Para a festa do meu aniversário confecionei um bolo de bolacha desde a raiz. Quer isto dizer que quem preparou as bolachas que constavam no bolo fui eu. Gostei tanto. É particularmente agradável e gratificante fazer as coisas desde a raiz. Claro que não semeei o café nem o torrei. Claro que não andei na apanha da amêndoa, nem a descasquei, tampouco a piquei. Mas fiz as bolachas. Olarila. Fui eu que pesei prudentemente os ingredientes e os amassei cheia de amor. Pois, às vezes sou um tanto ou quanto lamechas, não é. É.
No bolo de aniversário fiz questão de colocar quarenta e sete velas e não duas com os números lá escritos. Nada disso. Eu sabia que seria preciso um sopro imenso para apagar tantas velas, mas consegui. Manda a tradição (e a tradição é algo que de vez em quando manda em mim) que se apague as velas num só sopro, não é. É. O rico filho até comentou 'grande espirometria, mãe'. Espirometria. Ah ah. Pois foi, foi uma grande espirometria.
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