quarta-feira, 30 de setembro de 2015

De abalada

Dia-não, amanhã. Hum. Hum de prazer e coiso. Ah. Ah de concordata e coiso.





|Outro mês, amanhã. Mês-sim.|

...

até curtia enumerar a quantidade de coisas estranhas que tenho e faço e sinto mas são todas impublicáveis e vai daí não figurarão

...

morrer
querer
viver
morrer
querer

9109

Quase uma capicua. Quase. Isto do 'quase' é cá duma ansiedade, não é. É.

Apontamentos


São apontamentos, sim senhores,
mas não os do blogue.
 Isto,
 muito embora se assemelhem,
claro,
só por dizer que a mão sendo a mesma...

Pumba,
coiso.

Era uma vez um espaço muito seguro

Estive num espaço comercial a observar o segurança.
«Não se mantém quieto, bate as mãos uma na outra, não como quem bate as palmas, é diferente, uma mão aberta e a outra fechada, depois junta-as como quem bate as palmas, mas não, é diferente. Fixa um ponto e outro ponto e outro ponto no andar de cima, demorando pouquísimo em cada um, levando-me a pensar que é lá que se encontram os pontos-chave da Segurança
- Neste contexto segurança é Segurança, não é. É. -
do edifício. Sobe as cinco escadinhas. Desce as cinco escadinhas. É um redondel, essas escadinhas. Para que conste: chamo redondel ao que tem a forma dum gomo de laranja ou da lua num dos quartos,
- Crescente ou decrescente, tanto faz. -
é como a minha mãe diz, aprendi com ela, com as mães só se aprende coisas capazes.»


redondel
substantivo masculino
1.Arena, nas praças de touros.
2. Arena de lutadores.
3. Área circular.
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

Ortografia

Confesso (uma vez mais, mas num âmbito diferente do comum) que não sei escrever. Não sei em que situações aplicar o 'se não' ou o 'senão', nem o 'de onde' ou 'donde'. Geralmente sigo o instinto, tenho um instinto que sinto forte diariamente, havendo sempre algo (indescritível) que me sopra qual o termo certo numa ou noutra situação. Contudo: não sei.

Consultório

As pedrinhas do senhor doutor.
Pedrinhas em cima duma mesinha. Pedrinhas; mesinha.
Porquê, empilhadas, as pedrinhas, senhor doutor?
Qual o significado?
E o motivo?
De onde as trouxe?

E pronto, lá estive a ser afagada na cabeça e nas omoplatas e nas costas e nos tornozelos e nos pés. Desta vez deram-me uma almofada para apoiar a cabeça. Bem melhor, portanto, grande ideia, sim senhores, assim, para além de não ter a sensação de enfiar os cornos num orifício ainda os tiro de lá sem dor. Tanto é que no início do post tenho cabeça, só fui buscar os cornos para chamar o tom dos posts antigos. É claro que os cornos podem voltar a todo o momento, que eu cá escrevo o que quero.

Almoço

Costeletas à Lagareiro. Sem molho, recomendei e/ou instruí e/ou ordenei e/ou pedi. Assim veio. Sequinha, sequinha. Convém a gente comer o que quer e como quer, não é. É.
Dias há em que rabisco uma série de coisas enquanto espero o prato. Hoje, o homem do restaurante, com o meu prato na mão, perguntou:
«Então, a fazer continhas?»
Mal sabe ele. Mal sabe ele, não é. É. Ah... E eu que devia ter respondido que não, não eram continhas, eram letrinhas, palavrinhas, frasezinhas, ideiazinhas, não é. É. Mas não.

Até à vista

Adeus amor! Quando me revires.... Vou ser uma mulher diferente!

Então? Vais aclarar o tom de pele? Mudar a cor do cabelo? Partir uma perna?

Não! Vou delinear as sobrancelhas e dar cabo do buço!

Ah...

Comentário desta que escreve:
Que pele tão lisa!

Fiz bolo de chocolate

Fiz finalmente aquele bolo de chocolate que consta num pacotinho de açúcar da Sidul. É muito bom e mais não sei o quê, é húmido e macio e saboroso e perfeito para quem não gosta de bolos muito doces. Vou ser preguiçosa e copiar grande parte da receita que vem no pacote, acrescentando contudo três gotas de essência de café e de passo a seguir acrescento o peneirar da farinha com o fermento em pó por junto. Quando confecionei o bolo acrescentei estes dois itens porque achei que fariam falta e, na verdade, mal não fez, qual quê, a essência de café deu profundidade ao sabor do chocolate e o peneirar tornou o bolo mais leve e fofo. Eis então a receita, depois da foto.


