amares, vai daí fico bué amorosa e assim me encontro numa boa estrada.

Meio-dia e tal

Estou quase a ir para almoço. Vou levar o livro do momento, 'O Monte dos Vendavais', Emily Brontë. Vou ser uma senhora interessada e levar o livro,
mas,
também,
vou,
lê-lo.
Interessada em ler, claro, que lá interessada eu sempre estou. Dentro do livro consta, hoje, o recibo do senhor doutor do escritório. Lá vou eu feita maluca subir ao primeiro andar, dispensando o velho e balouçante elevador para poder apreciar o jardim que se vê da janela que está a meio de dois lances de escada. Digo feita maluca mas não é que a maluquice apareça por conta da subida, que é lá isso, felizmente movo-me com facilidade e afinal de contas é só um andar, vou a pé para ver o jardim através da janela que está sempre aberta e estou certa que se fossem dois ou três andares ia a pé na mesma.

Pacotinho de açúcar

(da Sidul)

Pumba, mais um pacotinho com a receita dos queques de laranja. É já amanhã!

Na sapataria

Preciso dumas coisas para os pés e vai daí andei um dia desses numa sapataria daquelas onde não me moem os cornos a perguntar o quero, que é basicamente o mesmo que me dizerem 'a gente já te viu, por isso desaparece!', só por dizer que nestes espaços comerciais por vezes pecam pelo avesso, ou seja: falta de atenção. Vai daí que cirandava eu por ali e tal e a dada altura a minha ideia era dar a volta por modo a ver todo o calçado que está exposto, mas estavam duas funcionárias conversando acerca de assuntos internos que não se desviaram dos seus assuntos para se desviarem do corredor que eu queria percorrer para inspecionar todos os modelos com vista à escolha e à futura compra. Não me viram, não perceberam a minha intenção, ou, pior, marimbaram para a minha presença. Bom, há mais sapatarias por aí, não é. É.

Post 356 deste mês
9866 de sempre

Este é o post 356 de novembro. Já tinha dito que o meu sonho é chegar ao menos uma vez na vida aos 400 posts num só mês. Bom, estou quase lá. Desde que fiz a média para posts diários e resultou o número 14 já passaram 2 dias, num criei 16 posts, no outro 20, portanto estou bem lançada.
Acerca do meu outro sonho, ou intento, ou lá que é, nem sei bem e tampouco interessa, mas o meu outro sonho, embora lá falar dele, o de atingir os 10000 posts até ao final do ano, estou realmente perto. Este é o post 9866 de sempre, vai daí faltam uns míseros 134 posts... Número que consigo para aí em 10 dias.

Dia de (disseram na Radio)

Ora então cá estou eu para falar de três dias de, disseram na Radio. Estou tão atrasada neste assunto, tenho-me esquecido e isso, vai daí construo um post três em um e acabou a conversa.
Dia 25 de novembro, anteontem, foi dia de fazer a Árvore de Natal. E porquê neste dia, não é. É. Porque faltava exatamente um mês para o dia de Natal. Pronto, ok, vá, não é que eu fosse fazer a árvore neste dia, mesmo neste dia, por causa da tradição e quês. Não. Mas eu já de mim, ideia minha, quero mesmo fazer a Árvore de Natal no próximo fim-de-semana, ou seja: amanhã. Conto com isso. Pelo menos planeei.
Dia 26 de novembro, ontem, foi dia do bolo de fatia e eu a falar dos queques de laranja que vou experimentar amanhã, não é. É. Houve montes de gente a ligar para a Radio para anunciar o seu bolo favorito. Eu não tenho. Sério. Não sou muito dada a preferências assim como que rígidas, tipo a não poder sair dali e coiso, gosto de mudar de opinião, e depois acho que o palato é como a alma: uns dias duma maneira, outros doutra.
Dia 27 de novembro, hoje, é dia de experimentar uma coisa nova, não necessariamente experimentá-la hoje, mas tratar disso, ou, pelo menos, decidir. Eu quero conduzir um Porshe, até pode ser aquele jipezinho fofo e coiso e do qual não me lembro o nome mas toda a gente sabe qual é. É isso, um dia conduzo um Porshe. Claro que se me aparecer a oportunidade de conduzir por exemplo um Lamborghini pois que me vou a isso cheia de vontade. Bom, se calhar até com um Audi TT eu despachava a coisa, ou aquele avião da WV, o Scirocco. Olha, pronto, quero conduzir um carrão, que eu cá até hoje foi só carrinhos.

A caminho

Primeiro

Bom dia. São dez e dezoito. O dia está soalheiro e não muito frio. Quero dizer... Eh pá... Estar frio, está, mas não é assim muito muito muito muito frio. Há nuvens, umas farfalhudas e outras não. Farfalhudas quer dizer com muito corpo, não lhes quis chamar densas, tampouco gordas. Se bem que era giro chamar gordas às nuvens encorpadas. Ah ah. Nuvens gordas. Ah ah. Vou-me embora. Mas volto.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

...













nhi











...

