Sorrir. Hoje li dum sorriso. Calhou.
«Ouvia-se uma sirene no Sena e Carlos sorria-lhe do convés, dizia-lhe qualquer coisa com esse sorriso que ela entendia e pensava em sorrir e dizer-lhe isso mesmo, esse pensamento era uma cor como as esmeraldas como uma cascata sobre as pedras cobertas de musgo, que lhe perdoava, que ainda assim era dele, já o era para sempre, o corpo dela num ponto qualquer a brilhar na sua alma, como as safiras, como o céu da savana depois da chuva ao cair da tarde, como o vento em cortinas transparentes e a luz da manhã num soalho de pinho, que não importava quem ele fora, mesmo que fosse seu pai...»
'Como Sombras em Muros'; Gilberto Pinto; página 130
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