Sabes que para percorrer aquele corredor tens de dar trinta e dois passos. Cada vez que isso acontece endireitas os ombros e avanças com uma vontade que não esmorece.
Sabes que ela guarda o dinheiro no armário por baixo do lavatório, dentro da caixinha dos pensos rápidos. Cada vez que a vês baixar-se para alcançar a nota dobrada em quatro desvias o olhar para não tomar parte no seu segredo.
2 comentários:
Cara Gina, todas as semanas, quase religiosamente venho aqui.
Ando de crônica em crônica, consigo imaginar e sorrir com as situações, adoro a forma simples e despretensiosa como aborda os pequenos nadas e os transforma em situações interessantes. Passo sem fazer alarde, para não perturbar a paz que se adivinha. Mas garanto que venho.
Obrigado pelo seu comentário, embora burilada a história é verdadeira, resto dos tempos em que acreditava poder fazer a diferença. Para a Gina e todos os familiares um Bom Natal.
O Manuel dizer 'consigo imaginar' é muito bom, às vezes tenho a sensação de que não se percebe nada do que escrevo. Obrigada.
Acerca do seu post: o Manuel tem mesmo bom coração, isso nota-se.
Feliz Natal.
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