Bolo de Chocolate

Derreta em banho-maria 150 gramas de chocolate juntamente com 125 gramas de manteiga.
Entretanto bata 6 gemas com 250 gramas de açúcar morenito (Sidul) até obter um creme.
Junte-lhe o chocolate e a manteiga derretidos e mexa.
Peneire 100 gramas de farinha com 1 colher de fermento em pó e adicione em duas etapas à mistura que se formou.
Bata 6 claras em castelo e envolva delicadamente na massa.
Leve a meio do frono, em forma untada e enfarinhada durante aproximadamente 35 minutos.
~~~
Fiz um bolo de chocolate, pois fiz, e fiz também um vídeo com parte da sua confeção. Ultimamente tenho o costume de editar os meus vídeos colocando-lhes uma capinha onde não se me nota olheiras ou duplo queixo ou pelos nos sovacos ou pneus na cintura. Neste vídeo em particular estou livre das duas primeiras situações, uma vez que não se me vê o trombil, nas duas últimas, eh pá, pronto, valha-me a capinha. Milagrosas, algumas capinhas que o youtube disponibiliza à malta. Sério. Costumo também acelerar os movimentos, mas aí já é cá por coisas, outras coisas. Tipo assim como ficar esperançada que o tempo de rodagem sendo consideravelmente diminuído, para aí um quarto da sua totalidade, faça com que os espectadores tenham tempo para me ver acelerada, que isso é coisa para dar especial atenção. Olarila. Não sei que mais dizer para levar os leitores a espreitarem o vídeo, que eu cá não sou amiga das palavras moles. Eh pá, olhem, é assim:
vejam o vídeo abaixo
e pronto.

Primeiro

Olá, cá estou eu. Dia-sim, hoje. Dia de trabalhar, portanto.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

9100

a cabeça humana pesa mais ou menos quatro quilos
assim já sei onde andam os outros trinta e sete
sou uma pena de pintainho
pintainha

9099

sete e meia, passeio com a cadela
oito e meia, duas chávenas de café
nove e meia, supermercado
dez e meia,
onze e meia,
meio-dia e meia
,
uma e meia
,
duas e meia
,
três e meia
,
quatro e meia
,
cinco e meia
,
seis e meia
,
,
,
,
,
,

9098

Antes de mais, duas imagens que mister Google apresentou, uma no dia em que começou o outono e que entretanto não coloquei no blogue porque a havia 'perdido', a outra é d' hoje e não sei muito bem a que alude, mas assim de repente parece-me que encontraram água em Marte...




segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Post suicida

Atirar-me da varanda está no rol das coisas que ainda não fiz.


Post Grande

Desejo Maior:
FAZER Coisas

Outono

As noites são já um bom bocado frias. Todos os outonos me pergunto como é que o frio sabe que está na hora de se fazer chegado. Tivesse o outono uma forma humana e perguntava-lhe a ele, não é. É.

Desabafo

Ah, quem me dera ser rica! Pagava a alguém que me fizesse uma massagem nos pés diariamente. E na cabeça. Olarila.

Do interesse

O senhor doutor perguntou-me se gosto de ser assim, é que eu tinha-lhe dito que sou um bocado tensa.
E gosta de ser assim?
Hesitei um pouco e respondi simplesmente que não. Quem dera ter respondido doutra forma, mais completa.
«De chofre não, não gosto de ser assim, mas a tensão em que vivo faz parte, é-me essencial, mantém-me sobretudo desperta.»

ohlepse espelho

sá às
sezev vezes
ojesed desejo
etnemetnedra ardentemente
euq que
méugla alguém
em me
ejesed deseje
etnemetnedra ardentemente





*mais ou menos um espelho, quero eu dizer

Convite

Madame Justina perguntou-me se queria fugir com ela. Quando o fez, fê-lo com propriedade, não era um convite qualquer, impensado, muito embora tivesse sido espontâneo, e portanto brotara do coração, tinha também o pensar da razão. Às vezes desejo ardentemente que alguém me deseje ardentemente, a repetição é propositada, depois, quando o caso se me afigura capazmente, pumba, coiso, a ideia não parece tão boa e esmoreço.

Das folgas

Então é assim: eis que esta semana decorrerá tal e qual como a semana anterior, trabalharei dia-sim, dia-não. Hoje foi dia-sim, amanhã será dia-não.
Boas folgas para mim, não é. É.
Bem sei que a coisa podia ser dividida doutra forma, menos trabalhos, hoje sendo dia-não e amanhã dia-sim, trabalharia dois dias ao invés de três.
Mas pronto, boas folgas para mim na mesma, não é. É.

Ó Gina, como foi o teu fim-de-semana? Conta lá!

Foi bom. Estive sozinha a maior parte do tempo. Não é que tenha sido abandonada pela família, calhou assim devido a umas loisas que não especifico. Há pouco lembrei-me de vir fazer este registo porque com isto de ter ficado sozinha ocorreu um facto curioso: nunca na vida tinha dormido completamente sozinha. Não vou dizer:
'Ah e tal não me fez impressão nenhuma, que é lá isso, então medo de quê e coiso.'
Não tive medo. Sério, não tive. Mas fez-me impressão. Tanto fez que me deitei às quinhentas, duas da manhã, com o intuito de estar carregada de sono e não pensar na solidão e em eventuais ladrões... E é neste preciso momento que me ocorre que nem fechei a porta à chave, qual medo das solidões e dos ladrões, qual quê. Conclusão, a duplicar neste post mas um nadinha mais alongada: tenho quarenta e sete anos e nunca havia dormido sem ninguém na mesma casa.
Para além disto, no fim-de-semana também andei às compras, não só para a minha despensa mas para o meu corpo – dois casacos ligeiros e uma blusa esvoaçante. Tudo em lindo e em fofo.

Adenda:
Ó Gina, esqueceste-te dos meses que dormiste sozinha aquando do homem no serviço militar...?!
Esqueceste-te daquelas semanas de solidão de segunda a sexta...?! Esqueceste-te do sabor de saudade que as sextas à tarde tinham...?! Foi...?!
Foi. Afinal já dormi tantas noites sozinha em casa...

Intervalo grande

Vou para almoço não tarda. Acho assaz interessante este facto. Porque sim. Para já, estou cheia de fome, logo: vejo aqui um interesse do caneco, depois, eh pá, então, é giro anunciar coisas. Eu devia trabalhar em publicidade.

Nova atividade no seu vídeo

Eh pá, fiquei que não podia, tão contente, aconteceu um comentário num dos meus vídeos...! Já não sou virgem! Grande queca! Que maravilha de primeira vez! Oh glória terrestre! Foi no sábado, 26 de setembro de 2015, às 13:22:31. Capicua nas horas que eram. Ah ah.
Bom, agora a sério, ou mais ou menos a sério, vá. Fiquei espantada, não sabia que o youtube enviava os comentários para aprovação, na verdade já me tinha perguntado como seria quando recebesse um, se seria notificada, se o pessoal meteria lá o que quisesse, tipo assim a mandar-me à merda e eu a não ir e tal, que sou rebelde e isso, ou tipo assim a mandar-me calar a boca com uma pila porque não digo coisas fixes e não sou uma pessoa porreira nem engraçada, eu que me fosse embora que só estava a encher e ainda por cima sou feia, tenho os dentes amarelos e sou vesga, e gorda, tão gorda que não caibo no ecrã, gorda é aliás omeu nome do meio. Mas não. Recebi então uma notificação e mais não sei o quê. Então, vai daí, sabia lá eu que ia ter de aprovar as opiniões dos meus espectadores? E sabia lá eu que algum dia ia receber atenção? E sabia lá eu que afinal o meu canal até pode ser encontrado? E sabia lá eu...?
Bom, agora a sério, ou mais ou menos a sério, vá. Quem se passeia pelas redes sociais sabe que a malta brasileira tem o costume de passar nos perfis da outra gente com o intuito de arranjar notoriedade e visitas e comentários e atenção, não que a malta portuguesa não tenha também o seu quinhão nisto, mas a malta do Brasil deixa recadinhos pra caraças, do tipo:
'oi meu bem, tudo jóia, olha amei seu espaço, puxa vida, gente, é lindo de morrer, caraca menina, você é demais, meus parabéns viu, passa lá no meu, beijo pra você no coração'
Coisas assim. Então, pronto, foi um comentário desses e uma atenção desse género que recebi. Claro que não vou passar no espaço dela, que é lá isso, tenho mais que fazer, e na verdade ainda hesitei em aprovar o dito comentário, mas depois achei que como era o primeiro o melhor era aprová-lo para o relembrar quando a posteridade acontecer.

De volta ao antigamente

O meu bloquinho de apontamentos voltou a ser rudimentar. Há meses que vinha escrevendo numas folhas aparadas, alvas e portanto muito bonitas, as quais tinham, e têm, um picotado que eu, para saber em que lado escrever, rasgo, ou rasgava, sistematicamente. Mas agora pronto, coiso, o bloquinho voltou a ser folhas do tamanho áquatro rasgadas até terem o tamanho ássete.

