Era uma vez um cliente que queria uma fechadura.
Era uma vez uma balconista que colocou a fechadura em cima do balcão e a apresentou.
Era uma vez um cliente que achou montes de piada aos dourados das chaves e também aos outros dourados, o canhão, a lingueta, o espelho e isso assim.
Era uma vez uma balconista que achou montes de piada à infantilidade do cliente.
Era uma vez um cliente que pediu para lhe ser duplicada uma daquelas chaves douradas.
Era uma vez uma balconista bem-mandada e vai daí pumba, coiso.
Era uma vez um cliente que enfiou o espelho, porque este parecia mesmo um anel, no dedo anelar esquerdo, o bicho sabia das coisas e tudo, e quando quis tirá-lo não conseguiu e com cara de parvo queixou-se.
Era uma vez uma balconista precavida e sabedora, ofereceu-se de imediato para lhe pôr um pouquinho de creme de mãos para fazer o anel escorregar.
Era só isto. È giro, não é. É.
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