Um par de amantes um tanto ou quanto longe da juventude abraçava-se no meio da rua, despudoradamente. Via-se-lhes felicidade e amor na atitude. Ele fez um gesto largo dirigido à paisagem, quiçá comparando-a à beleza da sua amada, não consegui ouvir, portanto presumo, e ela respondeu, que eu bem ouvi: 'ah, eu não sou jovem, sou jovial!' E era mesmo, que eu bem vi.
A alguém que tenha ultrapassado a eventual linha do meio da vida é-lhe cada vez mais difícil ser jovial e permanecer afastado do ridículo, o que lamento. Parece que ser velho, ou usado, nos torna incapazes de parecermos verdadeiramente felizes e dalguma maneira nos remete para um estágio comedido.
1 comentário:
Esse casal é um exemplo.
Há coisas que não tem idade e o amor está nesse leque!
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