Primeiro

Antes de mais fiz asneira aqui com as minhas coisinhas da escrita. Devo ter clicado no botão antes de o meu documento do coração, aquele onde rabisco as tais coisinhas, ter termindo de copiar o que mandei copiar da pen e pronto, coiso, fiquei sem o meu documento do coração onde rabisco, e guardo, as coisinhas de que já falei vai para quatro vezes, por ora mantenho o número três nas vezes. Estou um bocado aborrecida com isto porque tinha lá uns rascunhos espetaculares, inclusive ideias prontas a publicar, ou quase, só lhes faltando portanto o quase, e agora olha, que caraças pá. Entretanto, há um acaso feliz: na semana passada, num dia daqueles em que vim trabalhar, cliquei para aqui num botão qualquer do teclado e vai daí o dito documento afigurou-se-me dividido em muitas folhas, assim como que na horizontal, vá. Sinceramente não sei para que serve essa função do word, ou openoffice ou lá como se chama o programa, se há uma dificuldade tamanha em ler e reler com divisões. Mas pronto, aconteceu, e ainda bem que aconteceu, que eu, para não ter de ler e reler dispersamente, me obriguei a copiar tudo para um novo documento, com o mesmo nome, claro, mas não sem antes alterar o do documento dividido e que ia deitar fora, quando não o pc não deixaria, que o pc é inteligente que se farta e não quer documentos com o mesmo nome na sua memória, e parecendo que não quem manda é ele, e depois atirei com o tal documento na reciclagem. E depois? Então, depois acontece que hoje, felizmente, esse documento ainda estava na reciclagem do pc, logo: não tenho o meu documento do coração atualizado, não senhores, mas tenho-o mais ou menos na mesma. Repito: mais ou menos. Digo mais ou menos porque entretanto tinha escrito um texto fantástico, que ironia, acerca do meu cobertorinho, texto esse que estava pronto, muito embora antes de o publicar, hoje, ainda lhe passasse a mão pelo pelo, metáfora, e raios partam o AO, que a expressão 'mão pelo pelo' fica esquisita que se farta, mas pronto, adiante, e tinha também o texto do senhor doutor dono de prédio adiantado, mesmo muito adiantado, e agora tenho-o na fase incipiente. Merda. Mas eu chego lá. No caso do cobertorinho não é difícil chegar ao ponto em que estava, o assunto entusiasma-me, escreverei facilmente. No caso do senhor doutor dono de prédio será bem mais difícil acertar-me com o tom que escolhi. Enfim. O mundo desabou, é um facto, desatinei comigo mesma, mas pronto, autopenitenciar-me ainda não tem parte comigo, e eu até gosto de escrever e posso evidentemente encarar isto como um desafio, não não é. É.

domingo, 27 de setembro de 2015

De abalada

Então, ora essa, vou-me embora e pronto.

Bolinho feito esta tarde

Corta-se uma laranja em pedaços, retirando apenas o topo e o fundo e os eventuais caroços. Deita-se para dentro do processador e põe-se o dito a trabalhar até desfazer toda a laranja. Agarra-se em 100 mililitros de água e em 1 colher de chá de bicarbonato de sódio e mexe-se até dissolver. Deita-se para dentro do processador. Deita-se também 2 ovos, 1 cup de açúcar amarelo, 2 cups de farinha, 100 gramas de manteiga amolecida e 3 pingos de essência de baunilha. Põe-se o processador a trabalhar e deixa-se estar até tudo estar ligado, o que leva para aí uns 30 segundos. De seguida é juntar 100 gramas de nozes, usei castanha do Brasil, 100 gramas de passas, usei figos secos, sem esquecer de tudo picar grosseiramente. Pulsar o processador umas 5 ou 6 vezes para misturar levemente. Levar a meio do forno, que deve estar aquecido a 180º, durante mais ou menos 40 minutos. Muito bom apetite. Fiz esta tarde, mas ainda não provei. Assim de chofre, ou seja: pelo cheiro que tem, dá a ideia que é muito saboroso. E lá rápido é ele, olha só a que velocidade o fiz...






Nota: receita retirada do programa da Annabel Langbein do canal 24 Kitchen

Ideia boa

O leite-creme pode levar uma mão-cheia de cardamomo. Acrescentei um folhinha de louro, cá por coisas. Muito bom.





*Ideia vista no programa 'Doces Bons, Doces Maus', no canal 24 Kitchen

Sonho

Sonhei coisas. Mas não basta tal coisa. Dormi cinco horas, a sonhar coisas. Bastou.

Primeiro

Atenão, muita atenção, mister Google faz anos hoje, dezassete. Parabéns, 'migo, gosto muito de ti.

sábado, 26 de setembro de 2015

De abalada

São dez da noite, estou sozinha em casa, estado que não mudará senão daqui a muitas horas. Querendo fazer-me companhia, é aparecer. Ah, está cá o cão, mas é cão que ladra, vai daí, não morde.

No sofá do Centro Comercial

O som ecoou por todo o espaço. Mas ninguém mais faz barulho?! Eu estava num vácuo. Não gosto de vácuos. Isto de ser crescida traz saber ou consciência? Há vinte anos eu era menos inteligente ou agora sou estúpida? Se é consciência o nome disto, de que me serve se sofro por sentir tudo? Ah, e o escrever que não me traz o tino. Escrever não interessa, escrever é uma merda.

Rabiscos

Faço os meus rabiscos literários num bloco que já foi importante, de faturas, hoje desatualizadas e por isso inuteis. De certo modo, que eu cá usos-as. Mas os rabiscos literários. É um disparate, às tantas esta coisa assim oposta tem um nome pomposo, que vale muitas moedas.

A propósito, até parece de propósito, café

Dois cafés no bucho, nove e meia da manhã. Daqui a nada ninguém me atura. Hum, não é por aí, o pior é quando não estão para me aturar. Efeito bumerangue, não é. É. Não estou para aturar ninguém senão os de casa. Esses e uns assim ainda muito muito muito chegados.

No supermercado

«Café», disse um senhor qualquer que cirandava pelos corredores a uma senhora qualquer que o acompanhava. Como eu, que era, e sou uma pessoa qualquer, mas desacompanhada. Pois. Obrigadinha, 'migo, que já me esquecia do café, disse eu por entre dentes.

No supermercado

«Precisa carrinho levar. Olha saco.» Era o que me dizia consecutivamente o homem que empurra uma fileira de carrinhos do supermercado, o pobre anda o dia todo para baixo e para cima, apanhando-os ali, onde estaciono habitualmente, e a levá-los lá para cima. É estrangeiro, do Leste, creio, e queria levar também o meu carrinho na mesma viagem. Mas eu não queria, estava a braços com a porta de trás da viatura, que estava preguiçosa, mas lá me arranjei, calma, pronto, não é preciso vir tudo em meu socorro, pra mais já estou em casa, quando não este post não teria lugar. Mas o raio do homem não me largava, precisa carrinho levar, olha saco, precisa carrinho levar, olha saco. Porra.

Post avermelhado

Cheirava a rebuçados. De morango.


Sonho

Sonhei com sabonetes, espumas, cheiros.

Primeiro

Às sete e cinquenta e sete o radio apagou-se. Tocara durante uma hora. No momento do apagão (de som) havia um ar de sábado no ar.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

De abalada

Continuo cabeçuda, vou ali desbastar uma beca disto e já cá venho.

Lush

Passo a publicidade, que a minha ideia não é de todo fazê-la, mas anda aí uma marca de cosmética um tanto ou quanto inovadora (título deste post) e que me levou a querer experimentar. Sabonetes para lavar o cabelo. E a cabeça. Sério. Bem sei que a inovação surge apenas nas mentes mais jovens, afinal de contas não há assim tanto tempo que o principal agente de lavagem era o sabão azul e branco. Contudo, decorridos anos por sobre o uso do sabonete das estrelas de cinema e o gel de banho... Ah, pois é, estávamos a falar de cabelos, então, a malta habituou-se ao champô como substância viscosa, com cheiro desta flor ou daquele fruto, depois chegou o amaciador, o champô+amaciador, famoso 2 em 1, a máscara, o sérum de pontas e outras coisas que não me ocorrem, e agora... Eis que... Podemos lavar a cabeça com sabonete, assim mais ou menos igual aos tempos antigos. Sério. Esfrega-se e faz uma espuma sedosa, purificadora. E que bem que fica depois o cabelo, solto, leve e cheiroso. Recomendo. Lush. Centro Comercial das Amoreiras. Lisboa.

Consultório

