Anda um gato branco no estaminé. Dá a ideia que escolheu o lugar. Os gatos são assim, possessivos, pensam 'este lugar é meu', mesmo sem ser, creio até que mesmo sendo mandados embora convictamente se acham no direito de. A convicção está comigo, que não o quero aqui, mas também com ele, mesmo não passando dum gato sem dono e aparentemente sem destino.
O gato parece um cão. Sério. Olha-me com interesse, como que à espera de festas no pelo, e abana o rabo com o contentamento próprio dos animais domésticos. Ronrona, a chamar-me. Subiu para cima da minha cadeira. Não deixei que pulasse para a secretária, que é lá isso, era essa a etapa seguinte, o patamar acima. Não, 'migo, nada disso, tombei a cadeira e ele desceu. Não voltou a tentar subir. Menos mal. Percebo que queiras um lugar fofinho e com uma quentura agradável, mas 'migo, eh pá, é assim: na cadeira não.
Há fotos. É tão querido. Oh. Olhos azuis, pelo claro.
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