Prefácio
Rosa Cristina?! Chamaram a Rosa Cristina. Foi.
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Tenho andado metida num consultório de fisioterapia, caminho até lá diariamente, e ando por aí apontando as coisitas do costume.
Ora bem: não é um lugar onde me distraia prazerosamente no meio das minhas observações, muito embora ao fim destes dias já me tenha habituado à personalidade do local, que é maioritariamente frequentado por idosos. O problema não está na idade das pessoas, a bem dizer não é problema nenhum, é algo pesaroso para mim. Eles têm no olhar um peso que me entristece, é como que um distanciamento da realidade, talvez venha daí a lentidão com que assimilam a informação. É sabido que os velhos têm doenças e sobretudo dores, logo, se ademais o lugar é de saúde... Pumba, pelo aglomerado de pessoas nas mesmas circunstâncias, não me parece ser um estágio nada feliz, este da velhice.
Mas há coisas fixes, claro, ouço nomes giros para as minhas histórias: Zeferina; Cândida; Josefa; Clotilde; Francelina. E Rosa Cristina, ver acima.
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