O lugar da musa anda vazio por causa do agosto. Hoje o café estava particularmente bom. Camada de espuma espessa, aroma forte, sabor intenso. Tudo em grande, portanto, como aliás já havia descrito acima.
Fazemos uma boca feia aquando do último gole de café. Espetamos o lábio inferior antes que se escapem as últimas gotinhas e nos babemos. Recolhemos o lábio superior por uma questão não sei de quê ou porquê. Mas aliviamos o mal-estar de nos saber com uma careta que imaginamos ver refletida no café, com a certeza de que o companheiro de mesa só verá o fundo da chávena. E eu, que sempre me encontro sozinha, folgo mais ainda.
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