De certeza que toda a gente quer saber da minha dor, aliás: das dores, plural, a do lombo e a dos cornos. Ora bem, então é assim, saí de lá com as dores, quase que já me habituei, quase, mas entretanto, ah entretanto, entretanto fizeram reiki em mim. Sério. Veio de lá uma senhora e diz-me assim, espera lá, diz não, não diz, sussurra, isso, sussurra: Gina, vou fazer reiki em si, e eu disse está bem. É então que ela mete as mãos por sobre aquela parte do corpo que trago em cima do pescoço, suavemente, sem pressionar, sem se apressar. É bom que se farta, ainda eu gabo a massagem que o meu cabeleireiro me faz no escalpe, qual quê, é como comparar o Chafariz do Pinheiro de Loures com a Fonte Luminosa, nada a ver, é mais capaz, intenso, maior. É tão bom que o melhor é eu voltar a achar que tenho cabeça ao invés de cornos, largando, não de vez, que é lá isso, o calão que por vezes me acompanha.

Assim, coisas assim

Outono. Podia dizer que nenhuma estação me traz tanto assunto. Mentira. É o que parece por causa de ser a estação do momento.

Plano doce para o fim-de-semana

Podia fazer bolachas de chocolate e depois fazer andares com elas, entremeando-as com natas batidas com geleia de amoras. Que tal? Hum? Fui eu que colhi as amoras, era eu que fazia as bolachas. Não, não me enganei no tempo verbal, ora essa, tenho as amoras no congelador e as bolachas na cabeça. Faria tudo com afinco, como se um mundo belo e feliz dependesse disso. Olha o tempo verbal outra vez. Que sonhadora. Bah.

Parqueamento

O homem do pc portátil está dentro dum carro que tem faróis a mais por fora.

...

A felicidade dos outros emociona-me tanto como me irrita. Chama-se inveja a isto, não é. É.

Aqui há gato

Cá continua, o gato. Já gosto dele, já lhe chamo bicho-gato, como chamo à minha cadela, só por dizer que é cão, bicho-cão. Sério, o bicho-gato não se tira daqui, o senhor do restaurante ao lado foi com ele até lá à frente e largou-o, mas ele veio cá ter de novo. Gosta do estaminé, isso significa que não temos esse ponto em comum, que eu cá não gosto nada disto. À hora do almoço tive de o pôr na rua, o que me custou um bocado, que eu já gosto dele, mesmo que se tenha apossado do meu espaço. Quero dizer, enxotei-o uma série de vezes, quando ele subia para a minha cadeira, mas entretanto, ao que parece, repito: ao que parece, já aprendeu que ali não.

Almoço

Pastéis de Bacalhau com Arroz de Feijão. Originalmente: Petinga com Arroz de Feijão, mas o homem do restaurante facilitou. Isto de comer, é o que apetece, não é. É. Obrigadinha, 'migo, por me satisfazer tão grande vontade.

Letras

Ésse
Quê
Éle

Na ampulheta do pê cê, aquela que manda a gente esperar que ele chegue onde a gente o mandou. A gente. A gente. Ah ah. Hum. SQL, Sabes Que Lambes; Sou Quieta Linda. Ah ah. Hum.

Toma


Os problemas, ou as questões, as questões, isso, vá, as questões eram rápida e facilmente solucionadas, com uma calma que nunca soube de onde vinha.
Os problemas miúdos, as coisinhas, levava um ror de tempo a pensar nelas, tentando resolver o que não era esperado resolver.
O choro brotava. Assim como a tristeza. Não chamo nenhum deles. Nunca fiz tal coisa. Nunca. «Sou demasiado inteligente para enlouquecer», era uma certeza que dantes tinha. Dantes.

Faltas na despensa

E era preciso também:


óilo

zeitinho

cotometes

cevôras

papatas

déte maque louce

Assim como que a continuar com o tema do post anterior, que é 'Animais'

A cadela (Paloma) figura no blogue umas duas vezes, se a memória me não falha. Há dias descobri-a na casa duma cliente que... Pois claro, era a dona da Paloma. Fiquei deveras surpreendida, afinal de contas conheço bem a sua dona e a mãe da sua dona, mas nunca tinha relacionado a filha com a mãe, nem a Paloma com a filha, encontrando-me apenas com a mãe e a Paloma, em conversa, sem nunca me ter apercebido que era tudo gente da mesma casa. Enfim, complicado perceber, não é. É. Mas não sei explicar melhor que isto.

O cão (Joca) tornou ao antigo lar, doravante poderei voltar a ouvi-lo ladrar quando vou ao pátio que não é das cantigas. É um cão calmo e feliz, apesar de ter estado alguns anos enfiado num lugar sem a atenção devida.
Como já referi, o cão esteve fora desta área alguns anos e quando o revi não o reconheci logo, uma vez que o reencontro não aconteceu diretamente comigo, mas quando o ouvi ladrar... Mesmo não estando no pátio que não é das cantigas... Reconheci-o imediatamente. 'Ah é aquele cão!' Pois é, é o Joca.

Aqui há gato

Anda um gato branco no estaminé. Dá a ideia que escolheu o lugar. Os gatos são assim, possessivos, pensam 'este lugar é meu', mesmo sem ser, creio até que mesmo sendo mandados embora convictamente se acham no direito de. A convicção está comigo, que não o quero aqui, mas também com ele, mesmo não passando dum gato sem dono e aparentemente sem destino.
O gato parece um cão. Sério. Olha-me com interesse, como que à espera de festas no pelo, e abana o rabo com o contentamento próprio dos animais domésticos. Ronrona, a chamar-me. Subiu para cima da minha cadeira. Não deixei que pulasse para a secretária, que é lá isso, era essa a etapa seguinte, o patamar acima. Não, 'migo, nada disso, tombei a cadeira e ele desceu. Não voltou a tentar subir. Menos mal. Percebo que queiras um lugar fofinho e com uma quentura agradável, mas 'migo, eh pá, é assim: na cadeira não.
Há fotos. É tão querido. Oh. Olhos azuis, pelo claro.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

De abalada

Que fiz na folga
?
Limpei
O micro-ondas
O frigorífico
A despensa
Os wcs
Lavei
Quilos de roupa
Quilos de louça
Arrumei
Todos os quilos
Cozinhei
Para o piquenique
Tomei banho
Que havia horas que não
.

Bolachas de Coco

E finalmente! Também finalmente! Pois! É que estas já as fiz para aí há um mês! Há vídeo e tudo! E tão pequenino! Tão curtinho! Fiz assim:

Para dentro duma tigela deitei 200 gramas de coco ralado e 200 gramas de açúcar e abri um buraco para pôr lá dentro 4 ovos. Com uma colher de pau misturei tudo muito bem. Com as mãos moldei bolachas para aí com uns 6 centímetros de diâmetro e levei-as ao forno durante 10 minutos. De momento não estou certa de serem precisos 10 minutos ou então mais. É questão de ver o vídeo. Para mim será revê-lo. Ah ah. São muito boas, estas bolachas, fáceis de fazer e tudo, só não recomendo a quem não gostar das coisas muito doces, porque lá doces são elas. Também não recomendo que se lhes retire açúcar, há na pastelaria um conjunto de regras sem exceção. Vão por mim.





Nota: receita retirada do programa 'As Doces Iguarias de Rudolph', do canal 24 Kitchen

Bolo de Ananás

E pronto! Finalmente! Ah pois! O Bolo de Ananás está em cima da mesa da minha cozinha! Eu já tinha falado, escrito, imaginado este bolo, tantomas tanto! E foi hoje! Hoje! Hoje ! Hoje! Fiz assim, ou seja, copiarei do tal pacotinho de açúcar da Sidul, pacotinhos esses, sim, são vários, que andam na minha carteira há meses. Então, melhor dizendo, fiz assim:


Verta caramelo para uma forma forrada com papel vegetal.
Cubra o fundo com rodelas de ananás e reserve.
Bata 100 gramas de manteiga com 250 gramas de açúcar moreno.
Adicione 6 ovos, um a um, batendo sempre.
Junte 250 gramas de farinha com 2 colheres de sopa de fermento em pó, mexendo bem.
Deite a massa na forma e leve ao forno pré-aquecido a 180º durante 40 mintuos.




Nota: a recieta indicava que se usasse uma lata de ananás e depois de o bolo cozido se regasse com a calda mas eu usei ananás fresco, tenho uma espécie de ódio à fruta em calda, e portanto esse passo da rega não o dei, epor isso a apresentação tão tosca, o que pouco me importa.

Tarte Inglesa de Nozes e Caramelo

Mais uma tarte. Esta é no entanto um pouco diferente das que costumo fazer, uma vez que é coberta com massa. Fiz assim:

Começei por fazer a minha massa vienense, usando os meus costumes. (ver aqui) Estendi a massa e forrei uma tarteira, deixando o rebordo mais grosso.
Fiz um caramelo usando 200 gramas de açúcar. O truque para um caramelo que não queime, e não o descobri há muito tempo, é ir rodando a caçarola e sobretudo desligar o lume quando ainda restam uns quantos grãos de açúcar inteiros, mas poucos, quase nenhuns, é que com o calor residual acabam por derreter, impedindo assim que queime. É que quando o caramelo queima é uma chatice, sabe mesmo a queimado.
