Induzi a pessoinha a desembuchar o que pretendia do estamine e ela responde:
'Venho ver.'
Entendo por bem entrar em hiato e ela perscruta o espaço, curiosa mas sem nenhum vestígio daquela paixão que vejo em tantas expressões quando descobrem uma drogaria.
'É uma drogaria?'
'Quem, eu?'
Foi o que tive vontade de responder mas a ironia não seria bem aceite e limitei-me ao esperável:
'É.'
'Hum, já não via uma drogaria em Lisboa há muito tempo...'
Comentário trivial, o dela. Também me servi do trivial e por junto atuei em concordata:
'Sim, estão a escassear.'
Nisto foi-se embora, deixando-me livre e entregue ao meu mais comum viver.
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