Lisboa, praça do Chile, sete e tal da tarde. Avisto o Fernão de Magalhães que se me apresenta de costas. Por cima da sua cabeça de pedra aparece um prédio. Por cima do prédio nasce um arco-íris. O Arco- Íris. Cores, mistério e sedução. Mescla do caraças.
Ah, é verdade, eu vinha escrever das buzinadelas. No redondel da estátua, ali mesmo junto à estrada e aos carros, um grupinho de manifestantes segurava um enorme pedaço de plástico onde tinham pintado uma mensagem: «se estás a ser roubado, apita». E tudo quanto era carro apitava. Barulheira do caraças. Mas boa, nada contra, não senhores, acho bem as pessoas manifestarem-se.
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