Depois de ter o caramelo terminado, os grãos derretidos e isso, juntei 200 mililitros de natas que anteriormente tinha posto ao lume para não ser um choque imenso. É preciso cuidado com esta etapa, que o caramelo borbulha que eu sei lá quando recebe as natas, é efetivamente perigoso. Acrescento que neste passo o caramelo ainda está fora do lume, o calor mantém-se por tempo suficiente de modo a cozer as natas, não é preciso voltar à chama.
Quando o borbulhar cessou juntei 200 gramas de nozes picadas grosseiramente e mexi. Tudo estava envolvido, era altura de colocar a mistura por cima da massa da tarte e tapá-la com massa. Convém que esta parte de cima da tarte tenha uma espessura fina, quando não leva um ror de tempo a cozer.´
Levei a meio do forno e tal e coiso. A tarteira estava untada e enfarinhada e mais não sei o quê.
A tarte estava cozida decorridos para aí quarenta minutos. Aqui o palito não faz de teste fiável, o melhor é ir observando o aspeto da massa, quando estiver no ponto terá uma cor dourada muito bonita. Portanto, já sabem, não retirem a tarte do forno sem que vos pareça bonita.

Bom apetite...




Nota:
Receita retirada do programa 'As Doces Iguarias de Rudolph', do canal 24 Kitchen.

Petit Four de Parmesão

Ora bem, não é parmesão porque não era parmesão que havia na minha queijeira, era grana padano, um queijo igualmente gostoso, talvez tenha menos poder no sabor mas pronto, e foi esse que usei nestes petits fours que mais não são do que bolachas salgadas. Estas bolachas são muito muito muito muito boas. Crocantes, saborosas, gulosos, ideais para um lanchinho ou para levar para casa de alguém, naquelas vezes emq ue não se quer aparecer sem uma oferta. Fiz assim:

No processador coloquei 250 gramas de farinha, 1 colher de café de sal, 2 colheres de chá de fermento em pó e pulsei uns 10 segundos. Introduzi depois 50 gramas de manteiga amolecida e pulsei novamente 10 segundos, obtendo assim uma mistura esfarelada, muito semelhante a areia da praia. Só por dizer que não era areia da praia. Ah ah. Estava na hora de ir deitando 100 mililitros de leite frio pelo orifício do processador, isto enquanto a lâmina trabalhava. Fui adicionando o leite até o preparado formar uma bola e o processador fazer um barulho grosso, como quem refila dum esforço que não quer fazer. Retirei a massa, amassei-a um pouco e estendi-a num retângulo o mais fino que consegui. Derreti 75 gramas de manteiga e juntei-lhe 100 gramas de queijo grana padano ralado e espalhei a mistura por sobre a massa estendida. De seguida enrolei e enrolei e enrolei, obtendo então um rolo que levei ao frio por uma hora. Passado esse tempo retirei-o e cortei bolachas que levei 10 minutos a meio do forno a 160º. Esta massa dá para duas fornadas, caso não se queira fazer todas, guardar o restante rolo no frigorífico até que.



Nota: receita retirada do programa 'Prato do Dia', do canal 24 Kitchen, apresentado por Filipa Gomes.

Do verbo desenhar

Desenhei, finalmente, as caras nas polpinhas dos dedos.


Primeiro

Oito e vinte e cinco, trinta e quatro segundos de corredor. Quanta rebeldia.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

De abalada

Credo mulher vai-te lá embora que hoje estás feita uma besta.

Obituário

Um homem de trinta e tal anos matou-se por causa dum desgosto de amor. Às vezes era cliente do estaminé. Temos de ver o braite saide, não é. É. Então pronto, é menos um para me moer os cornos. Os mesmos cornos do post anterior. Grandes. Cada uma sabe da sua cabeça e avacalha os assuntos que quiser. Que lhe der nos cornos, quero eu dizer.

Consultório

Há um cesto com cebolinho artificial, despontam até flores dali, mas é tudo artificial, já disse. São bolas com flores miúdas, umas em branco, outras em roxo. Está bem-feito, sim senhores, que quando nos campos o cebolinho deita umas flores assim, lindas.
Já tenho dois tratamentos com agulhas no bucho. Tinha começado tão bem, com o cebolinho e tal, não é. É. É que nem é no bucho que o senhor doutor me espeta as agulhinhas, nem nada, ora essa, é no outro lado. Por exemplo, se o bucho é, fosse, o Polo Norte, o outro lado é, era, o Polo Sul. Bom, aquilo custa um bocadinho porque já de si, e ainda longe dos espetanços, me dói o polo, e vai daí o senhor doutor tem de mexer no dói-dói, recolocando-me os ossos no devido lugar, o que me deixa perdida com dores. A verdade, a cru, é que saio do consultório ainda mais doente. Depois há outros males e outros bens. Os bens. Então, os bens é ver o chão e os pés do senhor doutor em movimento e de certo modo distrair-me com aquilo. Os males. Então, os males é ser agraciada com esta perspetiva porque durante o tratamento me forço a manter os cornos enfiados num buraco que a maca tem. Ter os cornos enfiados nalgum lugar pode significar que de lá não saem sem que doa. É que para desenfiá-los... Ai. Então acontece que saio de lá com duas dores, uma no lombo, outra nos cornos.

sos

st mt trst
alguém desse lado?
925; 572; 79
hum?

lembrete pra hoje

quatrocentos e nove;
oitocentos e vinte e um,
a vinte e três do nove
de dois mil e quinze

Outono

Só o título deste post diz tudo, mas como gosto de escrever vou aqui pôr mais umas coisitas. Um dia ponho o 'redundante' no título deste blogue. Ai ponho, ponho. Ando-me a ameaçar há meses.
Adiante.
O outono chega hoje, ou por outra: chegou hoje, para aí às nove e vinte da manhã, segundo informação radiofónica.
Anteontem deixei escrito no blogue que ontem não laboraria e que hoje sim, laboraria, e que amanhã não laboraria. Estes sins e nãos fazem com que os dias de descanso assentem numa perfeição tamanha, ou seja: tive folga no último dia de verão e terei no primeiro de outono. Isto porque, devido à tal informação radiofónica, o dia corrente, e de trabalho, é atravessado pelas duas estações.

Aos ilustres

Neste post parabenizo quem faz mais e, sobretudo, mais giro. Ovacionar é que não dá, que estou sozinha, mas neste momento encontro-me de pé.


Reputação

A nha reputação tá nas lonas, inda pensam que fui eu.


Má corrida

Desta vez correu-te mal a coisa, concluiu o meu colega.
Pois foi, concordei.

Primeiro

De volta
A vida é uma merda
De nada
Ora essa

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Como foi

Foi que passei o dia em casa. Nada mau, gosto pra caraças de aqui estar. Mesmo assim, sozinha, fui rebelde duas vezes num intervalo de setenta e um minutos. Uma canseira. Mas tão bom.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

De abalada

Isso mesmo, estou de abalada.

Post sexual

«Muito prazer, não, muito gosto.»
Disse ele. Intervim logo de seguida:
«Porquê, então não se tem prazer em conhecer uma pessoa?»
«Não.»
Disse ele, e ainda acrescentou com uma gargalhada que não se tem prazer sem comer.
Ai
Ai
Ai
Não se tem prazer sem comer o quê? Ou quem?
Maria Alice anda aqui a rondar a Gina. Hum. Comer é foder. Ah ah.

Do tema de escrita

Gosto, e não é pouco, de descrever as minhas andanças pela cozinha. Há na cozinha uma profusão de sensações a todos os níveis, sinto um enorme empolgamento quando preparo comida (principalmente doces), só não sei se esse empolgamento todo é notório no modo como escrevo esses posts. Pois. Se eu quisesse / soubesse / conseguisse escrever um livro este cenário seria um tema a pensar.

Ainda o Bolo de Cenoura*

Do bolo de cenoura não há foto. A ideia primária era apresentar os vídeos que fiz a confecioná-lo, só por dizer que os vídeos estão (estavam) uma grande merda. Grande, grau elevado, se estivessem mais ou menos, vá, ou, no mínimo, uma merda inútil, pois que não iriam parar ao lixo, mas assim, pumba, coiso, já lá estão. Mas do bolo, pá. Fi-lo para o levar a fazer de lanchinho quando visitei uma das minhas sobrinhas. Entretanto estava lá a família toda e eis que (quase) toda a família comeu o bolo. E da família que comeu o bolo não houve ninguém que não se tivesse manifestado positivamente, também com huns e ahs como as pessoas do post anterior, juntando ainda frases do tipo: ai está tão bom! mas o que é que tu puseste neste bolo? é que tem um sabor...
Conclusão: não sei fazer vídeos produzidos com saber, musiquinha por trás das minhas palavras, legendas com a fonte mais bonita, luz porreira por cima de mim e por junto um relato do mais eloquente que há... Mas que não sei como arranjar, geralmente isso da eloquência no falar anda arredado desta que escreve. Não sei ser assim. Mas sei fazer cá uns bolos...

