Há tempo vi um filme sobre a história dum cão que ia esperar o dono à estação de comboios diariamente. Um dia o senhor morreu e o cão continuou infinitamente à espera. Ver o desenvolvimento desta comovente (eu cá fartei-me de chorar...) história aqui e o filme aqui.
O filme fez-me lembrar o meu Tobi.
O Tobi, o cão que me viu crescer, era também muito fiel e especial, tanto que sabia a hora a que o meu pai chegava do trabalho e subia uma ladeira para o esperar pacientemente de segunda a sexta. Sábado e domingo o meu pai estava por casa, portanto: não era preciso esperá-lo. Um dia o meu pai ausentou-se por motivos profissionais cerca de cinco meses e o Tobi continuou a subir a ladeira para o esperar, assimilando que se o meu pai não estava em casa... Era dia de trabalho, pois claro. Passadas horas cansava-se e voltava para baixo. Dava pena vê-lo chegar cabisbaixo, desolado, com a certeza que nesse dia o meu pai não regressara. Vinha outro dia e a espera continuava. E depois outro. E outro. Não me lembro se o Tobi desistiu de esperar mas lembro-me da sua expressão triste e os comentários da minha mãe em relação a isso. Quando o meu pai finalmente chegou, o fiel e amigo Tobi rejubilou, oh se rejubilou.
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