Nomes que posso usar nas minhas histórias:
Alcídio;
Alcídia;
Rufino;
Rufina.
A dona Rufina é defunta há que tempos. Vendia ovos bons de verdade, grandes, a gema muito amarelinha e luzidia, a clara espessa e fácil de montar.
À sexta-feira a dona Rufina recebia um camião e comprava uma palete. Um dia comprei-lhe uma dúzia e cheirou-me mal de repente. Nunca na minha vida tinha cheirado uma coisa assim, era fétido, insuportável, tinha de suster o ar. Por momentos pensei que a dona Rufina se tinha descuidado e dado largas a uma flatulência inesperada, mas ela rapidamente me desfez a dúvida, era um ovo podre. E trocou-mo, claro. Grande negociante, aquela senhora.
Agora que escrevo me lembro da voz entrecortada dela, parecia uma galinha velha aos soluços, mas no tom era a Miss Piggy. Mescla do caraças. Morreu. Já tinha dito que ela morreu, não tinha?
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