Dizer do lugar da musa, que ontem não contei nada acerca do pomposo regresso. Estavam todos saudosos da minha presença, não é. É. Claro que é, ora essa, não é. É. E eu adentrando, majestosa, não é. É.
Bom, adiante.
O homem que não se parece com nada nem com ninguém, lá estava, conversador, conversando, gesticulando. A igual lá estava, em gestos brandos, lendo compenetradamente. De todas as outras pessoas que lá costumam estar, as pessoas de todos os dias, não lembro já se lá estava mais alguma, mas estavam os livreiros e o moço dos cafés, aquele que nunca soube tirar café nenhum, mas que ontem, oh glória terrestre, tirou um belo café.
Ontem também não referi a senhora do banco. Refiro hoje.
Queixou-se-me, dizendo que estava farta, tão farta, de números, que tinha a cabeça azamboada. Aconselhei-a a dedicar-se às letras. «Então dedique-se às letras!» Assim, tal e qual. Ela riu, eu também.
Sem comentários:
Enviar um comentário