Quero matar a minha gente, que somos muitas. Um batalhão. Decerto não darei conta do recado sozinha. E o armamento?
Não sei se estou a envelhecer ou a enlouquecer. É que envelhecer melhora umas coisas. É que enlouquecer piora umas coisas. Mas, havendo consciência não há loucura. Então: quem dera a inconsciência. Estou a envelhecer. A velhice traz uma certa inconsciência, creio.
Quando eu tiver oitenta anos vou dar por mal empregue a tristeza e os desejos insanos do tempo presente. Nesse tempo vou estar doente, cheia de dores, torcida, incapaz, entupida de medicamentos, a morrer, literalmente, a morrer, tão perto da morte, a inevitabilidade da morte, que nos oitenta todos os dias são véspera, e a não querê-la. Que palermice, esta de agora. Raios partam isto. Que um desses raios me parta os... Ah, pois, lá vem a mesma conversa, a de agora, então, um raio nos cornos é fatal. Hum.
Há aquela... Perdi-me. De vez em quando acontece-me isto, perco a ideia, estaquei na primeira frase, a sério, não lembro o que ia escrever, vai daí resolvi escrever que perdi a ideia. Mas, e depois, como continuar? Digo continuar com o registo de que perdi a ideia, perdi a ideia e pronto, que mais dizer/escrever? Perdi-me. Há esperança, há, quem sabe a ideia retorne e me faça montes de feliz.
Mais logo: Yoga. Espero que o Yoga me liberte. Querer que me transforme é pedir/esperar demasiado. Tenho de ser eu. Viver é tão dispensável.
No entardecer há a cabeleireira sisuda. Deambula, distrai-se, tem um andar pesado. Há lago nela de repelente. Pois.
Estive a rasgar tirinhas de papel. Rasgar não é só papel, então e os tecidos, ora essa.
No entardecer vejo a família que regressa do lanchinho na pastelaria. Já contei no blogue acerca deles, são três, são velhos à beira do fim, que depois dos oitenta todos os dias são véspera, já disse/escrevi mais acima.
No entardecer as pessoas falam sozinhas na rua. Andam e falam. Ou vocalizam, antes isso. Já alguém pensou que pode ser por não quererem conversar com ninguém dos presentes? Eu já. E também já pensei que pode ser porque não encontram quem os queira ouvir.
Agora ando numa de me despedir. É para me despedir imaginariamente, é sim senhores, que raramente tenho companhia, mas é sobretudo para construir o blogue de modo a que posteriormente perceba quando o dia começa - o meu vulgo 'bom dia', onde nem sempre tenho coisas a dizer -, quando vai a meio - o meu vulgo 'boa tarde!', onde também nem sempre tenho coisas a dizer e quando assim é, deixo reticências e pronto - e o fim da escrita do dia - o meu vulgo 'até amanhã'. Os 'bons-dias' e as 'boas-tardes' há anos que uso no lbogue... ai perdão, blogue, o 'até amanhã' é recente, tem semanas de nascido, e quando digo até amanhã faço-o num post que no título tem o número de posts em que vou e, variando, não é isso o que hoje está a acontecer. Já pensei em desistir da ideia, que auqleur dia dame o amoruqe e n~«ao puvliba co pora nenuma... Hum, ok, vá, eu queria dizer/escrever que qualquer dia dá-me o amoque e não publico porra nenhuma no dia a seguir, destituindo o 'até amanhã' do seu valor. Até amanhã. Mas não sei. Deixo rascunhos, ah como isso é bom. Se não para amanhã, então para outro dia que me apeteça.
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