Às vezes obrigo-me a contar vocalmente os episódios que relato no blogue, a ver se dalguma maneira tomo contacto com a realidade e assim me consiga sentir uma pessoa normal, estado esse – o da normalidade – visto por mim como algo inatingível na maioria dos dias.
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Olha, nem sabes, vinha um puto a atravessar a estrada e nem reparou que eu vinha lá, mandámos cá um encontrão que o rapaz ia caindo ao chão, anda tudo a correr feito maluco, já viste?...
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Deitei um homem ao chão. Deitar não fica nada bem, que o moço tem idade para ser meu filho, mas pronto. Ele vinha da minha direita e achou que seria mais rápido que eu mas não foi e esbarrámos os dois. Gosto desta junção de palavras: os dois, mas também não fica nada bem estender o assunto se ademais a história mete alguém muito jovem. Ele cambaleou e caíu no chão, pumba. E levantou-se rapidamente, é novo...
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