Nos vídeos sou mais livre. Motivo: ausência de pessoas, por enquanto só existo eu. Pus-me a olhar em volta, tentando imaginar como seria um mundo onde só eu existisse. O mundo silenciaria quase totalmente, digo quase porque se ouviria o piar da passarada, os seus voos, o rebolar das folhas, o vento assobiaria na mesma, as ondas do mar ressoariam. Se não existissem pessoas não se me ia embora o medo, que é lá isso. E se não exisitssem pessoas eu faria os vídeos na mesma. E também escreveria no blogue. Calhando até editava um livro. Ah ah. Então e onde haveriam pessoas para fazer esse trabalho, não é. É. E quem manteria a Internet ativa para eu publicar os meus vídeos, não é. É. Pois... Mas o meu medo não ia embora. O meu medo não existe por causa das pessoas, o meu medo vem não sei de onde, é por isso não o consigo combater. Eliminar, eliminar é que é, que lá combatê-lo, combato.

...

É como um cancro, isto, não duvido que um dia morro de tristeza.

Desenho

Esquilo fofinho bordado em camisola de senhora. Esquilo feliz.

Folhas

Outono, daí as folhas. Muitas. No chão, rebolando. Ou simplesmente estando, caso a brisa não seja brisa e seja vento. Mas hoje há vento, já ontem havia. Folhas. Dá-me vontade de as apanhar todas e tirar-lhes fotografias. Não seria aliás a minha primeira vez, só por dizer que apanho algumas, não todas, mas hoje não apanhei nenhuma. Se tivesse apanhado empilhava-as e pumba e coiso, fotos e fotos e fotos. Raríssimas vezes arranquei folhas às árvores... A não ser num certo dia, há coisa dum mês, em que me deu na tola fazer isso mas fiquei arrependidíssima. E hoje, exatamente na mesma rua, vi uma senhora arrancando, não uma folha, como eu, mas várias. Sorte a dela que não foi à oitava árvore que está na rua mais bonita de Lisboa, quando não, ah caraças... Essa árvore está no meu coração.

As fotos abaixo são da segunda árvore do lado esquerdo de quem desce a rua mais bonita de Lisboa, é que fui dar com rebentos e achei isso espetacular! Afinal estamos no outono, não é. É.


Décima Árvore de Natal

Centro Comercial. Há imensas Árvores de Natal neste espaço. São simplesmente plastificadas, a imitar folhas de pinheiro, e depois são enfeitadas com tiras de luzes em expressão de velas de estearina meio derretidas, com a imitação de pingos grossos escorrendo cilindro abaixo, e o que faz de luzinha é a lâmpada que ilumina por meio da eletricidade e não do fósforo. Pressionei várias entre os dedos, a ver se me queimava. Mas não. Qual chama, qual quê, não é. É.
Há um Presépio descendo a enorme escadaria. Detive-me longamente a admirar o fantástico do lugar. Tem uma mística semelhante àquela mini-aldeia no Sobreiro, falo daquele lugar onde se vê a bonecada toda vivaça e a mexer-se mediante mecanismos rudimentares. Pronto, é isso, ali usaram o mesmo sistema, os bonecos estão vivos.

Leitura

Não levei o livro do momento ('O Monte dos Vendavais', Emily Brontë), senti que não ia ter cabeça para ler porque preciso de pensar numas coisas e escrever bué cenas e isso.

9855

Boa tarde. São dezasseis e dezanove. Da parte da tarde ainda não tinha cá vindo escrever coisas porque tenho andado ocupada a limpar os vasos e os pratos um a um com um paninho húmido. Até já.

Nona Árvore de Natal

Chelas, Lisboa. Na divisória da avenida principal há, no mínimo, duas Árvores de Natal em forma cónica, começa a ser corriqueiro isto das árvores serem em forma cónica mas adiante, e quando digo no mínimo quero dizer que não percorri toda a extensão da avenida, que não sei se tem estatuto de avenida se de rua mas adiante, sendo que uma delas tem à volta uma larga tira de luzinhas, assim tipo a fazer uma espiral, e a outra tem círculos preenchidos, também, por luzinhas. Pena é não estarem ainda acesas, quando estiverem aquilo é que vai ser bonito.

Oitava Árvore

Cabeleireiro. Dentro duma jarra enorme, transparente, cilíndrica, ligeiramente abaulada para aí a três quartos da base, estão ramos secos e singelos. Nos ramos estão presas bolas vermelhas, prateadas e douradas, mas mal semeadas, e as luzinhas piscam. Piscam. Piscam. Piscam. Piscam-piscam-piscam-piscam.

Qual há-de ser o primeiro

Nunca sei se hei-de embelezar primeiro os olhos e depois o cabelo, ou o cabelo antes dos olhos. É que quando o embelezamento é antes de mais nos olhos, eis que é visível o mau aspeto do cabelo, quando se inverte posições, eis que aparece todo o esplendor, mas ao contrário, do que é preciso embelezar nos olhos.

