Bom, vamos lá a ver, eu cá gosto de registar o quotidiano, não deve ser muito difícil perceber isso. Normalmente são pedacinhos de coisinhas comezinhas. Calma, não estou a menosprezar os meus registos, de todo. O que eu quero realmente registar agora é que mesmo possuindo um interesse desmesurado pelas coisinhas comezinhas, escapam-me uma série de pedacinhos, ora porque não tenho tempo para tudo, ora porque não quero, ora porque não considero publicável ou relevante. Assim mais ou menos tão irrelevante (mas publicável) como o papelinho que contém a listinha dos remédios, vá. Essa listinha anda na minha vidinha há um mês ou dois, desde aí tenho em cima dela, numa ânsia de não a perder, um objeto que não defino por não considerar relevante. Ora bem, eu já não preciso da listinha, mas, ao mesmo tempo, eh pá, sei lá se não venho a precisar de a consultar... Aguardo, então.
Sei que não registo tudo o que se passa, nunca conseguiria, desse modo não viveria, creio que para escrever é essencial viver, pelo menos para mim, é. Isto fez-me lembrar o que há dias ouvi na Radio: a história de alguém que desde 2007 tem vindo a apontar o número de espirros, bem como o local do atchim e o que estava a fazer no momento. É um bocado descabido, tudo bem, mas é uma ideia estupenda. As ideias descabidas têm obviamente um certo quinhão de excentricidade e eu lembrei-me que podia copiar a ideia e debruçar-me sobre os meus arrotos. Começo amanhã.
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