Ainda hoje é quarta-feira e já tenho planos comestíveis para o fim de semana. Há dias fiz um fricassé de frango e por isso sobrou-me uns dois litros de caldo que congelei para utilizar futuramente. Futuramente: sábado. No sábado farei um creme de cogumelos. Nunca fiz. Nunca vi fazer. Vou inventar, que não há-de ser muito diferente disto:
Refogo rapidamente três dentes de alho picadinhos em manteiga e junto cogumelos laminados. Deixo apurar até os cogumelos perderem para aí metade da sua humidade e deito cebolas picadas. Comprei há pouco essas cebolas, são novíssimas, com rama verde, o bolbo branquinho. Dá-me jeito que tenham estas características, assim sai-me um sabor não muito intenso, jovem e fresco. Vou usar somente uma cebola, rama e tudo. Comprei três. Adiciono sal e pimenta ao refogado e deixo-o ferver uns cinco minutos. É então que deito duas ou três colheres de sopa de farinha e mexo desembaraçadamente, a ver se não ganha grumos, melhor peneirá-la, então. Vamos lá a ver... Ganhando grumos, pois paciência, hão-de desfazer-se depois. Se não, pois paciência. Olha, agarro na trituradora e cá vai disto. Bom, mas isso é só depois, mesmo que engrume só depois é que me jogo à trituradora furiosamente. Deixo a farinha cozer um bocadinho e aos poucos junto o caldo que convém estar quente ou morno. Talvez junte os dois litros, não sei, logo vejo, neste tipo de comidas sou muito intuitiva. Mexo incansavelmente. Esta é a pior parte, aquilo tudo vai ter de ferver e engrossar e nunca por nunca poderei deixar de mexer. Sem me cansar. Ou ainda que me canse... E pronto, já está, ou faz de conta, quero dizer: na minha cabeça já está, obtive um creme liso e acastanhado, com um extraordinário sabor a cogumelos. No prato, colocar coentros frescos. Eh pá, deve ser tão bom...
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