Episódio 100

O centésimo episódio do programa do Rudolph (passa no canal 24 Kitchen) tem lá dentro uma Tarte Primavera. Tarte Primavera porque leva frutos frescos e primaveris a encimá-la, ou a aperaltá-la, sei lá. Essa tarte é facílima de fazer:
Agarro na minha massa vienense*, estico-a e forro a tarteira de modo a que a parte lateral fique com uma camada mais grossa de massa. A grossura é aconselhável porque essa parte fica mais descoberta e quando vai ao forno queima mais rapidamente. Coloco um quadrado de papel vegetal por cima da dita massa e espalho um quilo de feijões por sobre o papel. Levo ao forno por uma meia hora. Ou isso. Se calhar é menos de meia hora, não me lembro. Hum, ok, vá, é o tempo que dure a dita parte lateral se apresentar dourada e/ou com aspeto de estar cozida.
Agarro no meu creme de pasteleiro**, que afianço ser o melhor do mundo, estou no blogue, escrevo o que eu quiser mas nunca tudo o que me apeteça, mas o creme, o creme tem de estar frio, portanto o melhor é começar por aí.
Agarro em duzentos mililitros de natas gordas e bem batidas e misturo-as delicadamente com o creme.
Agarro nesta mistura e agarro na tarte, talvez seja boa ideia já estar desenformada e disposta no prato de servir, vai daí então também já se retirou do forno e já se arrumou os feijões no frasco de onde saíram, quem diz frasco diz lata, no meu caso é frasco, mas bem podia ser lata, mas dizia eu que agarro em tudo e deito a mistura por sobre a massa já cozida e completamente arrefecida.
Agarro em fruta aos pedaços e disponho na tarte. Esmeradamente. Artisticamente.
É tão simples, não é. É.
Não é nada.
O que acontece é que eu já fiz esta tarte para a festa de aniversário da rica filha, portanto não acontece, aconteceu, é passado, aconteceu eu já fazer esta tarte mas ficou mal, o recheio ficou líquido demais, mas os convidados gostaram. Foi assim:
Parti a massa, sem recheio, em fatias. Reguei-as com o recheio, demasiado líquido, oh céus, daí o termo regar. Juntei a tudo isto duas colheradas de salada de frutas.
Os convidados adoraram. Sério, não sobrou nada. Só ouvia huns e ahs, eram os gemidos de que falei no outro dia no blogue***. É tão bom, é-me tão precioso que as pessoas gostem das comidas que faço.


Shortbread, no programa do Rudolph*

Então é assim: o shortbread não é mais nada senão uma bolacha brítiche. Pois. É feita com os mesmos ingredientes e porções da massa vienense mas sem o ovo a ligar, e sente-se-lhe a falta, oh se sente, que a massa fica quebradiça, o que dificulta o estender, mas como sou muito boa nisto, vai daí consigo dar-lhe a forma que quero. Neste caso escolhi a forma redonda com ondinhas. A grande, a maior, que o Rudolph contou que os brítiches as faziam grandes e decoradas. Decorei as minhas com a forma mais pequena, fazendo um círculo às ondinhas por dentro, e depois ainda as risquei por modo a fazer losangos. Polvilhei algumas de açúcar cor-de-rosa que vinha num pacotinho desses do café, andava há meses aos rebolões dentro dum frasco na despensa, polvilhei outras de açúcar branco. Podem também fazer-se estas bolachas noutro formato, é aliás costume da brítiche pi pâle cortá-las em retângulos para aí com dez por três e fazer os tais riscos que formam losangos.
Receita abaixo da foto.


Shortbread

300 gramas de farinha
200 gramas de manteiga amolecida
100 gramas de açúcar

Coloquei a farinha e o açúcar na bancada e abri um buraco onde coloquei a manteiga mole. Amassei com as mãos até formar uma massa branca, a tal ausência do ovo, e muito compacta. Levei ao frigorífico por uma meia-hora, não mais que isso, que o Rudolph avisou que é impossível estendê-la se permanecer no frio mais que isso. Quando a massa atingiu o ponto perfeito, retirei-a do frio e estendi-a até ter um centímetro de espessura, cortando-a depois em grandes bolachas que enfeitei pressionando um aro menor, numas, riscando losangos, noutras. Polvilhei de açúcar em todas. Levei ao forno por cerca de 20 minutos. Estas bolachas, por serem mais espessas, necessitam de mais tempo no forno. Passado o tempo de cozedura retirei-as e coloquei-as num prato. A seguir a isto já só faltava comê-las.

*Doces Iguarias de Rudolph, 24 Kitchen

Olha outro tema interessante!

Esta semana vai ser dia-sim; dia-não. Isto na área laboral. Ou seja:

hoje sim laboro
amanhã não laborarei
depois de amanhã sim laborarei
depois de depois de amanhã não laborarei
depois de depois de depois de amanhã sim laborarei

Tenho até uma listinha de afazeres:

lavar a despensa
lavar os wcs
lavar o caixote do lixo
lavar a prateleira branca
lavar o armário
lavar o micro-ondas

Nhé... Vou mas é fazer vídeos e tirar fotografias nos dias-do-não-labor.

Olha eu a emporcalhar o blogue

Há coisa duns dois minutos acabei de comer um pêssego. Eia pá, era só sumo a escorrer mãos abaixo e o caneco.
Há coisa duma meia-hora pus creme nas mãos. Entretanto, para não o retirar com a lavagem das mãos, quando acabei de comer o pêssego mais não fiz que limpar toda a humidade, leia-se sumo de pêssego que escorria mãos abaixo, e vir escrever este texto emporcalhado. As minhas mãos cheiram a pêssego, o que, neste caso, é uma porcaria que cheira bem.

De onde veio o livro do momento *

Claro, pá, então pois, oh pá, falar do livro do momento, pá. Escrever de onde veio e isso assim, então oh pá.
Bom, se a memória me não falha, o livro do momento veio duma casa de campo situada ali para o lado do Ribatejo. Andava pela casa a cirandar quando vi prateleiras de livros, eu que não posso ver livros, vou logo cuscar, caso haja confiança com os donos e/ou anfitriões, pois claro, e era esse o caso, então, dizia eu de onde veio o livro e se me lembro, pois é, não, não me lembro claramente, mas tenho uma imagem enevoada de mim a pedir a ti, à amiga, se podia levar o livro assim-assim, este aqui, ó, para ler, que quando terminasse o entregaria, que poderia confiar em mim. Ela confiou. De resto já me emprestou um livro doutra vez (Eugénia Grandet, Honoré de Balzac) na verdade não mo emprestou por lho haver pedido mas porque o viu numa feira de livros e se lembrou de mim e quis que eu o lesse. Fiquei tão contente com este pequeno episódio, é gratificante as pessoas reconhecerem os meus gostos e não se importarem com o que não sou ou com o que me aborrece, basicamente não esperarem de mim o que não posso ou não sei dar, e ela atuou dessa maneira despretensiosa, gostei tanto que fiz um post, está aqui o linque.
Entretanto pesquisei o blogue para me certificar se aquando do empréstimo do livro do momento fiz algum post mas a pesquisa não deu fruto.

*Olhos Verdes, Luísa Costa Gomes

Desnorte

Estou perdida, sem saber o que escrever. Os rascunhos que tenho no meu documento de estimação parecem-me ideias insípidas e vulgares. Insípidas no sentido de serem desinteressantes e vulgares também nesse sentido. Não considero as minhas ideias estupendas, que é lá isso, mas é fundamental que me pareçam capazes e por conseguinte, interessantes. É que antes de mais escrevo pra mim, não é. É. E se eu sentir que os meus textos são capazes, e por conseguinte interessantes, então pronto, siga a vida, não é. É. Mas estou tão perdida. Oh.

Bom dia!

Dingue-dingue-diiingue!
Gúúde móórniiingue!
Dingue-dingue-diiingue!
Pá-pá-pá-paaau!
Pá-pau!
Pá-pá-pau-pá-pau!
Pá-pá-pá-paaau!
Pá-pau!
Pá-pá-pau-pá-pau!
Gúúde móórniiingue!

É este o som do meu despertador há algumas semanas. Um dia canto esta melodia para toda a malta que ouve este blogue.

domingo, 20 de setembro de 2015

Baú

Blogosfera

Há dias, em visita pela blogosfera, clicando aqui e ali, notei que andam outra vez em circulação alguns desafios com perguntas simples mas cujas respostas acabam por ser reveladoras, o que a bem dizer é o pretendido. São perguntas do género: 'porque é que criaste um blogue', 'já tiveste vontade de eliminar o teu blogue', 'o que te leva a escrever num blogue' e tal e tal.
Vou então entrar na onda, sem desafio de bloguista nenhum, e responder a algumas dessas perguntas.

1. Como seria a tua vida sem o teu blogue?