Bom, então vamos

Bom, então vamos lá a isto.
Ontem fui ao cabeleireiro e ninguém ainda me disse o quanto estou mais bonita, exceto o cabeleireiro, mas o elogio pode vir diretamente da caixa registadora, que eu cá como sou comerciante conheço os meandros da coisa.
Custou-me horrores estar de cabeça inclinada para trás (antes inclinada para a frente, é muito melhor entregar o peso da cabeça à gravidade do que sentir a saliva e o ranho garganta abaixo), molhada, empapada, a gelar. Pergunto-me (muitas vezes) se o que sofro em favor da beleza valerá a pena. É um facto que sob o ponto de vista visual (redundância!) vale bem a pena, mas e a alma...? Como fica? Fica satisfeita com o embelezamento geral da carcaça?













































Não.

Hoje é quinta-feira

Tenho realmente fases em que sinto uma grande ansiedade pela chegada do fim-de-semana. Mas depois ocorre que chegada lá... Pois que é tudo igual.
Ansiedade porque estou infeliz
Ansiedade porque estou feliz

Do pacotinho

Incrivelmente, e isto é incrível que se farta, tão incrível, tão incrível, ó pá que coisa incrível, nos últimos dias têm-me calhado muitos pacotinhos de açúcar da Sidul com a receita 'Queques de Laranja'. Tenho desses aos montes. E eu que já tinha decidido que no próximo fim-de-semana experimentaria essa receita. É incrível, não é. É. Mesmo, mesmo incrível, não é. É. Ó pá é tão incrível, não é. É.

Passatempo

Decidi fazer um vídeo de parabéns para enviar a uma youtuber aniversariante por modo a também participar num passatempo qualquer onde não sei o que vou, ou ia, ganhar, isto caso ganhe, ou ganhasse.
Gostei de me entusiasmar com a questão, afinal de contas tinha um motivo para filmar sem ser para dizer as coisinhas do costume, dentro dos parâmetros do costume, com as questões do costume, conforme... O meu costume.
E vai daí que fiz o filmezinho, duração: dois minutos e meio, mais coisa ou menos coisa, e mandei-o por mail, o que me deu um trabalho danado, que tive de o carregar no draive não sei das quantas, coisa que nunca tinha feito mas adiante, e aquilo levou um ror de tempo, tudo isto somando continuamente o pensamento parvo 'ai que se calhar não é assim' e tal, mas era.
No mail expliquei à pessoa que o vídeo era um pouco mais extenso do que o pedido e que talvez não desse para participar no passatempo mas fosse lá como fosse ao menos mandava-lhe os parabéns, e pedi-lhe também para me avisar caso não desse para ver o vídeo.
Entretanto fiquei mais expectante do que queria... Mas até hoje não obtive qualquer resposta, o que lamento deveras. É claro que pode ter acontecido montes de coisas, sei lá, a moça morreu, a moça não recebeu porra nenhuma, a moça não teve tempo de ver o meu vídeo, a moça não gostou do meu vídeo, a moça não consegue abrir o meu vídeo, a moça não quer ver o meu vídeo, a moça não quer responder-me.
Tenho ainda algumas coisas a acrescentar a este episódio.

1... É incrível, eh pá, a sério, é mesmo incrível como o tempo passa a correr, eu só disse umas palavrinhas e usei dois minutos e meio de tempo. Não se trata de ser, ou então não, conversadora, não se trata de me entusiasmar, ou então não, com este tipo de comunicação, a verdade é que usei dois minutos e meio para dizer uma coisita de nada.
2... O ponto 1 fez-me perceber aquela tão comum frase dos apresentadores de tv: 'em televisão o tempo passa mais rápido'.
3... Quando um bloguer ou youtuber tem muita aceitação e montes de audiência, há sempre muitos leitores/espectadores que ficam sem resposta. Geralmente isso não acontece por falta de vontade, é mesmo falta de tempo, eu cá não acredito que se consiga responder a centenas de comentários e gerir milhares de mails.

Cliente

Note-se o seguinte: espessura não é o mesmo que diâmetro.

Cliente

Lâmpadas económicas... ai perdão, economizadoras, temos sim senhora!

Ai fazem mal à saúde? Ai é?! Hum.

Cliente

É de sua majestade que trata este post, às vezes lá calha tê-lo como cliente. Pediu-me uma coisita igual à que trazia de amostra e enquanto eu me movia no sentido de lha ir buscar, ele exclamou aflitivamente:
Ó Gina, espera aí um bocadinho que eu tenho de ir ali desórinar!

Do Governo

É hoje, a tomada de posse dos novos governantes deste país. Este não é um blogue dado a politiquices, mas, já no outro dia disse, creio que ontem, que mando uns bitaites aqui e/ou ali. Então, ao que parece, do novo Governo vão fazer parte uma preta - que nas notícias da Radio se insiste em dizer 'negra', tipo assim a usar um eufemismo de 'preta' -, um primo do Mourinho, esse guru do futebol e já agora acrescento que sou conhecida duns conhecidos meus que mais logo vão beber café nos Pastéis de Belém.

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte e seis. O dia está ventoso que se farta e blás. Já ontem foi igual e isso assim.

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