Num dia em que tinha um imenso percurso a fazer, considerei que levaria quarenta minutos até lá. Mas não. Foram vinte e cinco.
Aquela árvore afinal não está morta. A que está no caminho que refiro no parágrafo anterior. Pois é, afinal não. É verão, agora, e ela floresceu. Calhando até floriu, não sei, nunca atentei nisso, apesar de lá passar todos dos dias, mas não apeada como naquele dia.
Colhi uma flor do campo, no lado oposto, à beira da estrada. É linda, parece um chapéu florido. Um cogumelo. Mas com flores. Houve inclusive um post qualquer onde a descrevi. Mas mal descrita. Ou não muito bem descrita, vá. Quero dizer: descrita não muito diferentemente do meu costume. Aquele costume que ninguém entende. Pois. Vou transcrever para aqui. Digo: o tal texto. Seguidamente tiro uma foto à flor que entretanto secou pelos dias passados.
«Vi centenas de campos de papoilas e centenas de campos de flores lilases (desconheço o nome) e centenas de campos de flores amarelas (desconheço o nome), o que perfaz um total de uns quantos milhares de papoilas e das outras flores de que desconheço o nome. Quiçá sejam milhões. Há no entanto flores em lilás e em amarelo, mas de outro feitio, e há também em cor-de-rosa e em branco, mas nomes de umas e de outras, não sei. Aquelas brancas de caule fininho, que abre muitos braços dando azo a pétalas pequeninas. E imensas. Essas fazem-me lembrar um cogumelo, tipo assim com aquela espécie de copa que o cogumelo tem, mas em achatado, como que um planalto, vá, e de caule fininho, se comparado... Mal comparado, quero eu dizer... Pois, não tem nada a ver. Esqueçamos o cogumelo então, e eu fico de colher flores dessas nos campos da minha cidade num dia vindouro e tirar fotos logo a seguir. Passei por elas todas, as flores, sempre ficando com vontade de parar no meio da estrada e correr para me rebolar e arrasar o jardim natural. Mas não. Vi também centenas de outras coisas mas decerto não conseguirei falar/escrever acerca de todas elas. |5 de maio de 2015|»
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