«Disse-lhe que não podia acompanhá-la porque estava a ler.
– Como vê, ainda me falta isto para chegar ao fim.
– E é bom?
– Não é grande coisa.
– Então, porque não desiste?
– Porque estou a verificar o meu índice de coragem.»
'A Estreita Sombra de Catarina Vale', Irene Antunes, página 73
Bem, na verdade nunca um livro falou comigo desta maneira, pois efetivamente estou a testar a minha coragem, uma vez que não estou a gostar lá muito muito muito de ler este livro. Ao momento tenho entendido que na história há uma mulher interessada num homem, procurando chamar a sua atenção dalguma maneira, entendi também que ela mudou de cidade e de emprego, é casada, portanto anda com pensamentos ruins, encontrando-se por agora a morar numa pensão barata. Todos os diálogos que este livro oferece me parecem fantasia da personagem, não é que não goste mas é que assim me confronto com a fantasia dalguém que não se mostra doutra maneira. O mais chato desta leitura é que eu escrevo fantasiosamente muitas vezes e portanto ler coisas parecidas ao que escrevo é como ler mais do mesmo e isso é uma canseira. Mas, é claro que isto aqui é... Só... 1... Blogue.... Não é um romance.
Olha mais um desses diálogos retirado da página 47:
«– Não se assuste, sou apenas o sacristão.
– Para sacristão falta-lhe tudo.
– Como é que sabe?
– Não tenho vontade nenhuma de tirar a prova real, não se chegue para cá.»
«– Não se assuste, sou apenas o sacristão.
– Para sacristão falta-lhe tudo.
– Como é que sabe?
– Não tenho vontade nenhuma de tirar a prova real, não se chegue para cá.»
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