Mais desocupada e privada e eu seria sobretudo menos atenta às pessoas. Às pessoas e suas falas e seus tiques e às folhas das árvores e às flores dos jardins e às nuvens e à posição do sol e ao que chove ou não chove e às horas que são e à temperatura do ar e ao lugar onde estou no momento.

2. Já alguma vez pensaste em eliminar o blogue? Se sim, porquê?
Sim. Em rigor penso nisso todos os dias mas nunca tive coragem. Este blogue é parte da minha existência, logo, seria cometer suicídio.
Penso nisso quando concluo que não sei escrever, o que acontece amiúde. E chego a essa conclusão porque normalmente não sinto o que escrevo como facilmente entendível. Bem sei que a riqueza literária reside principalmente no facto de os leitores acrescentarem algo ao que leem, escolherem outro caminho para as mesmas palavras, formarem opiniões diferentes para que assim possamos aprender uns com os outros. Sim, ok, vá, tudo bem, está certo, é uma ideia bonita e romântica, só que a sensação de que não sei escrever leva-me a achar que esta porra de ter um blogue é estupidamente inútil.

3. O que diria o teu blogue sobre ti se pudesse falar?
Deixa-te de merdas e publica essas cinco centenas de textos que tens rascunhados. Agora!

4. Quem és tu? Quem é a pessoa que dá voz ao blogue?
Queria que fosse a Gina, mas acho que na realidade quem escreve aqui é a Gina.
Nhé… Estava a brincar. Não sei lá muito bem definir a voz que uso no blogue, mas analisando de supetão julgo que muitas vezes escrevo sob o domínio de um alter-ego que criei e que apurei com os anos de escrita. Outras vezes acho que não é nada assim, que é lá isso, olha um alter-ego a mandar em mim, não, nem pensar, quem escreve aqui sou eu, ora que porra. Mas eu não sei nada. A sério: não sei.

5. Quais são as três palavras que melhor te definem?
Arranja tu essas três palavras. Faz-me esse favor, vá lá.

6. Quem és quando ninguém está a olhar para ti?
Uma conversadora inexplícita.

8. Onde querias estar neste preciso momento? Porquê?
Numa praia qualquer, num dia sem frio. De notar que não referi um dia quente, soalheiro e tal e tal, mas sim um dia sem frio.
Porque não há duas ondas iguais, logo: o elemento surpresa mora à beira-mar. E porque um areal, mesmo curto e estreito, mesmo ladeado de rochas e escarpas, transmite-me a sensação de espaço, largueza, desafogo, a partir daí é um pulinho até me sentir liberta, e sendo que a liberdade é um dos maiores prazeres...

9. Do que mais te arrependes até hoje?
De ter criado um blogue. Folgo que não perguntem porquê. E não estou a ser irónica.


|23 setembro 2014|

sábado, 19 de setembro de 2015

Primeiro: falo
Segundo: escrevo

É do bolo de cenoura que falo e escrevo já a seguir. Costumo dar mais importância ao escrever do que ao falar, gostar mais de escrever do que de falar, mas neste post a primazia será dada à voz, sendo estas linhas... Uma mera introdução, sim senhores, mas que contém também um subtil desejo. É adivinhá-lo, em querendo.







Bolo de Cenoura com Cobertura Especial

Ingredientes para o bolo
2 chávenas de chá de farinha sem fermento
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de canela em pó
1 chávena de chá de açúcar branco
1 chávena de chá de açúcar amarelo
4 ovos
1,5 chávena de chá de óleo
Ingredientes para a cobertura especial
2 colheres de sopa de manteiga
3 colheres de sopa de mel
1 colher de sopa de sementes de abóbora
1 colher de sopa de sementes de sésamo
1 colher de sopa de sementes de papoila
3 colheres de sopa de flocos de arroz (ou aveia)
2 colheres de sopa de amêndoa lascada
400 gramas de cenoura ralada
Preparação
Untar e enfarinhar uma forma redonda sem buraco. Forrar o fundo da forma com papel vegetal.
Ralar a cenoura.
Ligar o forno nos 160º e colocar o tabuleiro ao meio.
Peneirar para uma tigela grande a farinha, o bicarbonato de sódio e a canela. Juntar os açúcares. Misturar.
Noutra tigela colocar os ovos inteiros e o óleo. Misturar.
Fazer um buraco na tigela que tem os ingredientes secos e deitar aí os ingredientes molhados. Misturar.
Juntar a cenoura ralada e mexer.
Deitar na forma e levar ao forno por cerca de 40 minutos.
Entretanto tratar da cobertura.
Levar ao lume todos os ingredientes da cobertura e deixar ferver por cerca de 10 minutos.
Colocar um tapete de silicone num tabuleiro e deitar a mistura para descansar.
Quando faltarem cerca de 10 minutos para o bolo terminar o tempo de cozedura introduzir a cobertura especial no forno para secar um pouco.
Retirar tudo do forno, desenformar o bolo e cobri-lo com a cobertura especial.

Nota:
Receita inspirada no programa 'Prato do Dia', do canal 24 Kitchen, apresentado por Filipa Gomes.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

De abalada

São maiores que os outros, os sacos. Oh.

Deslumbramento

A poesia está nas pessoas que passam na rua através dos fios da vassoura e na mão que me apoia a cabeça. Posso ainda senti-la no cotovelo que apoia a mão que apoia a cabeça, no móvel que apoia o cotovelo, no chão que apoia o móvel... Hum, ok, vá, não estou nada duvidosa da poesia que a cena contém, mas escrevê-la?

Pois é...



Almoço

Enquanto esperava o prato surgiu-me um pequeno e maravilhoso texto que decerto teria parte com o estado estupidamente inteligente de que falei no post anterior. Entretanto escapou-se-me mas como já tinha tirado os papelinhos e a caneta de dentro da mala, fiz assim: já não me lembro do que ia apontar.

Toma

Sim, tomei o comprimido de manhã. Sim, tenho tomado o comprimido todas as manhãs. Por esta altura já devia ter atingido o estado estupidamente inteligente, do qual tenho umas saudades de tamanhão, e tinha redigido imensos textos. Maravilhosos. Ou que sentia maravilhosos. Mas não.

Plano doce para o fim-de-semana

As Doces Iguarias de Rudolph
T1 / Ep 82
Bolo Inglês com Nozes
Massa de tarte, no recheio um caramelo e nozes mais ou menos arrefecido, colocar lá dentro, antes levar ao forno tapado com feijões, pergunto, não sei, respondo, tenho de rever o programa, depois tapar a tarte com uma capa de massa, furar aqui e ali, levar ao forno, deixar arrefecer um bom bocado no sentido de deixar o caramelo solidificar e o caraças, ai tão bom. Bolo inglês com nozes, ah... Bolo inglês com nozes! Ah.................................................
…..................................................
…..................................................
Vai daí, depois digo coisas acerca de.

Primeiro

Vinte para o meio-dia, agora ando nisto de dizer as horas. Quero dizer, acho eu que ando, na verdade não me lembro muito bem como tenho construído o blogue nos últimos dias, ou se calhar até lembro. Está-se a ver a confusão que anda na minha cabeça, não é. É. Pronto, então, sucintamente é isto: não tenho tido disponibilidade em termos de tempo, vai daí fico baralhada, havendo por isso uma série de dias que não vivo a escrita como é meu costume. Falta de tempo, sim, mas também de cabeça. Tipo assim os afazeres a tomarem a primazia e tal. Porque eu deixo, claro, e não é que isso seja mau, antes ao contrário, pois a gente tem de trabalhar, não é. É. Entretanto, por junto, sentia-me amalucar, mas nunca cheguei lá. Quem dera. Diz que o tempo embrulhado aflige as pessoas – o tempo tem estado cinzento e coiso -, vai daí perguntei-me: «Mas já começo com essas merdas? Então se ainda agora chegaram as nuvens!» Sinto-me tola, muito tola, considero uma enorme estupidez deixar que o estado do tempo me leve o tino, qual o problema das nuvens cinzentas, vá! É este o meu quinhão de estupidez e pronto.
E agora vou daqui corrigir umas coisas nuns papéis muito coloridos. Conto ainda cá vir antes do almoço.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

De abalada

Bom, são seis da tarde, antes que não haja mais tempo venho aqui dizer adeus.

9009

Olha uma capicua. Ah! Ainda ontem tratei duma. Ah! Pontos de exclamação. Ah! De admiração. Ah! Ah, pontos de admiração, então, ah... Reticências. De ênfase. Ah!

Cliente(s)

Eram duas, tia e sobrinha. Quando a sobrinha se despediu de mim disse um 'até logo' e a tia exclamou num repente 'não sei se venho cá logo!', e a sobrinha emendou calmamente 'então pronto, até um dia destes!'

Cliente

Hum, tanta testosterona que este senhor trazia consigo, oh céus. Que densa virilidade, 'migo, porra...

Comichão

