A minha vida dava um livro! Com tanto testemunho! - Exclama a lamurienta rececionista após escutar as sucintas confidências dum utente idoso.
Então escreva! – Incito, de supetão. E ela nada. Nem um pio. Quiçá ponderava interiormente a resposta à minha sugestão.
Escrever é trabalhoso. Não escreva, menina. Ademais, é triste que se farta. Não escreva, menina. Ninguém nos conforta, aprecia, ou entende. Não escreva, menina. Não, em conformidade com o nosso desejo. Não escreva, menina. Não, no momento em que necessitamos. Não escreva, menina.
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