Estou em crer que o homem que vejo todos os dias de manhã, num dos semáforos das Olaias, rabiscando num bloco A4, não está a desenhar, mas a escrever. Nas primeiras vezes julguei que ele se intrigava com algo no horizonte, fixando o olhar por momentos e baixando-o para escrever o que lhe desse na cabeça, mas entretanto percebi que ele aponta as matrículas dos carros que param no sinal vermelho. Num certo dia, o meu carro era o primeiro da fila, de maneiras que pude observar de perto todos os gestos do homem e vi que ele apontou a matrícula do meu carro e a do carro ao lado.
Aqui há dias fiz uma coisa parecida, só por dizer que não tem nada a ver. Trata-se dum croqui, onde se vai perceber melhor a disposição dos bancos da praça. Espequei-me frente aos mesmos e toca de fazer um esquema.
Já aqui há tempos tinha feito um post alusivo a esta interessante temática e hoje, pelo interesse desmesurado que isto tem e porque na altura não ficou tão explícito assim, torno a explorar o assunto.
banco mãozinhas
à frente de todos e especado no meio
banco hater
o rei, atrás, à direita, ladeado pelo
banco nadum
banco gatafunhos
lá longe da vista, à direita
banco si
nem alinhado com nadum ou tampouco com mãozinhas
banco nadois
alinhado com hater
E para completar repito que
«alguns bancos apresentam um rabisco ou outro, um deles tem até um número oito desenhado, outro dia tirei uma foto ao que diz e pus no blogue, muito embora não seja uma frase totalmente legível, mas isto na parte onde a gente se senta, sendo que a descrição que fiz acima me refiro somente à frente dos bancos de pedra, ao que se avista assim que se dá início à travessia da praça»
Sem comentários:
Enviar um comentário