Tenho uma comichão contínua no nariz, mais concretamente na narina direita. Se lhe chamei contínua é porque não passa nem por nada, amaina de quando em vez, ok, mas não se desaparece a não ser que eu esteja a dormir.

Lembrete

Trazer do armazém:
bués sacos prás chaves.

Primeiro

Dez para o meio-dia e eu que hoje ainda não pus nada no blogue, oh céus. Vamos começar. Pergunto. Vamos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

De abalada

Não terminei a segunda montra, o que lamento, e tenho o balde cheio de água mas sem o detergente, há esfregona nova e tudo. Já dispenso o lembrete no espremedor, o costume é juntar o detergente no dia seguinte.

9001

Quantos quilómetros de letras já eu escrevi?
Nove mil. Não, nove mil e um milhões.
Ah ah.

Nove mil

Eis que chego aos nove mil posts e registo o caso especial com fotos d' ontem à tardinha, tiradas no terceiro esquerdo dum número dezasseis. Havia saído com o meu colega, indo a gente os dois direitos a uma casa desabitada, daí o à-vontade em fotografar. Ei-las.




Ontem foi 15 de setembro, pá!

Ontem foi dia 15 de setembro de 2015. E eu que me esqueci de registar que o 15 de setembro é montes de registado em França letivamente falando. Nous alons à l' école le 15 septembre. Sério, fartei-me de ouvir esta frase quando andava nas aulas de francês do Ciclo.

8998

Começo o dia com uma capicua no número de posts que este blogue tem. Qualquer dia rebento com ele.
Era tão giro e fixe e interessante e curioso que o número de posts chegasse à dezena de milhar precisamente no dia em que completasse uma década de presença na blogosfera, o que acontecerá a 14 de abril de 2016. Então vejamos se dá para tal, ou por outra, vejamos se não sai fora deste balanço:

Rabisco entre 100 a 200 post em cada mês. Raramente são menos de 100, sendo muitas vezes quase 200, ultrapassando ainda mais vezes os 200, havendo inclusive vários meses com mais de 300, portanto vamos fazer uma média de 150 posts por mês, vá, para não exagerar. Se faltam cerca de 7 meses para a data futura que estamos a tratar, 150 vezes 7 é igual a 1050. Pronto, em princípio conseguirei o intento, só não sei se me contenho, pois neste momento, neste post, o blogue apresenta uma média (certeira, não suposta, como a média anterior) de 236.78947 posts por mês, ora se estipulei uma média de 150, vou ter de me conter um bocado, ai vou, vou.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

De abalada

A água está no balde, aguarda o amanhã. O escadote está fora do lugar, tenho coisas para arrumar, depois arrumo-o também. Talvez seja boa ideia, amanhã, focar o pensamento noutras histórias, ou antes nas histórias doutra gente que não eu, o que não me falta é rascunhos.

Coisas

Árvore amarela
Está no ponto normal e natural do fim do verão, esperando o apogeu que ocorrerá durante o outono, acerca do qual, espero, darei notícias. Ultimamente, não ter falado da árvore amarela é propositado, não vá eu ficar demasiado expectante e se me acabar o encanto.
Lugar da musa
Café: bom; leitura: aqui, revelo aqui, quero eu dizer, que normalmente é no lugar da musa que me dedico ao livro, apenas uma página, hoje, oh céus. Nessa página apareceu um terceiro elemento, nada a ver com o fotógrafo ou o homem que tem uma loja de armas, é que importa a história continuar interessante. Enquanto aponto estas coisas, na mesa ao lado um senhor agita a perna direita, lê mas está ansioso. Isto não é especial, bem sei, mas registo.
Banco hater: porquê esta minha preferência? Há um outro banco com duas mãos pintadas, tipo como fazem as crianças no jardim de infância, põem as mãos em alguidares de tinta acrílica e depois levam-nas até uma parede, montes e montes de crianças, turmas inteiras, meninos de quatro e cinco anos, depois é toda uma parede pintada com mãozinhas às cores. Há um outro banco que diz 'si', não diz 'hater', diz 'si'. Há ainda um outro banco onde está um rabisco ilegível. Escolhi o banco hater, pronto, e nem tenho de saber porquê, mas gostava.
Senhora do banco
Como está a senhora; bem; (não, a senhora está doente em duas frentes, uma delas é atrás).

Segundo

Cá estou eu, pela segunda vez no dia de hoje. Meio-dia e quarenta e três e ainda nem escrevi coisas. Ah. Pode dizer-se que tenho andado a manhã inteira assoberbada, pode dizer-se que por ora impera o senso de responsabilidade e pode ainda dizer-se, num patamar mais desprendido, que tenho sido toda a manhã abordada pela palermice, uma vez que todo o trabalho é inglório. De tarde escrevo coisas. Árvore amarela; lugar da musa; se consigo ler o livro do momento ou então não; banco hater, senhora do banco, esse tipo de coisas.

Primeiro

Olá~
Que tal vai isso~
Bem~

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

De abalada

'Só água', escrito num papelinho, em cima do espremedor, tipo lembrete, antes que amanhã não lembre de juntar o detergente.

Controlo

Se controlar sempre o que escrevo isto perde a piada.

Descabimento

Desistir sempre me foi dificílimo, considero descabida a ideia 'desisitir é fácil'.

Pois é

Há pessoas que dizem ah tu hoje estás irritado(a)/aborrecido(a) e ao depois perguntam à laia de gozo então ainda não tomaste aquele comprimido que tomas de manhã para a maluqueira. Geralmente essas são as pessoas que nunca sofreram uma maluqueira séria e tampouco precisaram de tomar um comprimido de manhã (ou dois, para atuar em duas frentes, e outro à noitinha, como reforço duma dessas frentes) para conseguirem trabalhar ou tão-somente se sentirem gente ou ainda para manterem longe a ideia de que um tiro nos cornos não deve doer muito.

Cena de gaja

De vez em quando choro sem motivo pensado previamente. Num repente, portanto. É cena de gaja, não é. É. Hum, ok, vá, quando vir um gajo qualquer vou-lhe perguntar se ele também sente assim, não é. Não.

A precisar de tradução

Traduzir os pensamentos é premente. Sempre. Quando sou incapaz de o fazer, asfixio. Ou parece que asfixio. Ou penso nisso, vá.

Ó Gina

Ó Gina, consegues escrever 'fulmino-te com o olhar' por outras palavras?

Sim.

«Olho-te ao comprido e deixo-te todo queimado.»

Tenho um amigo

Tenho um amigo que tem um amigo que vende aqueles fumos saudáveis, nos quais imensas pessoas confiam para lhes retirar o vício de fumar e ainda estarem a fazer um bem do caraças a si mesmos. O meu amigo contou-me que o amigo dele lhe contou que aquelas cenas dão uma sensação de bem-estar, que se fica calmo (e assertivo...?!).
Tipo assim como quando se fuma uma ganza, perguntei eu ao meu amigo. Pois, respondeu ele.
Então é assim, já não preciso viver perigosamente à procura dos dealers para adquirir uma simples ganza, que eu cá ainda sou virgem nesse campo e queria muito tirar-me os três. O que tenho a fazer é ir à loja do amigo do meu amigo e pronto. Tão fácil. Sim, sei onde é. Ah ah.

Cliente

Ó menina, diga-me, percebe alguma coisa disto?

|claro que não 'migo, estou aqui para escrever'|

Alterações no estaminé

Nesta rua lisboeta sou conhecida - ao menos que seja (re)conhecida por qualquer coisa que brote de mim mesma – por andar às malucas com limpezas e mudanças de disposição dos artigos sempre que giro o espaço bai mai selfe, como acontece esta semana. Há quem diga brincando que 'patrão fora, dia santo na loja' mas não é seguramente esse o meu caso, que trabalho mais se estiver sozinha e ademais todas as responsabilidades são minhas.
Bom, andei a mudar e a limpar isto e aquilo, não só as montras, mas outros recantos. A bem dizer nas montras ainda mal mexi, mas mexi – muito - numa fileira de gavetas que estava mal-amanhada, desamparada e extremamente desaproveitada, umas continham coisas pouco usuais, ou mesmo obsoletas – tirei fotos que se podem ver neste post -, e apertei tudo, encontrando no fim três gavetas vazias.
Três gavetas vazias?! Sério?!
Sério. Arrumei portanto as luvas num lugar diferente. Ah ah. Fantástico.
Que fiz com a gaveta enorme que continha as luvas e que portanto ficou vazia...? Enfiei lá dentro os sacos de aspirador, os quais, pobrezitos, nem tinham poiso certo nem nada. Devem estar todos felizes, logo à noite, quando o estaminé sossegar, vão bailar e tudo.

Posta-restante:
Já aprontei uma das montras. De nada, ora essa, eu é que agradeço.