Telefonaram a desejar um Feliz Natal:
A contabilista. Toca o telefone com fio e vai que a mulher me responde de lá a dizer que 'é a Custódia' (já não sei que nome arranjei à senhora portanto agora vai Custódia) e eu 'qual Custódia' em modo interrogativo mas extremamente delicado, e vai que a senhora me diz outra vez que 'é a Custódia' acrescentando 'a contabilista' e vai que eu exclamo com um alívio tremendo 'ah então olhe que não está com a voz de sempre' e vai que a pobre me diz 'pois não devo estar não que estou muito constipada' e vai que era então só para nos desejar um Bom Natal e vai que eu lhe desejei o mesmo e por junto as melhoras.
O amigo de longa data. Toca o telefone com fio e vai que o homem me diz do outro lado do fio 'vê lá se adivinhas quem é' e vai que eu faço 'hum, não sei' com vontade de dizer mas é olhe despache lá isso que eu nunca fui boa a identificar vozes telefonicamente e vai que ele diz cheio daquela felicidade de quando transportamos uma boa nova 'é o Moisés Rufino' e vai que eu faço uma ganda festa 'então como vai, tudo bem consigo' e esse tipo de coisas.
O cabeleireiro. Toca o telefone sem fio em modo sms e vai que leio que o meu cabeleireiro me deseja um Ótimo Natal e manda também a seguinte novidade: vai mudar de espaço, passará a funcionar num spa (sempre quero ver os preços que ele me vai apresentar depois), é um espaço maior (sempre quero ver os preços que ele me vai apresentar depois), com muitas condições (sempre quero ver os preços que ele me vai apresentar depois) já a partir de dois mil e dezasseis. Olhe lá Miguel: em fevereiro eu estou lá, conquanto não vá pra muito longe, mas antes preciso dum orçamentozinho, ok.
A NOS. Toca o telefone sem fio em modo sms e vai que a NOS me dá o dobro da Internet, que não uso. Foi cá uma prenda, olarila. A NOS também me disse que deseja imensamente que eu tenha um Bom Natal.
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