De certeza que toda a gente quer saber da minha dor, aliás: das dores, plural, a do lombo e a dos cornos. Ora bem, então é assim, saí de lá com as dores, quase que já me habituei, quase, mas entretanto, ah entretanto, entretanto fizeram reiki em mim. Sério. Veio de lá uma senhora e diz-me assim, espera lá, diz não, não diz, sussurra, isso, sussurra: Gina, vou fazer reiki em si, e eu disse está bem. É então que ela mete as mãos por sobre aquela parte do corpo que trago em cima do pescoço, suavemente, sem pressionar, sem se apressar. É bom que se farta, ainda eu gabo a massagem que o meu cabeleireiro me faz no escalpe, qual quê, é como comparar o Chafariz do Pinheiro de Loures com a Fonte Luminosa, nada a ver, é mais capaz, intenso, maior. É tão bom que o melhor é eu voltar a achar que tenho cabeça ao invés de cornos, largando, não de vez, que é lá isso, o calão que por vezes me acompanha.
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