Afinal, nada do senhor arquiteto se mostrar a esta que escreve. Nem cocuruto luzidio, nem escadas, nem nada. O que vi foi um par de pombos namorando por sobre um dos pilares, um dos que tem plataforma, que nem todos têm, há um pilar pontiagudo.
E vi as carícias dos pombinhos porque me lembrei de olhar para cima, já tinha olhado para baixo e nada do senhor arquiteto, nem outras pessoas, nem coisa nenhuma interessante, nem nada...
Desci as escadas e andei um pouquinho. Atravessei duas estradas por sobre as passadeiras, quer isto dizer que descrevi um L com a passada. Também se pode dizer que desenhei uma perpendicular mas como gosto mais de letras fico-me pelo L. Depois dei com um homem lendo em pé, entalado entre as duas ombreiras duma estreita porta de prédio. Olhei-o. Ele desviou a atenção da leitura. Olhei o livro aberto. Cusquei o título. Queria lá saber que se aborrecesse com o desplante, tinha de saber o que ele estava a ler. Só consegui perceber que o título tinha 'céu' e 'cérebro'.
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